quinta-feira, 26 de novembro de 2015

São Bernardo e Santo André vetam jogadoras na seleção de basquete e promete briga até o fim

São Bernardo deu a assistência, Santo André arremessou e os demais times de basquete feminino do país ajudaram a fazer a cesta. Em uma ação inédita, os clubes da modalidade que trabalham com mulheres se uniram para reivindicar melhorias urgentes na Confederação Brasileira de Basquete e não vão ceder atletas para a seleção nacional, isso enquanto mudanças não acontecerem.
São Bernardo, que não disputa a Liga Nacional mas está em atividade nas competições estaduais, foi quem lançou a ideia. Santo André recebeu bem e aos poucos outras equipes com mais investimento aderiram ao movimento.
"Estávamos na disputa da Série A-1 do Campeonato Paulista em Americana e comecei a conversar com o pessoal de Santo André falando sobre a necessidade de mudanças, sobre o descaso com o basquete feminino. Chegamos também a falar com Americana e aos poucos a ideia tomou corpo. Não é justo com este pessoal que faz um esforço danado para continuar com o basquete", desabafou o técnico do São Bernardo, Marcio Bellicieri, que não conta com selecionáveis na categoria adulta, mas vetou a ida de três atletas para a disputa do Campeonato Sul-Americano sub-17, no Paraguai: Lays, Nega e Ana Júlia. A reclamação de Bellicieri foi a escolha de um treinador do masculino - Zanon e Bruno Guidorizzi (na base) -, que não vivem o dia a dia das meninas.
Com armas maiores, Santo André promete não liberar suas possíveis convocadas para a seleção adulta, tais como Jaqueline, Tassia e Sassá. "As meninas entenderam bem a situação e apoiam a causa, já que haverá respaldo dos clubes. Eu falo há dez anos que precisávamos nos unir, pensarmos em conjunto nas mudanças, e enfim essa bomba estourou. Merecemos muito mais respeito e vamos brigar até o fim", definiu a superintendente, Laís Elena.
Fonte: ABCD Maior

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns à todos que estão fazendo alguma coisa para o basquete feminino mudar, porque do jeito que a coisa anda, não teremos esta modalidade daqui a alguns anos.
Não existem investimentos de empresas onde o relaxo impera!
Parabéns pela coragem de enfrentar estas pessoas sem a mínima condição de gerenciar o BF.