segunda-feira, 15 de junho de 2015

Sem adulto, Unimed planeja reunir 1 mil meninas em projeto

A fase de grupos do Campeonato Sul-Americano de Clubes, disputada recentemente no Equador, foi a última competição do basquete feminino adulto de Americana sob gestão da ADCF Unimed. A cooperativa médica seguirá patrocinando a modalidade, caso haja novo gestor, mas a partir de agora a meta é a retomada de forma intensa do projeto social através das escolinhas de iniciação e das equipes de competição das categorias de base. A ideia, neste primeiro momento, é envolver 1 mil meninas de 7 a 12 anos.
O novo planejamento foi revelado ao O Jogo pelo médico Émerson Assis, presidente da Unimed e da ADCF Unimed. Lançado em 1998, o projeto social chegou a ter a participação de perto de 1,5 mil crianças e adolescentes nas cidades que fazem parte da área de atuação da cooperativa médica local.
No ano passado, porém, houve a necessidade de cortes em virtude da prefeitura ter parado de repassar às modalidades a verba da lei de incentivo ao esporte. O basquete feminino foi um dos que mais sofreram com o “sequestro” e, consequentemente, ocorreu a retração do projeto, com o fechamento dos núcleos de escolinhas e a extinção dos times de base.
Agora, cooperativa e clube voltam a dar atenção especial ao projeto. “Nosso objetivo é formar cidadãs através do ambiente saudável do esporte. A Unimed não abre mão desta condição”, afirmou Emerson Assis, em entrevista ao O Jogo, na manhã de segunda-feira (8), na sede da cooperativa, em Americana.
De acordo com o presidente da Unimed e da ADCF, a retomada do projeto se dará através dos núcleos de escolinhas em Americana e Santa Bárbara d´Oeste, além das equipes de competição das categorias sub-15 e sub-17, formadas exclusivamente por jogadoras residentes nas duas cidades.
“Teremos núcleos em escolas públicas e particulares, possivelmente também em praças de esportes. A ADCF Unimed vai contratar profissionais da área de educação física para atuarem no projeto”, explicou Assis. “O investimento será através da lei de incentivo, mas se houver necessidade de algum aporte financeiro, vamos fazer. Já tenho a aprovação da minha diretoria para investir no projeto que existe há quase duas décadas e é prioridade para a Unimed”, acrescentou o presidente.

“MANTIVEMOS O TIME POR RESPEITO”
A crise financeira do esporte de Americana teve início no primeiro semestre do ano passado, quando a prefeitura, mesmo recebendo o dinheiro da lei de incentivo, deixou de repassá-lo às modalidades. E agravou-se de vez no segundo semestre, quando a aplicação da lei foi suspensa.
Sem o repasse da verba estabelecida em lei, a Unimed teve que bancar a manutenção do time adulto durante toda temporada 2014/15. “Foi um momento difícil, pois acreditávamos que o dinheiro seria repassado, já que essa situação nos foi garantida pela prefeitura, o que, na prática, acabou não acontecendo”, lembrou o médico Emerson Assis, presidente da cooperativa e do clube.
Com a Liga Nacional em andamento, a Unimed assumiu toda responsabilidade financeira para não tirar a equipe do campeonato. “Mantivemos o time por respeito. Respeito à cidade de Americana, respeito à torcida que tanto nos prestigia, e, principalmente, respeito às jogadoras e à comissão técnica que tinham contrato em vigência”, afirmou Assis.
Com a retomada do projeto social, a ADCF Unimed deixa de gerir o basquete feminino adulto de Americana, mas seguirá patrocinando a modalidade em caso de nova gestão. “Vamos continuar repassando a verba através da lei de incentivo. Enquanto a lei estiver sendo aplicada, a Unimed estará junto com o basquete”, concluiu Emerson Assis.
Por Zaramelo Jr.
Fonte: O Jogo 

6 comentários:

Anônimo disse...

Meu deus éo fim do basquete feminino americana. São José. que dó

Anônimo disse...

Ourinhos, Catanduva, São Caetano, Mangueira, Joinville, Blumenau, Guarulhos e agora Americana e talvez São José. Dá para fazer uma nova LBF com o tanto de times que saíram da competição. Péssima gestão da CBB + técnicos incompetentes na seleção + convocações equivocadas + vexames em competições internacionais = times fechados. Mais um pouco o basquete feminino acaba. Comparar com vôlei é covardia. Futebol feminino na Tv aberta, Marta bola de ouro e lei para incentivar os clubes a abrirem times femininos. Handebol com o segundo melhor técnico do mundo, treino na Europa, campeão mundial, jogo na Globo. Basquete que já foi o esporte n.º 1 entre as mulheres no Brasil, segue ladeira abaixo. Triste.

Anônimo disse...

Que triste.
Afinal temos uma olimpíada em andamento e o que se esperava era muito incentivo, muito investimento, muito carinho com esse esporte.
Luto, luto.....

Anônimo disse...

Também acho que os resultados ruins da seleção desde 2008 refletem nos clubes.
Nenhum patrocinador quer se associar a um esporte derrotado.
A seleção precisa fazer de tudo para alcançar um bom resultado internacional.
Uma medalha de ouro no Pan por exemplo, que não vem desde 1991, seria uma esperança, mas com a forma como as coisas vem sendo conduzidas, tá bem difícil.
A seleção feminina é administrada com descaso e falta de compromisso com resultados.

Anônimo disse...

Mais uma equipe que fechará as portas em breve...uma pena!

Anônimo disse...

Onde vai colocar tanta menina que joga bem?
sem investimentos e sem times talvez tenham que jogar A2
TRISTE