quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Selecionáveis compram briga dos clubes com Confederação (ABCD Maior)

A união dos clubes que disputam a Liga de Basquete Feminino mais uma vez prepara um belo “toco” contra a CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Nesta quinta-feira (03/12), a entidade que cuida da modalidade marcou reunião no período da tarde com as agremiações para debater as reivindicações de melhorias. Porém, como as equipes já ficaram sabendo de antemão que os pedidos não serão atendidos, ignoraram o convite e chamaram coletiva de imprensa ainda pela manhã, se antecipando.
“Um dos nossos principais pedidos é a mudança do técnico da seleção feminina (Luiz Carlos Zanon). Sabemos que a permanência dele não vai ajudar e exigimos isso, além de termos um diretor próprio para o basquete feminino dentro da CBB. No entanto, o Vanderlei (Mazzuchini, diretor técnico da CBB) já disse que não abre mão do Zanon, que é amigo pessoal dele. Eles vão querer falar que os times não quiseram comparecer na reunião, mas a verdade é que nós vamos nos antecipar e brigar até o fim”, assegurou a superintendente do basquete de Santo André, Lais Elena. A reunião que Lais participará contará com as atletas e dirigentes das seis equipes da Liga de Basquete Feminino, que não aceitam o investimento maior destinado aos homens pela Confederação.


Uma das formas encontradas para bater de frente com a entidade é não ceder jogadoras para a Seleção Brasileira. O fato, que poderia frustrar as donas do espetáculo, parece não incomodar tanto as selecionáveis. “A verdade é que quem paga o salário no final do mês são os clubes, para eles que devemos respostas. Acredito que mudanças precisam acontecer antes que o basquete feminino acabe no Brasil. Se for necessário ficar fora da seleção para buscar melhorias, entenderei normalmente”, disse Jaqueline, ala do Santo André e titular do Brasil.
Outra andreense convocada recentemente foi a armadora Tassia, que tem pensamento alinhado ao da companheira. “O descaso com o basquete feminino é grande. O masculino gasta muito dinheiro em suas preparações, tem tudo, e no feminino é o contrário. Só pegar o caso da seleção sub-17, que treinou cinco dias apenas para jogar o sul-americano”, citou Tassia, lembrando que a seleção da base conta com a pivô do Santo André, Raphaella, que só não foi aconselhada a não se apresentar porque necessita do bolsa-atleta recebido para ajudar a família, benefício que pode ser perdido se a jovem não defender a camisa verde e amarela.
A nota que anuncia a coletiva dos clubes diz: “Entendemos que este é o momento esperado e único para repararmos o descaso e desrespeito da Confederação Brasileira de Basquete com o naipe feminino. Para isto, estaremos juntos nesta coletiva abraçando o basquete feminino, seja dentro ou fora das quadras. Por fim, comunicamos que qualquer outro evento programado pela Confederação referente ao basquete feminino não representa os interesses e desejos de todos os times e atletas que se identificam com a necessidade urgente de mudança.” A CBB foi procurada, mas não deu retorno à reportagem.

Jogadora sub-17 de São Bernardo apoia movimento

Santo André não liberará jogadoras para a próxima convocação da seleção adulta e São Bernardo já deu um belo sinal que está ao lado do movimento, já se posicionando na prática. Recentemente, o time comandado pelo técnico Márcio Bellicieri proibiu três jovens de defender a equipe nacional sub-17 no Campeonato Sul-Americano no Paraguai.
Dos três nomes, o de maior destaque é a armadora Lays, que já foi cobiçada por outras equipes. Apesar da juventude, ela fala como adulta e diz que apoia São Bernardo nessa história.
“Tudo isso que está acontecendo vejo como uma valorização e preocupação do clube com nós e o basquete feminino, pois começando isso com a gente e pensando lá na frente, outras meninas não passarão pelos problemas atuais”, opinou a jogadora, sem esconder a preocupação com os rumos atuais. “Do mesmo jeito que o masculino tem uma importância grande para a Confederação, o feminino também deveria ter. Também temos sonhos. Muitos querem ter uma vida totalmente voltada para o basquete e se continuar do jeito que está o feminino irá acabar e muitos sonhos serão destruídos”.
Guilherme Menezes
Fonte: ABCD Maior

7 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com o que esse movimento da categoria adulta, porque os seis clubes que possuem todas as jogadoras selecionáveis (exceto a Erika) estão unidos. Se nenhum ceder atletas, quem a CBB vai convocar para representar a seleção brasileira adulta?

Já a atitude de São Bernardo, não concordo.

Acho que em primeiro lugar, as atletas da base não deveriam ser expostas dessa maneira.

Em segundo lugar, só São Bernardo não cedeu suas atletas para seleção sub-17, então as únicas prejudicadas são as próprias atletas.

Não se deve levar as coisas para o lado pessoal e muito menos privar meninas que estão só começando na carreira, da experiência de disputar uma competição internacional e firmar seu espaço no grupo de selecionáveis.

Anônimo disse...

Fora Zanon! O feminino precisa de pessoas que se importem verdadeiramente com elas. #CBBTERRORISTA

Anônimo disse...

QUE DEUS E OS ASTRO PROTEGAM AS PESSOAS DE BEM QUE TANTO FAZ E FIZERAM A FAVOR DO BASQUETE FEMININO!!!!!! AVANTE LAIS HELENA , MARIA HELANA CARDOSO, VENDRAMINI , BARBOSA, MIGUEL ANGELO DA LUZ , JANETH, PAULA, HORTENCIA , MARTA, RUTHI EXIGIMOS RESPEITO PARA TODOS ESSES NOMES VENCEDORES !!!!!!!!!!!!! FORA ZANON E E TODA DIREÇÃO DA CBB QUE SÓ DAR ATENÇAO AO DEROTADO BASQUETE MASCULINO QUE NUNCA GANHOU NADA. SOU FA DO BASQUETE FEMININO
EVERALDO MARINHO SANTOS RG: 32.889.901-X

Swoopes disse...

Parabéns a todos os envolvidos nesta iniciativa para tentar salvar o basquete feminino! É triste ver que uma profissional como Laís Helena, após tantos anos de dedicação à modalidade, com tanta experiência e conhecimentos acumulados, seja ignorada pela entidade máxima do basquete no Brasil. Por que será que a CBB faz isso? Lixo de confederação que se preocupa apenas com negociatas, política, vaidades e vantagens pessoais... Enquanto isso, muitas meninas não conseguem nem um par de tênis para treinar... Mas em reuniões nababescas os senhores cartolas comem lagosta e bebem os melhores vinhos... viajam o mundo inteiro com o dinheiro que deveria ser destinado para o basquete!! Tudo isso é muito revoltante!!! Cadeia para esse povo é pouco....

Anônimo disse...

Isso é uma vergonha. Transformaram o basquete feminino em política, em um jogo pelo poder. Lamentável e nojento. As jogadoras que deveriam ficar a margem de toda essa sujeira viraram joguetes de guerrinha pelo poder. Acham que esses dirigentes vão resolver o problema do basquete feminino? Não vai rolar. Eles querem só o poder. Querem mandar, e sobretudo, querem lucrar. São crianças mimadas brigando pelo brinquedinho mais brilhante. Horrivel e lamentável. O basquete feminino morreu.

Anônimo disse...

gente a que ponto chegamos...to chocado.....parabéns ao movimento e as jogadoras.....

Anônimo disse...

Zanon, pede pra sair. Já está feio... Olha as críticas de quem vive do basquete feminino e tenha o mínimo de bom senso, se é que você sabe o que é isso...