sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Basquete feminino procura novo caminho em Liga esvaziada (Site ABCD Maior)

Por: Guilherme Menezes (guilherme.menezes@abcdmaior.com.br)

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Com apenas seis equipes, principal competição nacional terá a participação do Santo André

Um passo atrás para buscar dois à frente. Este é o pensamento da Liga de Basquete Feminino, que tem início nesta sexta-feira (20/11). Nesta edição, que se estenderá até 2016, somente seis equipes brigarão pelo título - a última temporada contou com dez participantes. Apesar do fato, o pensamento é de um recuo para agregar forças e voltar mais firme. No linguajar da modalidade, melhor levar um toco agora e fazer uma cesta de três na sequência.

Com pouco apoio da Confederação Brasileira de Basquete, os clubes buscaram a ajuda da LNB (Liga Nacional de Basquete), que cuida da NBB (Novo Basquete Brasil), competição nacional do masculino que cresce a cada ano e hoje já recebe suporte da NBA.

“Estamos conversando muito entre todos os que participam do basquete feminino e temos consciência que as coisas devem melhorar. Com este apoio, temos esperança de uma melhor estrutura. A LNB vai trazer a força que vem dando para os homens também para as mulheres, buscando patrocínio e investimento. De qualquer maneira, a Liga será competitiva e bem disputada”, opinou Lais Elena, superintendente do Santo André, único representante do ABCD.

A ex-treinadora, e hoje dirigente, não poupou críticas à Confederação. “Esta entidade é uma vergonha, não contribui em nada. Precisava de uma auditoria para verificar as irregularidades. Nem na apresentação da Liga apareceram, mostrando todo o desinteresse pelo feminino. Nem o técnico da Seleção Brasileira (Luiz Carlos Zanon) esteve presente, e nem deveria ser o treinador da seleção. O trabalho dele é com o masculino”, esbravejou. Suspeita de desvios financeiros, a entidade tem se “escondido” da imprensa.

Esperando fazer uma boa Liga - vale lembrar que o time andreense foi o campeão em 2011 -, Santo André sabe que o título desta temporada deve ficar em outras mãos. Com investimento mais alto, Corinthians/Americana, atual detentor da taça, América/Recife e Sampaio Corrêa são os principais candidatos. Presidente Venceslau e Maranhão correm por fora. As equipes se enfrentarão em turnos dobrados. Assim, os seis participantes jogarão entre si em quatro oportunidades, sendo duas vezes como mandante e outras duas como visitante. No total, 20 partidas serão realizadas na fase de classificação. A estreia andreense acontece na sexta-feira e sábado (20 e 21/11) contra Americana, fora de casa.

“Contratamos a Silvinha, pivô, para fortalecer o elenco e estamos muito otimistas com as jovens jogadoras, caso da Rafaela. Com apenas 16 anos e um 1,88 cm ela vem se destacando nos treinos e amistosos. Está merecendo jogar mais e vamos utilizá-la. Ela terá um futuro brilhante”, aposta Lais. Os outros principais nomes passam pelas selecionáveis Jaqueline, Tassia e Sassá, além da experiência da pivô Simone.

“Desde o ano passado, durante a Liga, que a Lais, a Arilza (nova treinadora do Santo André) e eu namorávamos. Sempre quis fazer parte desse time, que sempre chegou às finais”, afirmou Silvinha.

O investimento moderno da equipe do ABCD se deve aos custos para disputar a LBF. Com poucos acordos fechados, os clubes precisarão bancar parte das passagens aéreas, sem contar alimentação e hospedagem.

 

São Bernardo se estrutura para 2016

Depois de retomar o basquete feminino em 2015 e conquistar os Jogos Regionais, a equipe de São Bernardo bem que tentou, mas não conseguiu disputar a Liga Feminina deste ano. Por falta de verba, a ideia não prosperou e o sonho foi adiado.

“Chegamos a fazer alguns contatos com a Liga e conversamos com a Prefeitura, mas não foi possível neste primeiro momento pela questão do orçamento. Vamos estudar com calma as possibilidades, procurar um patrocinador, e tentar disputar a partir de 2016”, afirmou o técnico Marcio Bellicieri.

Por enquanto, a equipe de São Bernardo foca nas semifinais do Campeonato Paulista da Série A-2, contra o ADC/Bradesco. O time sustenta a melhor campanha da competição.

Fonte: ABCD Maior

Um comentário:

Anônimo disse...

Aleluia! Demorou, mas alguém que entende e vive do basquete feminino finalmente falou algo sobre a péssima gestão da CBB! Parabéns, Laís! Antes tarde do que nunca!