sábado, 11 de novembro de 2017

CBB: Brasil é prata no Sul-Americano sub-14

O basquete brasileiro comemora mais uma medalha nas categorias de base. Na disputa pelo título do Campeonato Sul-Americano Sub-14 Feminino, realizada ontem (dia 10), em Popayan, na Colômbia, a Seleção Brasileira, comandada pela técnica Vânia Paulette, conquistou a medalha de prata. Na partida final, contra o Chile, o Brasil lutou até o fim, mas acabou superado por 80 a 58.

A subida ao pódio marca uma nova era para o basquete brasileiro. "Essa medalha foi conquistada graças ao nosso espírito de equipe e muita determinação. Nosso time cresceu durante a competição. Nos recuperamos de resultados e sempre procuramos fazer um jogo coletivo para superar nossos adversários. Na segunda fase passamos a ter mais confiança e os bons resultados vieram ", disse a treinadora.

A seleção brasileira entrou focada no primeiro quarto da partida e equilibrou o placar durante boa parte do primeiro tempo mas no segundo as chilenas conseguiram abrir uma vantagem e venceram por 30 a 20. A partir do terceiro período, a equipe do Chile mostrou mais experiência em quadra e finalizou 53 a 43. Nos momentos finais, mesmo entrando com espírito competitivo, as brasileiras não tiveram mais chances e acabaram sendo superadas. 

O vice-campeonato embala o início de uma nova era para o basquete brasileiro. "Tenho certeza que o nosso título e o da equipe masculina, que foi campeã na Venezuela, enche de esperança os treinadores. Isso significa novos tempos para a nossa modalidade, em termos de apoio e tudo que estamos tendo. Espero que esses resultados interfiram nas próximas competições de base", ressaltou Vânia. "A subida ao pódio influencia uma geração de novos praticantes, de pessoas que passam cada vez mais a praticar o nosso esporte”, completou.

"É muito importante a conquista de mais uma medalha sul-americana. Tenho certeza de que daqui a algum tempo o basquete feminino vai voltar a nos dar muitas alegrias. Temos que abraçar essas jogadoras, essa geração. O time, a comissão técnica e a coordenadora Adriana Santos estão de parabéns. Vamos cuidar da base e da transição das jovens atletas para ver o feminino do Brasil brilhar de novo", desatacou o presidente da CBB Guy Peixoto.

Comentário: Nem precisava comentar, porque o texto da CBB fala por si. Parece uma série de piadas, todas de péssimo gosto. Em primeiro lugar, parabéns às jovens jogadoras guerreiras que ainda tem coragem de escolher o basquete feminino como esporte. À elas, nenhuma crítica. Agora, alguém precisa avisar a CBB que medalha de prata em Sul Americano de Basquete Feminino, em qualquer categoria,  não é título e não se comemora, se lamenta. Quando a campanha termina com três derrotas e duas vitórias, quando perdemos para o Equador e duas vezes para o Chile, inclusive a partida final por 22 pontos de diferença, mostra o abismo que está sendo cavado para as categorias de base e para o futuro do basquete feminino no Brasil. Mudanças estruturais precisam ser feitas, mas o que esperar de uma entidade que após um fiasco como esse, publica um texto declarando que essa campanha embala uma nova era para o basquete brasileiro? A quem eles estão querendo convencer? A FIBA? Pode parecer cedo para cobrar a nova administração, que carrega um fardo pesado da gestão anterior,  mas o fato é que ela se candidatou e foi eleita para resolver os problemas, que são gigantes, como nós sabemos,  principalmente no caso do basquete feminino. Então não adianta escrever um texto como esse, tão descolado da realidade, para fingir que está tudo bem. Não está nada bem. O Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de Base deixaram de ser promovidos. Era pouco, durava uma semana apenas, não era o ideal, mas tinha a tradição de revelar novos talentos. Melhor que nada. O ano está acabando e o modelo antigo não foi reativado e nenhum outro equivalente ou melhor foi colocado em prática. A seleção sub-19 não disputou o Mundial de 2017, para  o qual estava classificada, a seleção adulta (pela primeira vez em 58 anos) e a seleção sub-17 não estarão nos Mundiais de 2018, a seleção sub-18 também não vai participar da Copa América e por isso não terá chance de participar do Mundial sub-19 de 2019. Então é preciso perguntar: Como será a nova era do basquete feminino? Como a diretoria da CBB pretende cuidar da base? já que o presidente declarou que vai fazer isso é preciso dizer como vai fazer. Qual o planejamento da CBB para resgastar o basquete feminino? Essa última pergunta é feita já tem muitos anos, mas agora é importante refazê-la porque sabemos que a CBB tem por tradição fazer apenas o que é obrigada oficialmente, ou seja, participar das competições oficiais da FIBA para as quais as seleções estão classificadas. Então às vésperas de cada competição, convoca-se as atletas para treinar algumas semanas, jogar dois ou três amistosos e em seguida coloca-se o time em quadra. Tem sido assim por pelo menos 15 anos. Acontece que o Brasil não está classificado para nenhuma competição oficial de nível mundial até 2019. As atletas das seleções adultas, sub-19 e sub-17 (três gerações) ficarão sem nenhum intercâmbio internacional por tanto tempo? Se nem mesmo uma equipe de novas para intercâmbio local, ótima proposta do presidente da LBF, a CBB conseguiu viabilizar, fica difícil imaginar que uma nova era de glória, comandada por uma comissão técnica com experiência olímpica, cheia de viagens para torneios internacionais está sendo planejada dentro da CBB. Espero estar completamente equivocado.

