quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Basquete Feminino inicia o ano olímpico pobre e pálido


O ano olímpico definitivamente não começou bem para o basquete feminino.

Envolvida em uma crise entre os clubes e a Confederação Brasileira de Basquete, a apresentação das atletas para o evento-teste foi um mico daqueles.

Em relação à CBB, seu presidente e diretor técnico, os comentários já foram fartos nesse blog. Eles serão poupados no dia de hoje; até porque devem estar estafados depois de tanto esforço para formar um time (ainda incompleto) do dia para a noite.

Sobre os clubes, não resta dúvida que o movimento é legítimo. Os questionamentos que dirigentes, técnicos e atletas trouxeram à tona durante esse período são reais. Ainda que as reivindicações iniciais do colegiado sejam bastante agressivas e haja uma resistência à voz mais ativa do grupo (o presidente de Americana, Ricardo Molina), isso não invalida a manifestação.

Insatisfeitos com a intransigência da CBB e sem conseguir engolir a imposição da dupla Barbosa & Adriana goela abaixo, os clubes resolveram endurecer e afastar suas atletas da competição amistosa. Concorde-se ou não, também é um direito deles.

Se um clube decide que não quer ceder jogadoras para o torneio, caímos no "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Mas me estranha bastante o fato de jogadoras, que ficaram de fora de torneios oficiais no passado porque seus clubes na Europa ou na WNBA não desejavam assim, queiram agora fazer pose de mártir na foto.

Dos seis clubes da Liga, apenas um (o Sampaio Correa, do preparador físico da seleção Vitta Hadad) cedeu e forma a base da seleção. Clube novato na LBF, provavelmente o Sampaio ignore as razões dos outros cinco clubes e suas jogadoras não se constranjam em acatar a convocação.

Mas é delas (as jogadoras) que vem minha maior decepção.

Será que é assim tão difícil a união em torno de um tema tão importante?

1) "O evento-teste é muito importante. Jogar uma Olimpíada em casa é a minha vida. Vamos jogar e acabou."

ou

2) "O momento é péssimo para a modalidade. Tem muita coisa errada. Vamos protestar em bloco agora."

Pois nem sobre premissas tão básicas as jogadoras conseguiram se organizar. Cada uma considerou o que era melhor para si e tomou suas decisões.

Se a maioria obedeceu aos seus chefes, Clarissa resolveu desafiar o senso comum, numa atitude que a indispõe com seu clube e suas companheiras. Gosto muito de Clarissa, acho sua trajetória genial, mas sinceramente não entendo sua decisão, acho desrespeitosa com o clube, sua torcida e sua história na equipe, ainda mais quando não há nenhuma explicação ou declaração, apenas um sorriso assim "ontem eu estava ali, hoje estou aqui". Vida que segue?

Do outro lado do garrafão, o outro movimento surpreendente é o da pivô Érika, que caiu de um passeio de balão da Capadócia direto na seleção. Talvez a pivô não tenha opinião sobre o assunto ou ache que ele não lhe diz respeito pelo fato de não estar atuando por um clube brasileiro. Mas ao adotar a mesma estratégia de Clarissa (um constrangedor silêncio), Érika decepciona quem acreditava que seu currículo glorioso a tornasse uma voz relevante ou lhe trouxesse qualquer espírito de liderança.

É nesse cenário triste, de pobreza (no sentido mais amplo da palavra), de conveniente individualismo, de limites estreitos e pálidos que o basquete feminino inicia seu novo ano.

Deu saudade de 2015?

30 comentários:

Anônimo disse...

perfeito texto.....parece que falou tudo que eu queria ouvir.....as condutas de erika e Clarissa foram deploráveis....torraram o filme.....

Anônimo disse...

Totalmente de acordo contigo Bert.
Não são 2 ou 3 que estão inconformados com tal atitude individualista da Clarissa, mas são milhares.
Com sinceridade, espero não mais vê-la jogando em Americana!!!

Anônimo disse...

