segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A Tática Passaporte

Na Europa já estão em disputa as classificatórias para o Europeu do próximo ano.

São 33 países envolvidos na disputa, com tchecas (país sede) já garantidas antecipadamente. Na quadra, já conseguiram a classificação: França, Itália, Rússia, Eslovênia, Espanha, Turquia e Ucrânia. Restam oito vagas.

Fui dar uma olhada no andamento da competição, e mais uma vez me surpreendi ao ver como expediente de naturalização de atletas se apoderou do basquete feminino.

A "croata" Shavonte Zellous

As americanas de nascimento são as preferidas. Nas minhas contas, são dez.

A Bielorrússia tem  Lindsey Harding.

Na Bósnia, há Lynetta Kizer.

A Croácia ficou com Shavonte Zellous.

Na Finlândia, Krista Gross.

A Hungria se saiu com Courtney Vandersloot.

Em Israel, Alysha Clark.

Montenegro conta com os serviços de Angelica Robinson.

A Romênia tem Ashley Walker.

Na Turquia, Quanitra Hollingsworth "cobre as férias" de Lara Sanders, que disputou os Jogos do Rio.

Por fim, a Ucrânia tem Dandra Moss.

Em outras duas seleções, a importada não é Made in USA.

Portugal tem uma sérvia: Tamara Milovac.

A Espanha usa no torneio a já conhecida senegalesa Astou Ndour.

Na maioria dos casos, a naturalização é apenas um questão de ego ou de finanças, com identificação zero da jogadora com o país. Um balcão de negócios.

Taí a nova revolução tática do basquete feminino: a do passaporte.




8 comentários:

Anônimo disse...

E o Brasil nem isso tem competência para fazer...

Anônimo disse...

opinião super pessoal minha........acho ridículas estas naturalizações de identificação zero com o país....o bom é que quase sempre nem dão tão certo assim no quesito resultados internacionais.....jamais queria que acontecesse isso com a seleção brasileira......

Anônimo disse...

Montenegro fez uma ótima escolha

Anônimo disse...

A Sérvia tambem tem uma otima pivo americana que ajudou o time a ganhar o bronze no Rio.

Anônimo disse...

Gostaria muito de ver a Ariadna vestindo as cores do Brasil.

Anônimo disse...

Ariadna e akela paraguaia que jogou um tempo por Americana (acho que o nnome dela eh Paola), poderiam ajudar a selecao nessa olimpiada passada,com Damiris e Iziane nas alas. Assim como:

Paula, Hortencia, janeth , Marta, poderiam ter formado um quinteto fortissimo com a ajuda da Karina (Argentina).

Anônimo disse...

A Erika Wheeler é uma ótima armadora e tem identificação com o país. Acho bobagem essa mentalidade nacionalista. Para citar apenas dois países, a pivô americana que ajudou a Sérvia a conquistar o bronze olímpico, a Sancho Lyttle que foi fundamental para a Espanha ser bronze no Mundial de 2010 e prata em 2014 ou a Ndour fundamental para a prata olímpica. Qual o impacto dessas conquistas no basquete desses países? Quantas meninas vão começar a praticar basquete por conta dessas conquistas? E aí temos uma seleção brasileira 100% nacional disputando a mais de 10 anos as últimas posições de todas as competições internacionais que participa, que menina vai querer jogar basquete? O que temos são clubes falidos sem patrocinadores, liga com seis clubes perdendo espaço na TV, arquibancadas vazias, escolinhas de basquete esvaziadas e fechando as portas. Aplausos para os nacionalistas! Orgulho e fracasso do tamanho do Brasil!!!

Anônimo disse...

Concordo em tudo com anônimo de 09:56, Wheeler seria maravilhosa na nossa seleção, até porque a FIBA só permite um atleta naturalizado por competição. Mas além de jogadoras, precisamos de uma comissão técnica digna.