segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Uma reflexão sobre números arrasadores de Nádia na rodada da Liga Espanhola

Se eu te dissesse que num confronto contra o vice-líder da Liga Espanhola, uma pivô havia registrado no último sábado os seguintes números: 33 pontos (15/23 nos 2 pts e 3/4 nos lances-livres), 19 rebotes, 3 tocos, 1 assistência e 1 recuperação de bola (47 de eficiência), em 40 minutos, provavelmente você me perguntaria quem seria essa estrela?



Pois bem, a estrela foi Nádia, que ganhou matéria muito elogiosa no site da federação espanhola pela melhor atuação do ano na competição, na derrota do seu clube o Gizpuoka para o Girona (85-67).

Espinafrada por essas bandas, Nádia coleciona atuações irretocáveis em sua temporada espanhola - bem superiores aos que registrou no Sampaio na última temporada, e ela não é fenômeno isolado.

Na mesma Espanha e na mesma rodada, Isabela Ramona teve 15 pontos e 7 assistência na vitória do seu time, o El Pastor, sobre o Araski (73-37). Fábio Balassiano escreveu recentemente sobre a moça.

Ainda por lá, Érika retorna com boas atuações tanto na Liga local, como na EuroLiga, após temporadas de descrédito na WNBA.

Sobre a fartura de números de Clarissa na Liga Francesa e na EuroLiga, os comentários ficam para outro momento.

O ponto a que quero chegar é o seguinte: mesmo nesse cenário de terra arrasada, ainda temos jogadoras e produzimos outras que tem potencial para incomodar no atual nível do basquete feminino internacional.

Ligas e seleções que costumam ser endeusadas por aqui (como França, Espanha) -e que dominam o cenário nos últimos anos- não tem um cenário na prática assim tão poético. Também tem poucas jogadoras efetivas, com suas limitações físicas, técnicas e defeitos em fundamentos assim como as de cá.

A diferença é que existe trabalho lá fora, aqui a modalidade está deitada em berço esplêndido.


7 comentários:

Anônimo disse...

Quando a atleta é "a estrangeira" de um time pequeno tem a obrigação de definir as jogadas e decidir as partidas. Aqui a Nádia nunca teve essa função. Na Espanha ela assumiu esse papel e está dando conta do recado com muita competência. Quando a Franciele jogava na Espanha era parecido. Ela tinha um bom destaque na Liga e o papel de líder em suas equipes. Desde que voltou ao Brasil, os clubes daqui praticamente enterraram a carreira dela. Jogava pouco nas equipes de Recife e recentemente jogou menos que 10 minutos por partida em equipes com elenco mediano como Santo André e Blumenau. Acho que alguns treinadores brasileiros não sabem aproveitar, da melhor maneira possível, os poucos talentos que temos. O que vemos há anos, tanto na seleção, quanto nos clubes, não são técnicos capazes de extrair o melhor de cada atleta, mas um joguinho pequeno de proteção/exclusão de elenco que reduz os espaços de algumas atletas e atrapalha a evolução das meninas. Que a Nádia siga na Europa e possa em breve assumir esse mesmo papel de jogadora definidora na seleção brasileira.

Anônimo disse...

Nádia cestinha e MVP da Liga Espanhola é algo surpreendentemente positivo. Ramona também entrou no quinteto ideal da rodada dessa semana. Parabéns!

Anônimo disse...

Tem outra diferença também: logística. A França e a Espanha devem ser do tamanho do estado de Minas Gerais, tem custo menor de manutenção e transporte, claro que nem todos são dos mesmo nível técnico.
Exemplo: Quanto o time de Blumenau tem que desembolsar para realizar dois jogos em São Luiz contra o Sampaio?

Não entendo como não tem um time na capital paulista

Anônimo disse...

Nadia sempre teve potêncial !! O que sempre ESTRANHOU foi porque na seleção quando joga sozinha ARREBENTA mais quando a Érika está ela aceita o banco e SOME ? Espero que ela MUDE ISSO pois ja ta mais que na hora de ela assumir a titularidade na seleção junto com a Clarissa e a Damiris na lateral. Ninguém fala aqui , mais o que aconteceu de MELHOR nessa seleção no Rio foi a Damiris na lateral . Uma das MELHORES dessa Olimpíada na minha opinião mesmo o Brasil perdendo tudo ! Clarissa está DESTRUINDO na França , sua ida pra WNBA fez ela aprender a jogar de frente pra cesta também ELA ESTÁ JOGANDO MUITO !! Já assisti a 2 partidas dela na Euro liga e realmente estou impressionado !! Que bom pro basquete brasileiro pois essa será provavelmente a base da nossa seleção no Japão !!

Anônimo disse...

As ligas da Espanha e da França cairam muito. Está cheio de jogadoras de seleções africanas, europeias de segundo escalão e americanas desconhecidas. Não conseguem segurar nem mesmo as atletas de seleção. A maioria das melhores atletas francesas e espanholas estão em equipes da Rússia ou Turquia, assim como as estrelas da WNBA. O lado bom é que foi um mercado que se abriu para as brasileiras e elas estão indo bem, mas não podemos nos iludir em achar que elas estão arrebentando contra as melhores do mundo porque não estão.

Anônimo disse...

Anonimo das 12:57 NÃO FALE BESTEIRA !! Caso você não saiba Espanha é vice campeã olimpica e França esta entre as 4 seleções do MUNDO . Como a Espanha disputam a Euroliga com seus melhores clubes . Acabei de ver um jogaço da Clarissa que joga na FRANÇA conta Ekaterinburg da Russia seleção do mundo com Britney Grinner , Taurasi etc.. .

Anônimo disse...

Sim QUERIDA, as seleções da França e da Espanha são fortes e ninguém negou isso. Só que as principais atletas das seleções francesa e espanhola estão jogando em ligas de outros países. Os clubes da Liga Francesa e Espanhola se enfraqueceram muito nos últimos anos. Não estão entre os principais da Euroliga por exemplo. Clarissa está indo bem, ela é ótima, mas nesse jogo que você cita, seu desempenho foi apenas mediano (9 pontos e 6 rebotes) por aí se tem uma noção da diferença entre jogar contra equipes razoáveis e equipes de primeira linha como são as equipes da Rússia.