Como já havia comentado aqui, eu desisti do basquete feminino. Não assistirei a nenhuma competição até ocorrer profundas mudanças na gestão do basquete brasileiro. Chega de sofrer! Sobre as atletas (e seu silêncio) seria bom recordar os anos de 2002/2003 para o vôlei feminino do Brasil (que ainda que tenha problemas de gestão, é um esporte cuja confederação soube muito bem massificar, formar atletas, construir um projeto a longo prazo e dotar as seleções com uma estrutura excelente). Pois bem, em 2002/2003, as atletas da seleção de vôlei se negaram a aceitar a convocação feita pelo técnico Marco Aurélio. Pressionaram a confederação por mudanças até que o Zé Roberto assumiu. Tudo bem que o Marco Aurélio possui seus méritos por ter alçado a base da seleção juvenil para a seleção adulta de vôlei (cujas jogadoras ainda hoje servem à seleção - como a Sheila). Mas o que fica de exemplo é a união das atletas por melhorias para a modalidade (que ocorreram, uma vez que a partir de 2003, com o vice-campeonato na Copa do Mundo, o país se reafirmou como uma potência no vôlei e é o atual bicampeão olímpico - com chances reais de um tricampeonato). Vida que segue! E o basquete brasileiro segue para o fundo do poço. Triste realidade.

Anônimo disse...

Ridicula essa convocacao! Aff, basquete decepcao

Ramona, a Glam disse...

Concordo com tudo que vc disse Bert. Nada invalída o descaso da CBB com a seleção feminina e as equipes de base nos últimos anos.

Gente o nível técnico da seleção nos últimos anos está no patamar das seleções africanas. Isso é sério. Foi fruto de um descaso total na preparação da equipe e conivência da comissão técnica com a CBB. Será que esse ano ainda colocarão culpa na renovação? Infelizmente vivemos num país onde a Seleção Principal de diversas modalidades precisa estar sempre na mídia conquistando títulos para facilitar a captação de patrocínios para os clubes. Neste sentido, alguém discorda que a seleção feminina de basquete mais atrapalhou do que ajudou os clubes?

O mais tosco foram achar que atenderiam as necessidades dos clubes com Barbosa. Só quem acompanhou a seleção brasileira no final dos anos 90 e nos anos 2000 pra saber. Alguém lembra algum torneio em que a Seleção brasileira jogou do início ao fim em Alto Nível sob o comando dele? O que eu me lembro mesmo é de muito sofrimento frente a tv e até ao vivo no Ibirapuera em 2006. Gente e aqueles vexames nos pans? Olhar os 4ºs lugares e o Bronze de Sidney é fácil mas só quem assistia cada jogo sabe como era tenso. Tivemos raríssimas partidas com alguma lucidez em relação ao total de partidas naquele período. Até hoje me revolta e se já não fosse Janeth e ou Alessandra carregarem o Brasil nas costas em algumas partidas chave não chegaríamos tão longe. Isso de carregar nas costas porquê assistíamos a má utilização de uma boa geração de atletas como Silvinha, Tuiú, Claudinha, Leila e tantas mais.








PAULINO disse...

Meu parceiro Bert

Os quase 20 anos de nossa amizade me permite alguns adendos puramente pessoais, por tal motivo não quis publicar em nosso blog.

Concordo com parte do texto, mas acho muito severo as colocações sobre as atletas, as mais prejudicadas em todo esse processo.

Criticar Érika por ter aceito a convocação considero injusto. Em matéria da UOL de hoje, viemos a saber que a mesma esta sem clube e provavelmente ó volte a joga na WNBA. Em um ano olimpico é evidente qua a mesma precisa estar em atividade, e este evento vai lhe proporcionar isso.

Talvez Clarissa seja a unica atleta do Corinthians que tenha autonomia de fazer exatamente o que ache correto, sem se sujeitar a ameaças. Não sabemos de fato o que ocorre nos bastidores e, apesar no movimento teoricamente ser bastante justo, qual de fato é o interesse dos principais envolvidos? Acho injusto crucifica-la.

A modalidade se encontra tão sucateada, desacreditada, que a meu ver todo esse movimento está acontecendo no momento errado, principalmente pela intransigência de ambos os lados.

