segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Babalu é um dos destaques da seleção sub-15

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"Enviada por Deus para trazer alegria". Esse é o significado do nome da ala-pivô da Seleção Brasileira Sub-15, Obalunanma Beatriz de Angelo Chukwumaeze Igwu, a Babalu. Filha da brasileira Izabel e do imigrante nigeriano Michael, a paulistana está entre as 12 selecionadas para defender o Brasil no 20º Campeonato Sul-Americano da categoria, entre os dias 19 e 23 de novembro, em Barquisimeto, na Venezuela.
"Fiquei muito feliz com a convocação e estou gostando muito dos treinos. A nossa capacidade é testada o tempo todo e cada treino é sempre um desafio. Venho aprendendo muito, estou gostando dos coletivos e me arrisco a dizer que este tem sido o meu maior desafio. Eu não estava acostumada a treinar com as meninas e esse é um momento de muita união e entrosamento, pois precisamos encaixar as jogadas se quisermos que tudo dê certo", analisou Babalu.
O Sul-Americano garante três vagas na Copa América Sub-16, em 2015, que irá classificar para o 4º Campeonato Mundial Sub-17 de 2016. Essa é a primeira convocação de Babalu e sua estreia em uma competição internacional.
"O nosso grupo está muito forte e alto. Com a força de vontade que a equipe vem demonstrando, tenho certeza que iremos nos sair muito bem no Sul-Americano. Vamos atrás dessa vaga com todas as nossas armas. Estamos ansiosas para o início do torneio, mas acho que deve ser normal, já que será a primeira vez que vamos vestir a camisa do Brasil em uma competição internacional", pontuou a ala-pivô.
A jogadora de 15 anos e 1,81m conheceu a modalidade da bola laranja no Complexo Educacional, Cultural e Esportivo Antônio de Lima, em Jundiaí.
"Eu sempre gostei de praticar esportes e eu morava ao lado de um Centro Esportivo, onde tinham treinos de vôlei,futebol e basquete. Então escolhi o basquete para praticar. Antes de mim ninguém da minha família jogou basquete, mas já consegui levar minha irmãzinha, Isabelle, de nove anos. Ela treina no mesmo Centro onde comecei. Fiquei muito contente quando ela disse que queria seguir os meus passos", contou a ala-pivô que defende o Divino Jundiaí (SP).
Mesmo não conhecendo a Nigéria, distante do Brasil 7168 km, a afro-brasileira já estuda a linguagem regional que o pai se comunica com a família na África, o dialeto Ibo.
"Eu uso a internet para me comunicar com os familiares paternos que estão na Nigéria. Apesar da língua oficial ser o inglês, meu pai está nos ensinando um pouco do dialeto regional que eles utilizam, que é o Ibo. Acho muito difícil e ainda não arrisco muitas palavras, mas quero aprender. Tenho muita vontade de conhecer o país natal do meu pai", afirmou a jogadora.
Fã de jogadores como Lebron James, Kobe Bryant, Michael Jordan e Hortência Marcari, o sonho de Babalu é construir uma carreira promissora na Seleção Brasileira e na WNBA.
"Me espelho muito na forma de jogar desses jogadores. Neles eu vejo exemplo de vencedores e pessoas que amam o basquete, assim como eu", finalizou.
A equipe nacional segue em preparação em São Sebastião do Paraíso (MG) até o próximo dia 15 de novembro, data do embarque para a Venezuela. Os treinos na Arena Olímpica estão sendo realizados em dois períodos (9h30 às 12h e 17h às 19h30). O Brasil está no Grupo "A" do 20º Campeonato Sul-Americano e faz sua estreia, no dia 19, contra o Equador. Depois as brasileiras enfrentam Colômbia (20) e Chile (21). Na Chave "B" estão Argentina, Venezuela, Peru e Paraguai.

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