sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Clubes da LBF solicitam que reunião com a CBB seja transferida para São Paulo.



Enquanto a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) busca dar explicações sobre as despesas pessoais do presidente Carlos Nunes e de sua esposa, com recursos de uma ex-patrocinadora, a modalidade feminina se vê afundada em uma crise a oito meses dos Jogos Olímpicos do Rio. 

E está difícil sentar para conversar...

Na avaliação dos seis clubes que disputam a Liga de Basquete Feminino (LBF), há falta de diálogo por parte da entidade no que diz respeito à gestão da Seleção Brasileira.

Eles já até ameaçaram, em nota publicada na última quinta-feira, não liberar atletas para a equipe nacional, que disputa o evento-teste da Rio-2016 entre os dias 15 e 27 de janeiro do ano que vem, caso a CBB não aceite passar atribuições como convocações, planejamento e calendário para as mãos de um colegiado formado pelas equipes.

O LANCE! apurou que a confederação não pretende acatar o pedido e já tomou providências para acalmar os ânimos dos "rebeldes". Uma reunião foi agendada para o dia 3 de dezembro, às 13h (de Brasília), em uma universidade no Rio de Janeiro, para apresentar o planejamento do time comandado por Luiz Augusto Zanon e promover o diálogo. Mas o local é motivo de polêmica, já que nenhum time da LBF é da cidade.

Três equipes são de São Paulo (Corinthians/Americana, Presidente Venceslau e Santo André) e os demais estão no Nordeste: América de Recife (PE), Sampaio Basquete (MA), Maranhão Basquete (MA). A justificativa da CBB é de que o encontro foi agendado na capital fluminense por se tratar do local onde fica a sede da entidade.

– Enviei um e-mail ao Sr. Carlos Nunes pedindo para mudar, mas não tive resposta. Se a CBB atender ao nosso pedido de alterar o local para São Paulo, nós participaremos sem nenhum problema. E esperamos que o próprio presidente nos receba. Não queremos "oba-oba", mas botar a mão na massa e trabalhar – disse ao L! Ricardo Molina, diretor do Corinthians/Americana, que lidera as reivindicações.

– Hoje, vamos ao mercado buscar parcerias e os empresários não querem nem ouvir falar em basquete feminino. Eu tenho certeza de que nós somos um dos poucos países onde a jogadora sai do clube e vai para uma Seleção sem estrutura, organização, onde falta acompanhamento. Não existe interesse da CBB de que a equipe feminina cresça – afirmou.

Os mais recentes resultados da Seleção feminina foram as quartas colocações na Copa América de Edmonton (CAN) e no Pan de Toronto (CAN). No Mundial de 2014, em Ancara (TUR), a equipe caiu nas oitavas de final ao perder para a França.

– Nós achamos que o basquete feminino só terá organização se tiver pessoas do feminino na liderança. É muito difícil haver um só gestor para os dois naipes – argumentou o presidente do Maranhão Basquete Herberth Batista, o Betinho.

Hortência não acredita em rompimento

Quem acompanha o imbróglio nos bastidores é a ex-jogadora da Seleção Brasileira Hortência, prata nos Jogos de Atlanta (EUA), em 1996. Ela defende as reivindicações dos clubes por melhorias na modalidade, mas não acredita que a saída seja uma gestão feita somente pelos clubes.

– Acho que não cabe falar quem tem mais competência. A união torna a coisa mais forte. Os clubes querem ser ouvidos, consultados, trocar ideias. Acho super positivo. Não acredito que a CBB vá se opor a isso – disse.

Atualmente, Hortência integra o time de comentaristas da TV Globo. Para se manter por dentro dos assuntos referentes ao basquete feminino, ela está presente até mesmo em listas de e-mails dos times.

– É algo que deveria ter sido feito lá atrás. É um pouco tarde. Tem de pensar não apenas visando à Olimpíada, mas os próximos passos – disse a ex-atleta.

Fonte: Lance!

6 comentários:

Anônimo disse...

"Depois de 50 vitórias em 55 jogos e de 11 títulos conquistados em 13 campeonatos disputados como técnico de Americana, na minha modesta opinião já era mais do que o momento do Zanon estar na seleção brasileira. Estamos felizes porque ele vai conciliar o trabalho entre clube e seleção. Além disso, na conversa que tivemos com o Vanderley (Mazzuchini, diretor técnico da CBB), fizemos o pedido e fomos atendidos no sentido de que a seleção treine aqui, pois Americana tem toda estrutura invejável a oferecer", disse Ricardo Molina, abrindo a coletiva.

Anônimo disse...

Claro que isso é uma manobra do Sr. Ricardo Molina. O que espanta é os outros clubes aceitarem a manipulação.
Não é segredo pra ninguém que o Molina pleiteia há muito tempo um cargo na CBB, mas nunca foi considerado pela entidade, e isso fere seu grande orgulho e enorme ego de forma dolorosa.
O que o deixou mais indignado foi na época que em Zanon aceitou o convite para comandar a Seleção. Alí o Molina viu uma oportunidade para priorizar e beneficiar ainda mais a equipe de Americana e uma porta para conseguir entrar na CBB. Mas Zanon não entrou no jogo de interesses, e isso deixou o dirigente de Americana enlouquecido de raiva, com o orgulho e o ego ainda mais feridos, o que o fez espernear até chegar a essa situação.
Não se enganem, este movimento não visa melhorar o basquete feminino. Visa entregar um cargo para o sr. Molina. Não se trata de qualidade, mas sim de poder.

Anônimo disse...

Tomem cuidado a intenção é boa, mas com o Molina o resultado será bem pior.
Ele não esta vendo o lado das atletas, vejam o que ele faz quando alguma atleta se machuca.

Anônimo disse...

Essa mesma pessoa que está postando esses comentários sobre o Molina deve ser parente do "Zanão". Pode postar a vontade, pois, o seu "Zanão" já era. Péssimo técnico , não acompanha um jogi da LBF , não trouxe um resultado positivo para a seleção , foi demitido de São José e o técnico q assumiu no lugar dele levou o time ao título Paulista. Pronto! Para gatos não há argumentos.

Anônimo disse...

Vou mais além. Na época que o Zanão era o tecnico de Americana a equipe tinha o melhor elenco e os outros times eram infinitamente inferiores. Quando o Dornelas montou o Sport para fazer frente a Americana ele não ganhou nenhum JOGO do Sport, logo foi vice da LBF perdendo de 2x0 na Final e perdendo os 2 jogos na fase de classificaçao. Desculpa amigo do Zanon mas ele é muito fraco e demonstrou isso por todos os clubes que passou e na Seleçao não precisa nem comentar.

Anônimo disse...

parabéns molina pela coragem e pelo quem tem lutado pelo basquete feminino............