Se o fato de Adriana Santos ter sido convidada a trabalhar na CBB sugere que a mesma "tenha mudado de lado"... qual seria a situação que uma ex-atleta com a função de ser elo de negociação não tivesse o mesmo julgamento? Lembrem-se que ate pouco tempo Adriana era integrante de Americana, que hoje lidera o movimento.

Depois de todo esse furacão, tenho duas perguntas em mente:

1. Clarissa, a MVP das ultimas ligas, será desligada do Corinthians?

2. Caso seja, o America vai resistir em contrata-la para 2017?

Se alguma dessas proposições tiver resposta POSITIVA, deveremos questionar credibilidade deste grupo e sua ética, que ja esta tão em duvida.

Anônimo disse...

Paulino sendo conivente com a cbb mto estranho isso, ou ta querendo fazer parte da facçao da cbb.

PAULINO disse...

Não acreditar na "completa" legitimidade de uma das partes não quer dizer ser conivente com a outra. São coisas completamente diferentes. Apenas uma opinião minha. Por isso assino meus comentários.

Anônimo disse...

Cadê o Diretor de Seleções na foto?
Tá com vergonha de aparecer Vanderlei?
Ou tá lendo o facebook pra saber o que falam dele?

Anônimo disse...

Parabens pelo texto Bert, perfeito em sua colocção!
Clarissa e Érika lixos! Palmira também lixo! Enquanto não houver uniao das atletas o basquete feminino continuará um lixo, porém essas atletas merecem esse tratamento pois sao coniventes. Molina e Dornelas deveriam acabar com os times de Americana e América, pois essas atletas não merecem o que eles fazem por elas. Torço para o fim do basquete ano que vem!

Anônimo disse...

Ridículo isso de as pessoas não poderem mais ter opinião própria... Quem não concorda que o boicote seja feito dessa forma, automaticamente é "inimigo" do tal colegiado? Onde está a liberdade de expressão assegurada na declaraçao universal dos direitos humanos?
Decepcionante não é o fato das atletas se apresentaram quando querem à sua seleção, decepcionante é esse colegiado ditador querer decidir unilateralmente o que as atletas devem ou nao devem fazer sem levar em consideração a vontade de cada uma. Com esse tipo de atitude, estao fazendo exatamente o que criticam na atual adminstracao da CBB, tomando decisoes desrespeitosas, arbritárias e opressoras. Se fosse um movimento válido, as atletas de maior expressao, nao estariam se posicionando contrariamente. Sr. Molina e Sr. Dornellas, candidatem-se aos cargos desejados na confederação e nao tentem tomá-los á força. Parem, apenas parem...

Anônimo disse...

Paulino e Bert, meus caros,

Concordo com o comentário do Paulino e o endosso.

Infelizmente, a maioria das pessoas que comentam (especialmente os que não assinam) tem uma imensa dificuldade de interpretar um texto e por isso tiram conclusões exdrúxulas daquilo que leem alem de não se preocuparem em serem respeitosos com todos os que aqui escrevem.

De todo modo, Bert, parabéns, mais uma vez pelo texto.

Abraços,

Mauricio Guedes

Anônimo disse...

Sou ex atleta e fico muito triste com tudo o que está acontecendo com o basquete feminino do Brasil. Se os clubes falaram tanto em não liberar as meninas por que na carta de dispensa delas não está claro isso? Fizeram as meninas mentirem falando em problemas pessoais.
Paulino, achei perfeita o seu texto e admiro sua coragem de assinar seu comentário.
Fico pensando como é possível as pessoas apoiarem um movimento encabeçado pelo Molina. Esse diretor só está pensando em si, querendo assistir os jogos olimpicos de dentro da quadra. Se ele estivesse querendo ajudar o basquete feminino da lama, iria começar olhando o próprio projeto e voltando a ter base em Americana.
Achei muito coerente a atitude da Clarissa de não fazer parte do boicote e não abaixar a cabeça para esse pseudo diretor. Isso é assédio moral!!

