domingo, 1 de fevereiro de 2015

Hortência aponta erro de planejamento na seleção feminina de basquete e não acredita em pódio na Rio-2016

Quase 20 anos se passaram desde que Hortência Marcari deixou as quadras, mas seu reinado ainda está intacto — depois da geração dela, que teve ainda Janeth e Magic Paula, não houve outro destaque no basquete feminino do Brasil. A paulista, hoje com 55 anos, continua sendo chamada de Rainha, apelido que ganhou pelas conquistas com a seleção, como o título do Mundial de 1994, na Austrália, e a medalha de prata em Atlanta-1996. Agora como torcedora do esporte que a consagrou, ela prevê dificuldades da equipe feminina nas Olimpíadas.

— O time tem boas jogadoras, mas o planejamento não é feito como deveria ser. Se as competições de base não forem reforçadas, fica muito difícil formar um time competitivo — diz Hortência: — Vejo o masculino com mais chance de medalha em 2016. Essa geração é uma das melhores que o país conseguiu formar.
A campeã mundial, que foi diretora de seleções do Brasil durante quatro anos, vê o basquete perdendo espaço para outros esportes.

— Hoje, muitas jogadoras com idades entre 19 e 21 anos não têm perspectiva no basquete. Por isso, algumas optam pelo vôlei, que está sempre na TV — analisa ela.

Avessa a comparação entre gerações, Hortência reforça as críticas de que o basquete perdeu a chance de crescer entre os brasileiros após a conquista do Mundial.

— Na época, o esporte era o segundo mais praticado no país, todo mundo queria jogar. Mas como não teve sequência, acabou ficando para trás — lamenta a Rainha.

Decisão contra os EUA em 1996

Com a camisa 4 da seleção brasileira, a ex-ala Hortência disputou duas Olimpíadas: Barcelona-1992 e Atlanta-1996. Da experiência, ela guarda na memória a final da edição americana contra as donas da casa. Derrotadas por 111 a 87, as brasileiras ficaram com a inédita prata.

— Não ganhamos o jogo, mas jogamos muito bem. Saí da quadra muito satisfeita por ter realizado um sonho — lembra ela, que integra o Hall da Fama do basquete mundial desde 2005.

Para buscar a medalha olímpica, Hortência abandonou a aposentadoria, anunciada após o Mundial de 1994, e voltou a jogar cinco meses depois de ter tido o primeiro filho, João Victor.

— Foi emocionante disputar a final contra os EUA, na casa delas, e saber que meu filho, bem pequenininho, estava na arquibancada — recorda.

E o espírito olímpico definitivamente afetou João Victor. Hoje com 18 anos, ele e o irmão, Antônio, de 16, são atletas do hipismo e buscam vaga para a Rio-2016.

— Quando eu jogava, o Brasil não sediou os Jogos. No ano que vem, se meus filhos se classificarem, ficarei na torcida para eles. Será uma emoção totalmente diferente — diz a ex-atleta.

Embora ainda seja a rainha do basquete, Hortência não pratica mais o esporte.
— Hoje, mantenho a forma apenas na academia — conta a ex-ala da seleção.

Fonte: O Globo

3 comentários:

Anônimo disse...

Apontar erros nem precisa entender de basquete né? Solução e melhoras quando a senhora estava na CBB não trouxe naenhuma.

Anônimo disse...

Ela fica 4 anos no comando como dirigente e o que fez pelo Basquete Feminino? Nada, absolutamente nada. Ficar apontando erros agora é muito comodismo. Se ficasse calada seria uma poetisa.

Anônimo disse...

Excelente jogadora, péssma dirigente!!! nunca apoiou o basquete de base, nem importou-se com a renovação quando esteve a frente do basquete, ainda por cima, colocou o Tarallo como técnico da seleção principal, pq ele era um dos seus maiores "puxa-saco", agora não adianta criticar, melhor era ter ficado de boca fechada.