segunda-feira, 15 de setembro de 2003

Brasil é Campeão Mundial Master



A seleção brasileira feminina master de basquete categoria 35 a 40 anos conquistou nesse final de semana, em Orlando, o VII Campeonato Mundial de Maxbasquetebol.

Equipe: Vânia - Vanira - Bia - Catia - Ceça - Joyce - Simone - Aninha - Ana Regina e Suzete.
Técnico Michael - Diretora Alzira e Responsável pela equipe feminina Benedito Cicero Tortelli (Paulista)

A final foi contra a Eslovênia e o Brasil ganhou por 76 a 43.

Em 2004, a seleção master buscará o título pan-americano na Argentina.

E em 2005, tenta o bi, na Nova Zelândia.

À propósito da conquista, recomendo os sites da Federação Brasileira de Basquetebol Master e da FIMBA - Federação Internacional de Basquetebol Master e reproduzo uma entrevista do site da FBBM, com a Suzete, neste ano:

Entrevista com Suzete Gobbi

Mãe, esposa, jogadora, professora, comentarista, é essa a vida agitada de Suzete Pereira da Silva Gobbi. Nascida em 25 de outubro de 1957 em Penápolis, no Estado de São Paulo, esta campeã logo entrou nas quadras para fazer história. Dedicou-se 14 anos à Seleção Brasileira, 11 deles como capitã, aliás por todos os clubes que passou carregou esta responsabilidade. Em todos esses anos representando o país, alcançou a expressiva marca de 205 participações em jogos com a camisa do Brasil. É com enorme prazer que nós da FBBM homenageamos esta grande mulher, na semana das mães. Parabéns!

Conte-nos um pouco sobre a sua história dentro do Basquetebol feminino.

Iniciei minha carreira em escolinhas de volei e de basquete aos 5 anos, quando aprendi os primeiros fundamentos e disputei os primeiros campeonatos regionais. Em 1971 fui para Bauru e defendi a equipe da cidade e do Bauru Tênis Cluble. Nos anos seguintes, defendi a seleção paulista e a seleção brasileira. Passei também por outras equipes. Participei de campeonatos internacionais como pan-americanos, mundiais e pré-olímpicos. Ganhei muitos títulos! Em 1999 integrei o movimento Máster, e agora sou diretora do Departamento Feminino.


Como você vê a evolução das mulheres dentro deste esporte?

O Basquete Feminino Brasileiro evoluiu muito nos últimos anos, conquistando títulos importantes em âmbito mundial. Isto é fruto de um trabalho que começou
a mais de 20 anos, mas mesmo assim, ainda ressente de um número maior de praticantes. Fato esse que, certamente, seria responsável pelo aparecimento de grandes talentos.

Quais atletas você considera como sendo as melhores atualmente?

A jogadora brasileira de maior destaque nos dias de hoje, continua sendo a Janete, que tem 34 anos. Isso prova que nenhuma jogadora de nível foi revelada nos últimos anos.

Um ídolo deste esporte, você tem?

Como minha carreira foi muito longa, convivi com diversos atletas do feminino e do masculino, que poderiam servir como ídolos. Por isso fica difícil citar um nome especificamente.

Quando você começou a participar do movimento Máster?

Como citei anteriormente, foi em 1999 na Cidade de Natal em que conquistamos o vice-campeonato; já em 2000, na cidade de Santos, e 2001 em Curitiba, fui campeã; e 2002 em Fortaleza, fui vice-campeã. Espero continuar participando desses torneios nacionais por muitos anos. Afinal, neles acontecem encontros com companheiras(os) do passado e são revividos momentos especiais das nossas vidas.

Atualmente você é diretora da área feminina do Basquetebol Máster. Como está o interesse das atletas com relação a este movimento?

Estamos trabalhando firme para conseguirmos aumentar o número de Estados participantes dos Torneios Femininos. Tenho contatado diversas ex-atletas, que ainda não participaram do movimento Máster, para se organizarem em seus estados, visando a formação de novas equipes. Estou confiante que esse trabalho dê resultados positivos e que assim aumente o número de equipes femininas nas competições. Eu tenho certeza, quem for uma vez continuará participando! Ressalvo também minha satisfação em ser a diretora do Departamento Feminino da FBBM. É a primeira vez que o Basquete Máster Feminino tem esse espaço, e sinto o empenho das atletas em colaborar para o fortalecimento da nossa modalidade.

Além do trabalho na diretoria da FBBM, o que você tem feito?

Ministro aulas de educação física para mais de 300 crianças na Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental CRIARTE. Administro também, como professora e responsável da CRIARTE/SUZETE/BASKET,mais de 100 crianças entre 6 e 13 anos. Lá eles têm iniciação desportiva com objetivos educacionais e sociais. Como resultado deste trabalho, elaborei um manual chamado "O a, b, c do Basquetebol com Suzete", baseado nele ministro cursos, palestras e clínicas por todo o Brasil. Sou ainda comentarista de basquete da TV PREVE, canal aberto da região de Bauru.

Você participou de algum mundial Máster?

Infelizmente o Basquete Máster Feminino nunca participou de competições internacionais.

O mundial deste ano será em Orlando, você pretende participar? Como está o seu treinamento?

Gostaria muito de participar do campeonato Mundial em Orlando, porém todas sabemos as dificuldades, principalmente o patrocínio, mas vamos batalhar com todas as forças, junto à FBBM, para levarmos nossa Equipe para os EUA. Sobre o treinamento, para mim é constante, pois reunimos aqui em Bauru, cidade em que vivo, várias ex-atletas que participam efetivamente de treinos e estamos sempre em atividade. Além disso minha atividade profissional envolve basquete e crianças, e tentando ser o exemplo para os alunos tenho que estar sempre em forma.


Que mensagem você poderia dar aos nossos leitores amantes do Basquete?

Como estou envolvida com basquete desde criança até hoje, a minha mensagem para os mais jovens é: desde o início tudo que fiz foi com muito carinho e dedicação, e considero que esse motivo seja o diferencial, que me possibilitou atingir as grandes conquistas.

Para os participantes do Máster o importante é a manutenção da forma física, sempre praticando o basquete com muito prazer, se relacionando com os colegas de equipe de uma maneira amiga e sadia.

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