Ramona, a Glam disse...



É de Chorar viu?

"A Iziane, a Clarissa e a Érika estão aqui e isso me dá muita segurança de que nós estamos certos. Se tivesse alguma coisa errada, a Érika seria a primeira a colocar a boca no trombone, ela não sabe ficar quieta. E ela aceitou a convocação, está aqui, a Iziane também", comemorou Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções da CBB.

http://m.esportes.ne10.uol.com.br/outros-esportes/noticia/2016/01/06/clarrisa-fura-boicote-e-fortalece-cbb-que-comemora-respaldo-de-lideres-590225.php



Anônimo disse...

Entre as posições de Bert e Paulino, eu tendo a concordar mais com o segundo.

Discordo veementemente do Bert quando ele afirma que o movimento é legítimo. Quem dá legitimidade a um movimento encabeçado por apenas seis equipes, sendo que a maioria delas só existe durante a liga nacional? São seis clubes que fazem ou fizeram o basquete feminino brasileiro?

Se a justificativa for o fato de estarem em atividade no momento, não podemos esquecer que este é um fato circunstancial. Estão ativos nesta edição e ninguém garante que existirão na próxima.

O que é legítimo, e isso não tem como discordar, é a queixa quanto ao descaso com o basquete feminino e de base, a falta de transparência na gestão da entidade, a ineficiência do planejamento no ano olímpico, sobretudo, com o feminino. Há muitas coisas a que se criticar, é fato.

O autoproclamado colegiado se intitulou representante dos clubes e agentes envolvidos com a modalidade, em especial as atletas, dito o elo mais fraco da relação. Assumiu uma postura agressiva e nada conciliatória com a CBB de quem exigiu que se abrisse um canal de diálogo. Chegou com pautas, algumas que dificilmente alguém acreditaria que a entidade aceitasse - intervenção.

Não vou fazer a defesa do Nunes e muito menos do Vanderlei, que aliás foi durante muito tempo poupado, mesmo qdo as críticas ao presidente já eram duras. É preciso lembrar que os blogs, inclusive este, comprou e repassou a ideia do coordenador técnico como gestor eficiente, sobretudo no episódio que resultou na saída da Hortência da CBB.

O canal foi aberto pelo autoproclamado colegiado e por ele foi fechado, qdo se recusou ir ao Rio de Janeiro se reunir com os dirigentes da CBB, exigindo recebe-los em São Paulo. A pressão surtiu efeito e o técnico Zanon caiu. Técnico muitas vezes defendido pelo blog, mesmo qdo choviam críticas nas caixinhas de comentários. Críticas justas. Agora querer que um presidente eleito fosse ceder a pressão de interventores para escolher o técnico é muita inocência.

O autoproclamado colegiado que afirmou agir no interesse das atletas faz, como foi bem dito aqui, assédio moral com as atletas, impedindo que elas se apresentasse à seleção. Não me queixo do acovardamento das atletas neste episódio sério, pois em outros momento, muitas delas, sobretudo, experientes como Adrianinha e Érika foram passivas. Não há no basquete feminino, talvez no esporte, espírito corporativo suficiente para fazer valer uma posição de grupo.

As atletas não têm que ser representadas por colegiado patronal, têm que ser um movimento delas. Ainda que fosse combinado, deveria ser horizontal - atletas e patronal. Pergunto: Cadê a Associação de Atletas presidida pelo Guilherme Giovannoni? Nenhuma nota? Nada? Nem em relação à CBB? Nem em relação ao assédio moral feito pelo Colegiado? O único momento, de que me recordo, que esta associação agiu foi no episódio de atraso de salários.

Eu entendo e compartilho a expectativa do blogueiro com relação ao autoproclamado colegiado, eu também tive, mas deixei de ter. Agora querer falar em legitimidade é mais um equívoco de uma série de equívocos que tem assumido nos últimos tempos, como no episódio da saída da Hortência e passagem do feminino para a alçada do Vanderlei ou a insistência em fazer vistas grossas para as bizarrices do Zanon. Mais uma vez, entendo eu, Bert escolhe o lado errado.

