terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Clubes enviam nova nota oficial à Confederação Brasileira de Basquete

NOTA OFICIAL – 08/12/2015
# RESPEITO AO BASQUETE FEMININO #
Nós, atletas e clubes da Liga de Basquete Feminino, informamos que, na última sexta-feira (04), reportamos à FIBA, através do Secretário-Geral Alberto Garcia, todo o histórico de como está sendo tratada atualmente nossa Seleção Brasileira de Basquete Feminino. Também apresentamos nossa pro
posta, que tem como objetivo tornar representativo o departamento técnico da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), naipe feminino, através da inclusão dos seis técnicos que atualmente dirigem as equipes que disputam a Liga de Basquete Feminino, fortalecendo a estrutura técnica de preparação das atletas para as Olimpíadas 2016.
Vale ressaltar que desde a última convocação da CBB para o feminino, realizada no dia 04/12/2015, não representa o verdadeiro basquete feminino nacional. Membros da comissão técnica da CBB, como o diretor de seleções Sr. Vanderlei Mazuchini, o atual treinador da Seleção Feminina, Sr. Zanon, e o administrador de seleções, Sr. Bruno, têm comprovado o desrespeito com atletas, técnicos, dirigentes, clubes e, acima de tudo, com os seres humanos que estão em plena atividade na disputa da 6o edição da Liga Feminina de Basquete.
Com a justificativa de conversar com as atletas sobre convocação, eles passam informações errôneas de punições caso as jogadoras não se apresentem ao evento-teste de janeiro de 2016. De forma clara e desesperada, procuram desestabilizar este grupo através de informações que não procedem. A insistência é tanta que procuram pelas convocadas mais de uma vez ao dia, para pressioná-las. O mais interessante é que a maioria das atletas, técnicos e dirigentes nunca recebeu tantas ligações da Confederação Brasileira como nas últimas semanas.
Primeiramente é importante salientar que o evento-teste para as Olimpíadas não é data oficial da FIBA, o que não obriga que as jogadoras participem da mesma. Logo, não há qualquer punição para as atletas e clubes, bastando apenas que elas (jogadoras) solicitem dispensa. Também é importante informar que o desejo dos clubes é que este impasse se resolva de forma rápida e que o evento-teste seja realizado com os verdadeiros representantes do basquete feminino.
Para isso, no entanto, a Confederação Brasileira não se propõe a nada, em termos de diálogo, demonstrando a falta de respeito por clubes e atletas que fazem o basquete feminino, assim como apresentam preocupação com o ego em detrimento da própria seleção, mesmo tendo o conhecimento de que não existe clima para qualquer tipo de preparação com as atletas nesta situação.
Associado a este momento, de forma extra-judicial, os clubes enviaram na data de hoje (08/12/2015) à Confederação Brasileira de Basketball, através do presidente Sr. Carlos Nunes, e para conhecimento da FIBA, a “Carta de Repúdio e Pedido de Retratação Pública”. Ela exige que o Sr. Vanderlei se retrate, através da imprensa, por ofendido técnicos deste grupo chamando-os de “sem caráter”, demonstrando, claramente, desrespeito e desconhecimento quando julga profissionais como o Carlos Lima, do Maranhão Basquete,
Lisdeivis Victores, do Sampaio Corrêa, Flávio Prado, de Presidente Venceslau, Arilza Coraça, de Santo André, Roberto Dornelas, que reacendeu o basquete feminino do Nordeste, levando a título da Liga Feminina de Basquete, e, principalmente, o Sr. Antônio Carlos Vendramini, o Vendramini, e a Sra. Lais Elena, a Laís, que, com mais de 40 anos de experiência da modalidade, merecem mais do que o respeito. Merecem que a Confederação Brasileira agradeça todos os dias por tudo que fizeram, fazem e farão pela modalidade. Cabe salientar que o Sr. Vanderlei, por nunca ter atuado com a modalidade feminina, assim como não ter nenhum conhecimento do basquete feminino, seja nos clubes ou seleção, nem de longe possui condição de questioná-los, de forma técnica, muito menos em termos de caráter.
Por fim, gostaríamos de comunicar que estaremos aguardando até a ultima partida desta ano da 6o edição da Liga Feminina de Basquete – 22/12/2015 – que a Confederação se manifeste de forma positiva para que todo basquete feminino possa fazer uma participação honrosa nas Olimpíadas.
Caso isso não ocorra os clubes não permitirão, através de uma dispensa coletiva, que atletas sejam humilhadas dentro e fora das quadras por profissionais que não representam o basquete feminino como são os casos do Sr. Vanderlei e do Sr. Zanon, tornando o evento-teste do basquete feminino vazio. Cabe a CBB, por meio de seu Presidente, Sr. Carlos Nunes, decidir o que realmente deve prevalecer para a nossa seleção brasileira feminina de basquete: a teoria ou a prática?
Assinam:
– América de Recife
– Corinthians/Americana – Maranhão Basquete
– Presidente Venceslau; – Sampaio Correa
– Santo André.

6 comentários:

Anônimo disse...

Glória! Até que enfim! Os clubes não podem ceder, tem que continuar o movimento! Parabéns pela iniciativa...

Anônimo disse...

No meio desse furação, acho estranho a Erika dar entrevista à CBB...

Anônimo disse...

vdd......erica calada demais.....deveria expor sua opinião neste momento...........espero que os clubes não voltem atrás........

Anônimo disse...

Ridículo!!!

Os clubes continuam dando voz as aspirações pessoais do Sr. Ricardo Molina. Me admira o Corinthians não dizer nada vendo a marca do clube envolvida nessa vergonha!!

Anônimo disse...

Os clubes se uniram e tem toda a razão nesse movimento contra o tratamento recebido pelo basquete feminino da CBB. O anônimo (11/12/15 - 00:23) deve estar feliz com a forma que a CBB trata o basquete feminino. Como pode achar que está tudo bem?

marcio disse...

Parabéns aos dirigentes dos clubes, aos técnicos e as atletas. Continuem firme neste propósito, pois esta ao meu ver é a única alternativa para o momento.
Um já caiu, restam dois. Para quem começou perdendo de 0x3, agora está em 1x2,é só insistir que vira o jogo para 2x1 e depois aplica goleada: 3x0.
Continuem firmes!!!
Neste momento deixamos de ser torcedores de um clube ou de outro, somos todos basquete feminino nacional. Para mim pouco importa se o novo técnico vai ser o do Corinthians/Americana, do América ou do Maranhão, etc... o que vale é a união de todos os clubes para alavancar nosso basquete feminino.
Que alegria seria ver estes seis treinadores (batalhadores) com camisa da comissão técnica. É o momento de trabalhar juntos, seja comandando a equipe em quadra, auxiliando o treinador principal, servindo água, abanando as atletas nos tempos técnicos, motivando, orientando, incentivando, organizando, etc........................
Não é utopia, é sonho que está próximo de se tornar realidade.