quinta-feira, 22 de julho de 2004

Chat com o Presidente e o (Ex-)Prefeito

Hoje teve chat no Lance, com Barbosa e Grego.

Confira alguns trechos:

Barbosa, você reclamou da falta de tempo na preparação para o Mundial de 2002. Você acredita que desta vez o tempo de treinamento foi suficiente?
Nós não tivemos tempo de treinamento com as 9 jogadoras que estavam fora do país. Nós treinamos três meses, com uma Seleção de novas, no qual foram aproveitadas a Silvia, Micaella e Adriana Santos. Então, eu não reclamei...é uma realidade. Agora não. Estamos treinando com o grupo todo, portanto podemos ser cobrados a ter resultados.

Quem será o time mais forte para o brasil enfrentar?!?!
Na primeira fase teremos Rúassia e Austrália e na seguitne EUA, China, República Tcheca e Espanha...e a Coréia também.

Grego, porque o contrato com a Bandeirantes acabou?

Problemas estruturais da própria empresa, na época.

Barbosa, o que fazer para bater as americanas?

Sabemos que as americanas são as grandes favoritas. Hoje temos condição de jogar no mesmo sistema de revezamento de jogadoras, o que favorece muito a eles, pela intensidade de jogo.

Grego, como uma Seleção que tem cinco jogadores na NBA não consegue arranjar um patrocínio?
A Eletrobrás gostou tanto do feminino que já estamos negociando, em fase final, o patrocínio também para o masculino. Ter jogadores na NBA é muito importante, mas eles têm que se apresentar e jogar pela Seleção Brasileira. Senão o marketing é todo para a NBA.

Barbosa, porque a CBB não consegue vender os jogos do Nacional ou da Seleção Brasileira em canais aberto?
Barbosa: Eu acho que essa pergunta deve ser dirigida ao presidente. Grego: O campeonato nacional masculino e feminino estão na Rede TV, e a TV Globo fez Brasil e Cuba, com recorde de audiência de todos os programas esportivos, no sábado, da emissora. E para o próximo ano teremos mais novidades.

Qual a solução para o basquete feminino no Brasil, com relação a clubes e campeonatos? Qual o projeto nesse sentido para o próximo ciclo olímpico?
Já estamos trabalhando há 7 anos nos campeonatos brasileiros de base, meninas de 15 a 18 anos esperando o surgimento de novas atletas de nível e aumento de jogadoras para o adulto. Este ano mais duas equipes entrarão no campeonato nacional, totalizando dez. O caminho é longo, mas estamos trabalhando todos, clubes, federações e confederação com muito afinco e dedicação ao feminino.


Vi uma reportagem na TV da Espanha esses dias onde mostravam um grande encontro ocorrido com treinadores de basquete visando a troca de informações e experiências. Não seria interessante isso no Brasil também? Quais as chances disso acontecer tanto no masculino quanto no feminino? Barbosa, os técnicos aceitariam isso, ou o orgulho falaria mais alto na maioria dos casos?

Seriam úteis esses encontros. Poderíamos viabilizar através da confederação, em períodos que antecedecem as grandes competições. Certo que sempre haveriam algumas dificuldades por não ser hábito dos técnicos brasileiros participar desses encontros.

barbosa, qual das jogadoras mais jovens pode despontar na olimpíada?

A Iziane já será um dos destaques com certeza. A Érika é outra que deverá ter sua oportundiade, a Vivian, a Karla e a Silvia também, pelo que estão apresentando e mesmo nos jogos, dentro do necessário, terão suas presenças marcadas.

Barbosa, que adversário será mais difícil para o Brasil em Atenas?
Os EUA sempre é mais difícil. Mas temos Rússia, Austrália, República Tcheca, China e Espanha que se encontram no mesmo nível do Brasil.

Barbosa, a Leila ja atingiu, ou estará em sua melhor forma física e técnica em Atenas?
A Leila foi um investimento que fizemos no ano passado e que foi recompensado pelo nível que ela apresenta, que é excelente

Barbosa, quanto o Brasil depende hoje de uma excelente apresentação da Janete? Se ela nao estiver "no seu dia" em algum jogo chave em Atenas (o que qualquer atleta está sujeito), ainda assim a seleção tem condições de disputar de igual para igual com as outras potências?
Perfeitamente, em que pese o seu alto nível, hoje nós somos uma equipe em que o conjunto tem um peso forte e, ainda jogadoras que têm também um bom poder de decisão.

Grego, você acha que a CBB deveria seguir o exemplo da ginástica e trazer um técnico estrangeiro para treinar a Seleção Masculina?
Cada esporte tem as suas particularidades, somos bicampeões mundiais no masculino, campeões mundiais no feminino e temos várias medalhas olímpicas em ambos. Tudo com técnicos brasileiros. Nossos técnicos não devem nada a ninguém

Com a debandada geral das principais estrelas da NBA, ainda que possuam uma equipe de nível altíssimo para Atenas, quem é mais favorito? A seleção masculina ou feminina dos EUA? Qual deve ser mais dificil de se bater em Atenas?
A feminina irá completa como um verdadeiro dream team. O masculino já teve problemas no mundial, quando não levou a melhor equipe de NBA.

Barbosa, a que conclusões você chegou após os amistosos com Cuba?
Nós estávamos ainda em um período em que a parte física era prioritária e consequentemente, tivemos problemas na parte tática. Foi importante para avaliarmos o trabalho até aquele momento. Sentimos algumas dificuldades no rebote defensivo, a movimentação ofensiva tem que ser melhor sem bola...basicamente.

Barbosa, o que o time apresentou de melhor nas últimas partidas?
Saída de bola, não tivemos mais problemas com a pressão. Os pivôs melhoraram o trabalho e a defesa também melhorou.

Grego, a Seleção feminina tem chances de medalha, mas a masculina mais uma vez ficou fora dos Jogos. Por que a diferença nos resultados?
A feminina já vem com uma trajetória de pódium nos últimso 10 anos, com estrelas renomadas e uma constante renovação. A masculina segue no mesmo caminho e, com certeza teremos grandes resultados na próxima temporada internacional.

Gostaria de saber se tem alguma carioca na seleção?
Temos a Erika que iniciou na Mangueira e teríamos a Micaela que veio de Miracema, porém não vai para Atenas porque está machucada

Agradecemos aos participantes por poder informar e esclarecer vários pontos do basquetebol masculino e feminino. Até a próxima e com uma medalha olímpica!!!!


Obrigado ao Bruno Lima.



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