Por fim, A ida de Érika, Clarissa e as atletas do Maranhão basquete, longe de ser lido como uma falta de entendimento da situação presente pode ser lido como uma perfeita compreensão, não estariam estas atletas relativizando e até questionando a legitimidade do autoproclamado colegiado? Parece que o descontentamento não é apenas delas. Outras pessoas envolvidas com a modalidade também questionam as intençoes e as açoes do grupo liderado por Molina e Roberto Dornellas.

Anônimo disse...

Para concluir o post anterior que ficou imenso.

Apesar da opinião do Bert e de outros aqui, temos motivos sim, para duvidar das boas intenções do Colegiado, ou, ao menos de suas lideranças, qto a preocupação com as atletas. Na minha opinião, essa preocupação é figura de retórica.

Se tivesse mesmo interesse, teriam deixado as atletas livres para escolher, sem pressão. Não é possível crer que não houve assédio moral quando o Molina vem a público dizer que quem não veste a camisa do clube, o clube se sente desobrigado a mante-la em seu quadro futuramente.

Não bastasse esse fato criminoso (Assedio Moral é crime previsto no Codigo Penal), podemos lembrar também do episódio envolvendo o Maranhão Basquete no início da Liga. Foi noticiado que o mesmo ainda tinha dívidas pendentes com as atletas referentes a edição passada, que eu sinceramente não sei se foram resolvidas. Causa-me estranheza que estando os sujeitos que compõem o autoproclamado colegiado de fato preocupado com as atletas nenhum tenha manifestado desconforto com a inscrição do Maranhão com pendenica salariais com suas ex-atletas.

Se estão de fato preocupado, pq não colocam no Estatuto da Liga, ou documento que o valha, que clubes que tenham pendências saláriais não podem se inscrever enquanto não resolverem a pendência.

Isso sem falar no sem número de atletas que "são aposentadas" e o público nem sabe. Simplesmente param de jogar e não tem nenhum tipo de assistência do clube em que estava.

Qtos times da atual edição tem categorias de base? E quer que eu creia que há preocupação de fato com o futuro da modalidade?

Se as atletas são desprotegidas, e de fato o são, não sejamos ingênuos de acreditar que a salvação está na ação dos clubes, para quem elas são importantes apenas durante a temporada. Depois, como são de aluguel, a grande maioria, é até logo e benção.

Que o episódio do jogo-teste sirva de aprendizado para as atletas.

Anônimo disse...

Seleção é decisão consciência moral individual , um jogador não querer se apresentar numa decisão individual pode, não quer jogar pode, agora um querer e o clube impedir, ou um querer e clube não querer e ele for mesmo assim e o clube ficar de 'piti',
não pode,
um dirigente, um comissionado técnico pode recusar, agora tentar obriga os outros assim fazerem não pode, esse foi o erro, pode o poder do convencimento esse pode, o da imposição não pode
por isso que pode vir punições pesadas do STJD

Anônimo disse...

