segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Zanon vê Brasil fortalecido após revés para a Espanha e diz: "Placar não real"


A seleção brasileira ainda não se encontrou no Mundial da Turquia. Depois de cair na estreia diante da República Tcheca, atual vice-campeã mundial, por 68 a 55, o renovado time comandado por Luiz Zanon foi massacrado pela Espanha. Apesar do lampejo inicial, beneficiado por falhas em lances livres e arremessos das espanholas, o Brasil se perdeu a partir do segundo quarto e foi atropelado por inapeláveis 83 a 56. Foi o segundo apagão seguido do selecionado, que assustou no começo com uma defesa forte, mas sofreu mais uma vez com os erros (20) e um ataque pífio, resultando em um fraco aproveitamento de 40% nos chutes. As campeãs europeias ainda levaram a melhor nos rebotes (41 a 28). O desequilíbrio emocional do grupo, com média de idade de 25 anos (quarto elenco mais jovem), também chamou a atenção. O treinador brasileiro acredita, no entanto, que o Brasil saiu fortalecido e que os placares das duas derrotas não refletiram a realidade.

Em busca da reabilitação, a seleção vai para o tudo ou nada contra o Japão, nesta terça-feira, às 8h (de Brasília), para avançar em terceiro lugar do Grupo A e cruzar com o segundo do B. O SporTV transmite o duelo ao vivo. Se vencer, avança à segunda fase do torneio, enquanto uma derrota decreta uma precoce eliminação. A República Tcheca lidera a chave ao lado da Espanha, com quatro pontos. Enquanto isso, as japonesas e as brasileiras estão em terceiro e quarto, respectivamente, com dois pontos cada.

- Jogamos bem, a nossa defesa funcionou, mas não conseguimos nos manter. Temos que valorizar o primeiro quarto contra a Espanha, que é uma das favoritas ao título. O resultado não me assusta. A equipe estava concentrada e manteve a qualidade do jogo, jogando de igual para igual. Depois do segundo quarto, perdemos a nossa força ofensiva. As espanholas fizeram dez contra-ataques e pegaram muitos rebotes ofensivos que se converteram em cestas, o que se reverteu em 21 pontos. Elas foram abrindo a diferença e ficando confortáveis, mas saímos fortalecidos. A diferença de placar das duas derrotas não é real, estamos pecando em detalhes, como nas finalizações de jogadoras que tem esse potencial - analisou Zanon, que acredita que as suas comandadas têm totais condições de construir um placar de 70 a 75 pontos. 

O Brasil desembarcou em Ancara, capital do país, com a missão de recuperar brilho da "geração de ouro", liderada por Hortência, Magic Paula e Janeth, campeã mundial em 1994. Depois disso, foram um quarto lugar (1998), um sétimo (2002), um outro quarto (2006) e um nono (2010). Há pouco mais de um ano, quase na metade do ciclo olímpico, foi iniciado um processo de renovação. E o Brasil resolveu apostar em suas promessas na Turquia. Das 12 atletas da equipe, nove eram estreantes. Apenas Érika, Adrianinha e Damiris haviam disputado Mundiais. 

Se nos treinos, o time que mesclou juventude e experiência impressionou com a pontaria afiada, o mesmo não se repetiu no momento que realmente importava. O técnico da seleção descartou a ansiedade como um obstáculo diante da Espanha e elogiou a maturidade das mais novas.

- As meninas são novas, mas estão jogando com uma personalidade impressionante. Não sofremos com a ansiedade como na estreia, e elas jogaram de igual para igual contra as espanholas. Jogamos bem, mas acabamos caindo em algumas armadilhas do jogo e desconcentração em alguns momentos. Agora, teremos pela frente o Japão, um adversário que joga com um ritmo muito forte, mas tem um revezamento tão grande. Vamos imprimir o nosso jogo coletivo, que é o que fazemos de melhor. Precisamos da vitória para ir à próxima fase, que é mata-mata e tudo pode acontecer. Mas cada jogo para essas meninas é uma sobrevivência. 

Maiores vencedores do Mundial, com oito títulos em 16 edições, os Estados Unidos estão no Grupo "D", ao lado de China, Sérvia e Angola. A Austrália reforça o Grupo "C", com Cuba, Coreia do Sul e Belarus. O Grupo "B" tem França, Turquia, Canadá e Moçambique. As equipes jogam entre si em suas chaves e as três melhores avançam. Os primeiros colocados de cada grupo vão direto para as quartas de final. Os segundos e terceiros colocados disputam uma rodada equivalente às oitavas para definir os rivais seguintes dos líderes da primeira fase. 

Até hoje, apenas quatro países conquistaram o título mundial: Estados Unidos (1953, 1957, 1979, 1986, 1990, 1998, 2002 e 2010), União Soviética (1959, 1964, 1967, 1971, 1975 e 1983), Brasil (1994) e Austrália (2006).

Fonte: Globo Esporte

6 comentários:

Anônimo disse...

Acho que o Zanom não viu o mesmo jogo que eu vi.
O que eu vi:um time desorganizado,carente de táticas
ofensivas.Sem saber como aproveitar melhor a Érica a
Damiris e a Clarissa.Com as laterais então,nem se fala.
Quando a Tatiane entra no jogo ele tira.A Jaqueline ele
persegue.Joga a maior parte do jogo com duas armado-
rãs.Para que?A adriana.,é atrapalhada pela Taina.
Qual é o objetivo desse Mundial?Ganhar do Japão e só.
Isso se conseguir.Zanom,Voce pode ser um bom preparador mas no banco........nunca vi alguém pior.

Paty Monteiro disse...

O Zanon ainda ñ encontrou o quinteto ideal.

No 1o jogo Érika e Damires, ñ rendeu. Aí em fim ele começou com Érika e Clarissa. Ufa!
Sem falar na Nádia q tem entrado bem melhor q a Damires, porém, tem tido pouquíssimo tempo de quadra...

Aí vem as alas... Jaqueline foi um desastre no 1o jogo e ele nem a utilizou no 2o (justo). Aposta na Paty (até d armadora) q tb ñ vem bem.

Já Joice q sempre tem entrado bem, quase ñ tem oportunidade.

Levou a menina? Esquece a idade e usa a jogadora q está bem. Jaqueline, 28 anos é a pior ala do Brasil nesse mundial.


Adrianinha e Tainá ñ renderam.
Tainá como ala só tem levado tocos. Desde o 1o jogo q Tainá insiste em cortar a marcadora e jumpear na frente dela... resultados tocos!!!!!!!! Ñ é possível q ela só tenha essa jogada.

Gostaria (torço) q amanhã contra o Japão o Zanon começasse com:

Adrianinha
Joice
Tati
Clarrissa
Érika

E usar + a Nádia na rotação com Érika.

Anônimo disse...

Paty, disse tudo!
Concordo, a Joice é ótima e pouco utilizada.

Anônimo disse...

A Paty até agora não mostrou absolutamente nada.
Ta difícil jogar.A seleção só conseguiria alguma coisa
jogando mais na transição.Mas,que transição?
O Brasil nem sbe o que é isso.

Anônimo disse...

ESSE ZANON É MESMO MUITO ENGRAÇADO EM ACHAR QUE O BRASIL SAIU FORTALECIDO DESSA PARTIDA.SÓ ELE VIU ISSO.

Anônimo disse...

O Brasil precisa urgentemente de alguém que pega rebote, pois não tem ninguém para fazer isto na seleção ,como querem ganhar assim