quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Precisamos falar sobre a LBF

A Liga de Basquete Feminino já está no returno e precisamos falar de alguns pontos positivos deste ano de ressaca olímpica e suspensão das competições internacionais.



- Equilíbrio

O primeiro turno foi marcado por um equilíbrio, que pode ser explicado por um misto de fatores pessimistas (cansaço pelos jogos seguidos, irregularidade das jogadoras, etc). Independentemente do motivo, o equilíbrio tornou a competição um pouco mais interessante.

- A superioridade de Damiris



Mais uma vez o Corinthians/Americana desponta como o franco favorito ao título e muito se deve à Damiris.

Após um surpreendente desempenho na Rio 2016 (em que jogou como ala), a ala/pivô demonstra regularidade e superioridade técnica que a coloca como a grande referência da seleção para este próximo ciclo olímpico (se é que o Brasil terá esse ciclo).


- Nasce uma estrela?



Num momento delicado que passa o basquete feminino, é interessante acompanhar o crescimento da ala Raphaela Monteiro. Cria da Mangueira/RJ, com passagens pela base paulista, a jovem ala tem dado os primeiros passos no adulto jogando em Pernambuco. Teve a primeira oportunidade no Sport, onde já chamou atenção, com um excelente jogo de infiltração e muita disposição.

Desde o ano passado tem jogado no time do Dornelas (antes América, agora Uninassau) e tem mostrado que é uma jogadora a ser observada neste novo ciclo. Se ainda carece de evolução física e melhorar os arremessos de longa distância, é louvável sua disposição em jogar em baixo da cesta.

Há que se parabenizar ainda Dornelas que viu o potencial na jogadora e tem investido em sua evolução.


- Geração 95



Em 2011, uma geração chamou minha atenção. Na Copa América Sub-16, vimos uma seleção brasileira na final, "engrossando o caldo" no primeiro tempo contra as ótimas americanas. Pena que no ano seguinte a decepção seria grande: uma derrota para Mali e a penúltima posição no Mundial Sub-17.

A seleção era treinada pela Janeth e desde o Sub-15 sabíamos que tínhamos joias preciosas que, se bem lapidadas, poderiam alcançar voos maiores.

O grande destaque desta geração naquela época era Izabela Sangalli, que hoje continua buscando a sua afirmação no líder Corinthians/Americana. O time titular era composto ainda por Raphaela Monteiro (que se machucou e não jogou os mundiais sub-17 e sub-19) e Vitória (que está no Sampaio Correa, após se destacar em São José).

Atualmente, outro nome desta geração tem aparecido bem na LBF: a pivô Letícia Rodrigues. O curioso é que Letícia, mesmo tendo sempre se destacado na base (por Santos e depois por Ourinhos), foi apenas convocada para o Mundial Sub-19, em 2013.

Ao longo dos anos, a pivô tem mostrado evolução e hoje tem tido atuações bastantes solidas pelo Sampaio e ao lado de Monteiro tem sido os grandes destaques entre as atletas mais jovens.

Desta geração, ainda tem Bia e Kawani Firmino, ambas buscando a afirmação em Blumenau.


- A inesgotável Gil



No ano em que completará 36 anos, Gil continua soberana na liga. As sucessivas decepções na seleção brasileira não tiraram a garra e a vontade desta pivô que sempre foi subestimada por conta de sua altura.

É um dos pilares do time do Uninassau e, se a equipe quiser ser bem sucedida nessa temporada, terá que acioná-la mais do que tem feito.

Gil machucou o tornozelo no jogo contra o Venceslau e deve perder alguns jogos do returno.

- Santo André



Salários atrasados, troca do comando técnico e saída de jogadoras. Tudo parecia ruir no time de Santo André. Mas a equipe do ABC fez um primeiro turno digno, surpreendentemente saindo-se como a terceira força do campeonato. O bom resultado é fruto do bom trabalho coletivo e do estreante Bruno Guidorizzi, que até então tinha experiência apenas nas categorias de base.

Destaca-se ainda o regular desempenho de Jaqueline, que tem sido bem coadjuvada por Thaissa e Silvia.

E você, o que achou do primeiro turno da LBF? Teremos melhoras no segundo turno? O que podemos esperar para os playoffs?

6 comentários:

Bert disse...

STA, obrigado por falar da LBF. Não tem muita gente disposto a isso.

É uma temporada muito parecida com a passada, no número de equipes, na fórmula de disputa...

Embora Americana desponte novamente como favorita, o time tem problemas assim como na temporada passada. Muito dependente de Damiris e com um garrafão mais fraco com a saída de Gil e alas pouco inspiradas.

A segunda força, o Uninassau, tem os problemas de sempre. Um jogo que depende muito de individualidades e cuja pobreza tática é evidente.

Santo André realmente é uma surpresa, está fazendo uma limonada engolível com poucos e secos limões.

Por sua desorganização na montagem do elenco, o Sampaio parece não conseguir repetir a subida final da temporada passada. A chegada das estrangeiras, que poderiam ser a salvação do time, não alterou o status. Isso porque uma (Noblet) não chegou até agora. A outra, a americana Jasmine, não elevou o patamar do time, se apresentando em condições técnicas bem inferiores a quando jogou em S. José.

MeninoBionico disse...

Obrigado pelo Overview! Não consegui assistir nenhum jogo desta edição, não vi onde passa. Se até a Superliga está passando somente 1 jogo por rodada no SporTv, coitado do basquete. Sem atrativos, sem estrelas, sem emoção. Assim, fica sem mídia, sem publico. Uma pena.

Anônimo disse...

MENINO BIONICO

FAN PAGE DA RADIO ESPORTE WEB TRANSMITE OS JOGOS DE AMERICANA

FAN PAGE DO LEIA JÁ ONLINE TRANSMITE OS JOGOS DO UNINASSAU

FAN PAGE DA LABATV TRANSMITE OS JOGOS DE SANTO ANDRÉ

Anônimo disse...

Infelizmente a Sassá que ameaçava se tornar uma grande jogadora não deslanchou.Parece que preferiu fazer outros investimentos pessoais, fora do basquete.
O Vendramini tem uma dificuldade enorme em revelar as garotas. Precisa ficar colado em algumas veteranas. Tem algumas belíssimas jogadoras no elenco, jovens para crescer, mas o investimento permanece nas trintonas.
Existem várias jovens talentosas, mas parece que quando cruzam com as consagradas, necessitam baixar a cabeça e respeitar a suposta hierarquia do esporte da bola alaranjada.

Anônimo disse...

Anonimo,
eu te pergunto vale a pena um patrocinador investir em uma equipe de basquete feminino, sendo q apenas algumas partidas tem transmissao pela internet, com 10 pessoas assistindo...

Anônimo disse...

Quero crer que foi esquecimento e não implicância, mas outro nome que vem muito bem nesta edição da LBF e não foi mencionado aqui é o da ala Leila Zabani.

Leila tem números muito regulares, mais até que suas colegas de ciclo olimpico e que foram muito mais aproveitadas na seleção como a Tati Pacheco, Joice Coelho e Patty Teixeira.