Aparentemente o movimento é legítimo porque o primeiro discurso foi: queremos que as melhores atletas sejam convocadas para a seleção, queremos uma preparação melhor, um técnico que trabalhe com o feminino, queremos uma diretora que cuide do feminino, queremos preservar as atletas falando por elas e queremos assumir o comando da seleção. Apesar da falta de diálogo, houve um movimento da CBB para ouvir as reivindicações e os clubes se negaram a ir até a CBB, preferiram tratar o assunto via imprensa e facebook. Mesmo assim a maioria das reivindicações foram atendidas, gostando ou não dos nomes, Barbosa e Adriana estão dentro do perfil exigido pelos clubes. Se eles fossem funcionários de Americana eles seriam os nomes perfeitos, como o Zanon quando trabalhava em Americana era o melhor técnico do feminino, segundo o Molina. Ou seja, a solução só é boa se vier deles, se vier da CBB não atende seus interesses. Seria ingenuidade achar que após tantas críticas pesadas e acusações, a CBB entregasse o comando da seleção aos clubes. Essa proposta é descabida, o que deveria ter sido sugerido é que os clubes fossem consultados sobre o planejamento olímpico e não que eles assumissem o comando da seleção. Isso era óbvio que não ia acontecer. O que causa estranheza sobre as intenções dos clubes é que eles diziam que a CBB estava chantageando as atletas e ficou claro que o que aconteceu foi justamente o contrário, os clubes é que ameaçaram as atletas para que elas aderissem ao boicote. No fim quem mais perde são as atletas, algumas poderão perder a única chance que tinham de se garantir no grupo olímpico. Gil, Joice, Jaqueline, Tássia e Tatiane por exemplo. Outra coisa que observei é que no discurso dos clubes o que é sempre ressaltado é o risco que alguma atleta se contundir e desfalcá-los na LBF ou uma cobrança pelo fato deles pagarem salários as atletas que vão para seleção. Tudo isso deixa bem claro que os clubes estão apenas defendendo os seus interesse e o discurso de "queremos uma seleção forte, queremos uma boa preparação e estamos preservando as atletas" se desmente pelas atitudes dos clubes, porque eles chantagearam as atletas, impediram que as melhores atletas se apresentassem, forçando a CBB a formar uma seleção ainda mais fraca do que antes e atrapalharam a preparação olímpica. Não é um movimento das atletas, isso está claro. É uma briga por poder da parte dos dirigentes dos clubes, equivocada e individualizada. Eles estão apenas usando as atletas para atingir seus objetivos e interesses pessoais, o que até pode ser justificável, mas não é uma ação coerente, coletiva e muito menos positiva para as atletas ou para o basquete feminino, por isso eu entendo a posição das atletas que se apresentaram e acredito que se dependesse da vontade delas, todas que foram convocadas inicialmente estariam treinando agora.

Anônimo disse...

Outro dia Iziane era punida pela cbb e por Zanom e ficou 4 anos fora da seleção brasileira, e agora e virou garota propaganda da mesma cupula da cbb que acabou com 4 anos da carreira dela. vai entender

Anônimo disse...

Quem quer tirar dinheiro do bolso para manter um clube de basquete feminino?
Nenhum destes falastrões que tanto criticam os dirigentes dos clubes!
Porque a ESPN não transmitiu nenhum jogo do Paulista de basquete feminino??
E então porque seus comentaristas se acham no direito de chamar de "cartolas" aqueles que ainda lutam para formar equipes e disputar campeonatos neste país?
Os dirigentes tem o direito de fechar as portas dos clubes, ou não foi isso que aconteceu com Ourinhos, Rio Claro, São José, Catanduva, entre muitos outros!!!
A Paula da entrevista a ESPN sem ter conhecimento algum do que está rolando.
Os entrevistadores sem noção nenhuma, alias não sabem nem citar o nome de 5 jogadoras da atualidade.
A CBB retrocede colocando o Barbosa na função de técnico da seleção. Não tem convite nem para clube amador e é chamado pela CBB!!!!!!!!!!!!!!!
Clarissa, decepcionante. O bala explanou muito bem sobre ela em seu artigo. Espero não ve-la mais vestindo o uniforme de Americana.
Estou lançando um propósito aos clubes:
Clubes em ano sabático para a temporada 2016/2017!!!
Ai sim eu quero ver o que a CBB vai fazer da vida.

Anônimo disse...

engraçado disso tudo, como disseram, vários comentaristas, sobre esses episódios da seleção é os culpados são sempre dos dirigente.para quem não sabe é só perguntar a LAIS HELENA, do santo André como é conseguir colococar sua equipe para jogar sem nenhum
.. apoio para disputar a LNBF, CADE A CBBF, então elas tem toda razão, sim ,de não apoiarem enquanto a cbbf, NÃO ABRIR ESSA CAIXA PRETA













Anônimo disse...

NO MASCULINO VÁRIOS DE SUAS ESTRELAS NO PASSADO NÃO QUISERAM PARTICIPAR DA SELEÇÃO E PEDIRAM DISPENSA, qual foi o COMENTÁRIO, nenhum, agora vocês querem crucifixar a seleção feminina.PARABÉNS PAULA PELA SUA ATITUDE, em defesa o basquete feminino.








