segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Tensão e atuação desastrosa de trio da Confederação impedem diálogo com clubes e atletas

Há duas semanas percebi que algumas faíscas rondavam a relação entre clubes e a Confederação Brasileira de Basquete. Desde que escrevi o primeiro texto sobre o assunto, a combustão é intensa e diária. Um movimento se organizou e sua legitimidade é inquestionável.

Depois de anos de descaso e destrato evidentes, a revolta transbordou em técnicos, dirigentes e atletas da modalidade.

A tensão das labaredas não permitiu até o momento que as duas partes travem algum diálogo.

Mas na linha de frente da CBB um trio tem conseguido piorar progressivamente as relações e inibir as chances de entendimento. Esses nobres senhores serão aqui premiados com medalhas pela sua competência na execução dessas tarefas.



Medalha de Ouro: Sr. Carlos Nunes

Responsável por um gestão desastrada, o presidente da Confederação conseguiu a proeza de estar no comando quando a entidade alcançou simultaneamente as falências financeira e moral.

Sempre ausente, omisso e alheio aos problemas que o basquete feminino apresenta, incapaz de um gesto de grandeza ou de qualquer ação, Nunes é ouro!

Medalha de Prata: Sr. Vanderlei Mazzuchini

Na posição de diretor da CBB, Vanderlei não traz em seu currículo nenhuma experiência com o basquete feminino.

Nesse anos na função, desconheço qualquer tentativa de aproximação do diretor com a modalidade e seus clubes. 

Igualmente ausente, elaborou péssimos planejamentos para a seleção feminina adulta nos últimos dois anos.

Não bastasse isso, parece ter sido o escalado para as palavras mais duras no confronto. Da boca dele vieram acusações de "falta de caráter" e ameaças de ir "até o fim para que as jogadoras se apresentem".


Prata, com louvor.

Medalha de bronze: Sr. Luiz Zanon

O técnico Zanon chega ao ano olímpico extremamente desgastado.

Se é verdade que sofreu reflexos em seu trabalho em função das falhas dois primeiros colocados, não se pode negar que foi vítima principalmente de suas próprias bravatas.

Ao longo desses anos na seleção, Zanon falou muito. Na maior parte das vezes sem dizer nada; e acabou acumulando desmentidos e contradições que esvaziaram a confiança em seu trabalho.

Fora o péssimo basquete apresentado, fica difícil defender Zanon quando são recordadas suas promessas de dedicação integral à seleção, razão oficial para a saída de Americana. Ou os treinos combinados com o trabalho na equipe masculina de São José.

Zanon também já prometeu ao início de sua função procurar e conversar com os técnicos do basquete feminino. É irônico que esses mesmos nunca procurados pelo treinador estejam pedindo sua cabeça agora.

Como encontrar a coerência na filosofia de trabalho do treinador? Até ontem defensor de intensa renovação, Zanon acena para o conservadorismo na atual convocação (média de idade de 27,5 anos). Pois não foi ele mesmo que respondeu à medíocre campanha no Pan convocando uma atleta de 16 anos para a Copa América?

Qual o critério, por exemplo, para ter cortado Tássia da mesma competição e a reconvocado agora?

A opção por Joice Rodrigues é genuína? Ou outra bravata?

Em 10 de novembro, quando comentava a então futura convocação para o evento-teste, a declaração foi a seguinte: "Vou observar e acompanhar pessoalmente os jogos da Liga Feminina para ver como vão se sentir em quadra e estão fisicamente as possíveis selecionáveis."

Acabou não acontecendo, né?

Já em 04 de dezembro, a declaração do treinador foi um pouco diferente: "Essa convocação já estava pronta."

Mas como?

Pá daqui, pá de lá, bronze para ele e tudo pelo "bem do basquete feminino."

17 comentários:

Anônimo disse...

Coloca aí a medalha de latão para os assistentes do Zanon.

Anônimo disse...

O diretor técnico Vanderlei é um cínico, dizendo que a seleção feminina tem o mesmo tratamento da seleção masculina. Relembrando a seleção feminina foi vice campeã sub-21 em 2.003 e a geração da Damiris foi bronze no Mundial sub-19 (Damiris MVP). E esse trio não faz nada pra ajudar o feminino. Chega de mentiras, o basquete feminino precisa de ajuda. Parabéns a todos os clubes, técnicos, jogadoras, Bert e fãs do basquete que lutam pelo basquete feminino!

Anônimo disse...

Gostaria muito q esse boicote acontecesse

CBB está tendo uma gestão desastrosa. Investindo MUITO no masculino e o mesmo não conseguindo nenhum resultado. E esquecendo do feminino.

Nesses ultimos 4 anos os resultados do Brasil não condizem com as jogadoras q tem. Se os problemas extra quadra fossem resolvidos, teríamos resultados bem mais expressivos.

Espero tudo isso surta efeito e q o Brasil tenha uma preparação digna para o RIo 2016 e claro convoque o q temos d melhor.