11 comentários:

Unknown disse...

Brilhante avaliaçao do Blog painel do basquete feminino.Vamos parar de tapar o sol com a peneira e assumir que se continuar assim Brasil vai sumir de vez do basquete feminino mundial! Esta faltando as jogadoras se unirem em todas as categorias desde do sub 14 ate o adulto e cobrar MEDIDAS URGENTES PARA RESSUCITAR O BASQUETE BRASILEIRO! Senao teremos mais uma gestao cheia de promessas e sem açoes eficazes

Beto disse...

CBB :

1° CAPACITAR treinadores , incentivar novos treinadores do basquete feminino de base a se ESPECIALIZAREM em HABILIDADES TÉCNICAS . - existem cursos on line pra isso - Skill Coachs hoje publicam treinamentos em TODAS AS PLATAFORMAS digitais . Para os que se interessarem em oferecer treinos de habilidades de nível internacional sugiro uma visita a página Im Possible Training .

2° Incentivar os Clubes a trabalharem com ESPECIALISTAS em habilidades nas categorias de base e " EXIGIR " dos profissionais treinamentos especÍficos por posição no mínimo 3 vezes por semana 40 minutos . Treino de pivÔs é diferente de treinos de armadoras que é diferente de treinos para as posições 3 e 4 .

PRIORIDADE ATÉ OS 16 ANOS DEVE SER A CAPACIDADE TÉCNICA DESSAS MENINAS !!

3° PARAR de convocar seleções com 15 dias pra treinar , no mínimo 1 ou 2 meses .

4° As comissões técnicas DEVEM ser formada por 3 profissionais
- O Técnico = Responsável pelo desenho tático da equipe
- Um Auxiliar Técnico
- Um especialista em TREINO DE HABILIDADES .

* NÃO ADIANTA COLOCAR UM MONTE DE GENTE PRA FAZER ESTÁGIO NAS SELEÇÕES " TEM QUE AGREGAR VALOR " com funções ESPECIFICAS . SELEÇÃO BRASILEIRA NÃO É LUGAR PRA DESENVOLVER AUXILIARES , ELES JÁ DEVEM CHEGAR PRONTOS PARA BATALHA .

Se a CBB fizer isso já irá ajudar e MUITO nosso basquete feminino ! A RESPONSABILIDADE é de TODOS . CBB , PROFISSIONAIS , e CLUBES principalmente pois são os responsáveis em FORMAR essas crianças .

Anônimo disse...

Essa seleção Sub-14 é reflexo do trabalho de base feito no país.

As meninas estão com os fundamentos precários!

Se não bastasse isso, ainda temos no feminino a velha politicagem praticada nas gestões anteriores: convocação de atletas e comissão técnica que seja da patota ou para agradar federações. A seleção - como o próprio nome já diz - é para as melhores.

A técnica Vânia falhou muito na final. As chilenas massacraram a seleção brasileira com bolas de três pontos e a técnica insistindo na defesa por zona. Assim não dá.

Mas ainda assim, vejo futuro promissor para algumas atletas, mas é preciso um TRABALHO SÉRIO dos clubes e da CBB, senão as derrotas para o Equador e Chile serão frequentes.

Anônimo disse...

Parabéns, Excelente análise feita pelo blog definindo bem a real situação do nosso Basquete. Só quero acrescentar que precisamos mudar a formula de como trabalhar melhor essa base! Isso a CBB ainda não mostrou! Quero parabenizar "os meninos campeões" e "as meninas vice-campeãs" da categoria sub-14. De certa forma é um grande feito eles medalharem, mas não confiro mérito nenhum a CBB que continua praticando a mesma metodologia aplicada nas ultimas gestões. Tá na hora de contratar técnicos promissores e que tenham uma melhor visão do jogo e dos talentos que desabrocham pelos quatro cantos do país, não é admissível que nossa seleção feminina não tenha uma ala especialista nas bolas de três, pior não tem jogadas definidas e o absurdo da quantidade de erros de passe. Digo ainda mais, algumas meninas só entravam no fim do jogo numa pressão danada sem tempo de se afirmar em quadra. Um bom técnico deve transmitir confiança aos atletas extraindo o que eles tem de melhor e isso não vimos na Colombia! Parabéns as chilenas, com um plantel de uma estatura menor conseguiu nos superar. A CBB se cuide!