Anônimo disse...

Paulino acho que posso responder a sua pergunta.A Clarissa só tem um time para jogar aqui no Brasil é o Sampaio (furào)como ela.

Anônimo disse...

só sei de uma COISA, FALAR É A COISA MAIS FACIL QUE TEM. QUERO VER QUEM TEM CORAGEM HOJE DE COLOCAR UMA EQUIPE PARA COMPETIR EM QUALQUER NIVEL, SEM NENHUM APOIO FINANCEIRO, AI VOCE PROMOVER ESSA TIPO DE ATLETA A CLARISSE, QUE O CLUBE TANTO INVESTIU, AI VEM A CBBF CONVOCA, E COMO FICA O CLUBE.PARA O BOM ENTENDEDOR MEIA PALAVRA BASTA. UMA COISA É CERTA COM VAI FICAR A CLARISSA DEPOIS DA COMPETIÇAO





Anônimo disse...

O BARBOSA, SEMPRE FOI E SERÁ UM ESTUDIOSO DO BASQUETE, MAIS O QUE QUEREMOS SABER O QUE FOI QUE ELE APRENDEU NESSES ANOS TODOS, QUE NÃO CONSEGUIU INTRODUZIR NO BASQUETE FEMININO, É SÓ ESPERAR MAIS UMA VEZ, QUE NOVIDADES,. NÃO TEREMOS

Anônimo disse...

A Clarissa ja jogou por Americana e não pode atuar por outro time na LBF esse ano. Se ela sair de Americana so podera jogar no exterior ate as Olimpiadas ou ficar treinando sozinha, ou talvez a Adriana Santos possa dar treino pra ela ou o seu agente.

Anônimo disse...

paulino decepção total, assim como com a própria erika e Clarissa.....

rodrigo disse...

Gente quem colocou o zanon na seleção foi qual equipe ?????????e porque agora essa equipe fez toda essa confusão? ?????? Vendo por fora em véspera de olimpíadas não é pra fazer barulho e pra trabalhar

Sta. Ignorância disse...

Tá difícil digerir toda esta celeuma. Desde o retorno do Barbosa, essa história foi tomando um rumo que beira o absurdo.

Bert, como já te disse, achei seu texto preciso e certeiro.

No entanto, sou contra o "linchamento público" que tem sido feito contra as jogadoras que se apresentaram, principalmente contra Clarissa.

Clarissa sempre foi uma jogadora comprometida e disciplinada. Diferentemente de muitas jogadoras que vão para seleção apenas pra passear e fazer compras.

Também sou contra a coação (se houve mesmo) dos clubes para que as jogadoras pedissem dispensa. Existem outros meios de se atingir a CBB.

Lembro de ter lido uma entrevista da Laís Elena dizendo que o Ministério Público deveria investigar a CBB. Mas o que foi feito pelos clubes a respeito? O Ministério Público precisa ser provocado para começar a investigação. Por que os clubes não formalizam uma denúncia? É só se utilizar das matérias sobre má utilização de dinheiro público (Eletrobrás) que pipocaram na imprensa. É uma alternativa de pressão.

Esse tipo de atitude extremista só prejudica as jogadoras. As que foram e as que não foram. Será que Clarissa conseguirá jogar com a incerteza se voltará ao Corinthians? E as que não foram, como será que vão reagir em quadra?

Mais uma vez o basquete feminino consegue espaço na mídia por conta das confusões... Se já tá difícil patrocínio, imagina depois de tudo isso.

OBS: De todo modo, concordo e apoio o colegiado em algumas reivindicações, principalmente com o descaso da CBB com o planejamento (?) do feminino.

Anônimo disse...

A Erika foi a que mais decepcionou, pois ela é a mais conhecida dessas atletas e outra, a sua saída do time da Turkia alegando atrasos nos salarios foi muito estranha. Isso tá com cara de dispensa por baixo rendimento e nao atraso salarial.