Anônimo disse...

Os 3 Patetas!! Kkkkkk so rindo mesmo com tanta incompetencia!

Lais Elena disse...

O basquete fem. Do Brasil,agradece o seu texto.Muito bem elaborado,verdadeiro e ainda assim complacente para com o trio.
Bert estamos sofrendo diariamente ameaças às nossas jogadoras,vindas do Vanderlei,Zanon e agora do Bruno.
O Brasil inteiro sabe que o nosso movimente é legítimo,que estamos cansados do desrespeito.
Como você mesmo citou,nossos técnicos,que ralam e ralam muito, para que na atual conjuntura o basquete fem sobreviva não tem
caráter.Essa declaração,partindo do diretor da CBB,é perigosa e deixa bem claro,com quem estamos tratando.
Fica aqui mais uma vez o meu agradecimento a Voce .
Nossa luta continua.
Abs
Lais Elena

Anônimo disse...

pódio perfeito.......

Anônimo disse...

Cinismo de um trio que não percebeu o tempo passar e continuam se achando.Zanon e Vanderlei deviam tentar uma vaguinha na globo e não trabalhar com basquete feminino.
Uma pergunta que nao quer calar: Zanon por que a Baby de Americana não foi mais convocada pra seleção brasileira? Ótima jogadora e tem feito ótimos jogos.

Unknown disse...

Deveria ser criado a Lei Maria da Penha, para toda esta agressão que sofre o Basquete feminino!!!

Anônimo disse...

Deveria ser criado a Lei Maria da Penha, isto é uma agressão ao Basquete Feminino!!! Uma vergonha!!!

Carolina disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Fico pensando como será a liderança do Zanon diante as jogadoras, como ele vai comandar uma seleção com todo essa falta de apoio e prestígio para ele, que só tem da CBB. Que voz ativa ele vai ter? Com que moralidade?

Foi diante seu comando que o Brasil depois de 60 anos perdeu para a Argentina, isso é inadmissível, foram duas partidas.

Anônimo disse...


OBSERVADOR


Os tres patetas!!!rsrsr!!Vanderlei um dissimulado,sorriso de bom moço,fala mansa,chegado na patotinha dele,os amigos do basquete,estão sendo sempre na linha de frente na CBB!O Presidente,falar o que?Inexiste,viaja,come,bebe bons vinhos,distribui sorrisos e algumas sobras da farta mesa de seus principais convidados,para alguns presidentes de federação que ainda se satisfazem com estas migalhas! O Zanon um técnico que tinha tudo para apresentar um bom trabalho acabou tropeçando em suas proprias pernas,e hoje não tem condições mais de dirigir uma seleção!Dizer que as duas seleções tem as mesmas condições já foi desmascarada pela Kelly em sua corajosa entrevista,dai para frente não haveria mais necessidade de maiores conversas a mentira a desfaçates, foi escancarada!

Anônimo disse...

Saudades da dupla Barbosa e do ex presidente da CBB. o Grego, que tambem afundou o basquete feminino nos anos 90 a meado de 2004

Bert disse...

Carolina, fiz uma pesquisa no google e na wilkipedia com o seu nome, não achei nada de relevante e aí resolvi não publicar seu comentário.

Anônimo disse...

Fora bando de patetas. Esse país está iniciando uma limpeza geral. Na política, na CBF e agora chegou a hora da CBB! Suma lixo!

Anônimo disse...


Bert, põe aí aquela foto do Zanon dando uma banana para os anônimos pq eu quero rir.

Os blogueiros estão tendo que engolir a arrogância que lhes é peculiar. Qdo da saída da Hortência, todos os blogueiros, sem exceção, comemoravam a entrega da gestão para o Vanderlei que era um exemplo de eficiência contra a porraloquice da Rainha.

Está aí... Não tirem o corpo fora, façam o mea culpa.

marcio disse...

Parabéns aos dirigentes dos clubes, aos técnicos e as atletas. Continuem firme neste propósito, pois esta ao meu ver é a única alternativa para o momento.
Um já caiu, restam dois. Para quem começou perdendo de 0x3, agora está em 1x2,é só insistir que vira o jogo para 2x1 e depois aplica goleada: 3x0.
Continuem firmes!!!
Neste momento deixamos de ser torcedores de um clube ou de outro, somos todos basquete feminino nacional. Para mim pouco importa se o novo técnico vai ser o do Corinthians/Americana, do América ou do Maranhão, etc... o que vale é a união de todos os clubes para alavancar nosso basquete feminino.
Que alegria seria ver estes seis treinadores (batalhadores) com camisa da comissão técnica. É o momento de trabalhar juntos, seja comandando a equipe em quadra, auxiliando o treinador principal, servindo água, abanando as atletas nos tempos técnicos, motivando, orientando, incentivando, organizando, etc........................
Não é utopia, é sonho que está próximo de se tornar realidade.