Anônimo disse...

O que a CBB fala não se escreve...

Eles se comprometeram com a FIBA que o feminino teria o mesmo investimneto do masculino, mas é mentira... Nunca vi fechar patrocínio apenas para a seleção masculina (MOTOROLA) e deixar a categoria feminina de fora... Sério, primeira vez que vejo isso... essa história de que vai cuidar da base é balela... ñ tem dinheiro para formar uma seleção de novatas, mas arruma dinheiro com o COB para contratar treinador estrangeiro para a sleção masculina... por ai vemos quais são as prioridades deles... na prática, o discurso fica bem diferente.

Sèrgio disse...

Comentários realmente infelizes estes anteriores. Enquanto existirem pessoas como estas torcendo contra, nosso basquete feminino não vai a lugar nenhum mesmo.
A CBB tem problemas sim, como qualquer outra federação esportiva, porém as "empresas", isso mesmo., "empresas" que fazem o basquete feminino ser praticado no Brasil, têm se esforçado, e muito, para a formação de nossa base.
Empresas como ADC Bradesco, ADCF Unimed SICOOB Americana e outras, além dos projetos de ex- jogadoras que dedicam a vida a este esporte deveriam ser conhecidos por vocês e aí sim vocês saberiam alguma coisa sobre este assunto, para depois comentarem.
O que vocês estão fazendo é desestimular nossas meninas a praticarem um esporte tão bonito e importante como todos os outros esporte.
Pensem nisto e CALEM A BOCA!!!!!!!

Daniela disse...

VERGONHA, o Brasil perder para o Chile 2 vezes e para o Equador.
Enquanto tivermos Adriana Santos como coordenadora técnica e o Barbosa na CBB o basquete feminino vai afundar, politicagem e amizades nas convocações de comissão técnica e atletas.
VERGONHA

Torcida X disse...

LAMENTÁVEL

Tomar 80 x 58 do Chile!!!????

Pior, querer comemorar "nova era"... ALGUÉM AQUI É TROUXA?

Realmente, uma nova era... uma era em que ficamo fora de quase tudo, em que perdemos pras argentinas, chilenas... pras ilhas virgens com seu time de jogadoras de vôlei...

Por quê no masculino escolheram uma técnica multicampeã na base e no feminino não?

Pelas declarações prevejo chuva de garotas querendo treinar basquete nas escolas, motivadas pelo "EXCELENTE RESULTADO" no sul-americana sub-14.

É o fim da picada.

Anônimo disse...

PARA OS CRITICOS DA VERDADE

Não é a CBB que forma essas meninas ! Enquanto não tivermos HUMILDADE para reconhecer isso não sairemos do lugar . A base é trabalhado em CLUBES , os profissionais que treinam essas meninas são responsabilidade dos Clube que tem autonomia !! Ou seja a CBB é a ponta da pirâmide , seleção é a escala final e as atletas estão chegando lá MUITO MAL FORMADAS SIM !! É dificil isso mais nossos profissionais do feminino precisam se ESPECIALIZAR e formar estas meninas tecnicamente a nível INTERNACIONAL . No facebook e instagram tem Coachs americanos postando materiais muito bons GRATUITAMENTE . Basta ATITUDE e mudança de POSTURA . Não é a CBB que forma essas meninas !!

Anônimo disse...

Individualmente eu gostei das meninas desse time. Tem muito potencial nesse grupo. Agora esperar que com duas semanas de treinamento um time tão novo esteja preparado para sua primeira competição internacional é pedir demais. Hoje temos mais de 20 atletas formadas pelos clubes e pelos técnicos brasileiros jogando nos Estados Unidos. Algumas cotadas para entrar no draft da WNBA. Tudo isso graças dos profissionais que temos no Brasil e dos clubes que investem no basquete feminino. E o que a CBB está fazendo pelo basquete feminino de base ou adulto? Nada.

Anônimo disse...

Em resposta ao comentário infeliz do Sr. Sergio em 12/11 do corrente, às 20:24, digo:
Bicho se toca! Ninguém aqui quer desestimular a pratica esportiva do basquete feminino, messa suas palavras, cale boca você, que me parece nada entender as críticas. Em nenhum momento desmerecemos os trabalhos de empresas conceituadas como Bradesco, Unimed, Sicoob, bem como, de algum Projeto Social. O que estamos fazendo na verdade é uma cobrança respeitosa de melhoria do nível do basquete feminino, que a CBB tenha coragem de implantar essas novas diretrizes a começar com a contratação de um técnico mais sério, integro, capacitado e imparcial, como ocorreu com o masculino sub-14 e agora pouco com os profissionais.