domingo, 28 de setembro de 2014

Érika rejeita proposta milionária do Galatasaray para cuidar da avó

Não há dinheiro no mundo que pague a felicidade de estar perto da família para Érika de Souza. Estrela da seleção brasileira e do Atlanta Dream na WNBA, a forte liga de americana de basquete, a pivô de 32 anos recusou uma proposta milionária dos turcos do Galatasaray. Se no ano passado, eles seduziram a brasileira com uma oferta de 1 milhão de euros (cerca de R$ 3 milhões), desta vez, eles ofereceram 1,2 milhão de euros (R$ 3,7 milhões) para ter a jogadora. Mais um toco. Para cuidar da avó de 82 anos e ainda ajudar a desenvolver o basquete brasileiro, Érika resolveu passar mais tempo no país. Com o fim da temporada nos Estados Unidos, ela defenderá as cores do América Recife.
- A felicidade conta mais, dinheiro não é importante. Estou numa idade em que eu percebo o que é melhor para mim. Prefiro ficar perto da minha avó, que já está velhinha, com 82 anos. Depois que eu perdi a minha mãe, há sete anos, ela se tornou a pessoa mais importante da minha vida. Não tem dinheiro que pague a felicidade de estar perto dela. Gosto de cuidar da minha família. Meu irmão de 23 anos está terminando a faculdade de direito e eu fico feliz de poder contribuir com isso. Além disso, quero ajudar o basquete no Brasil, que anda muito apagadinho. No que eu puder, vou dar o meu máximo pelo esporte e mostrar para todo o mundo que o basquete brasileiro está voltando - disse Érika, que atuou pelo Sport Recife na última temporada da Liga de Basquete Feminino (LBF).
Neste domingo, Érika e suas colegas de seleção terão uma dura missão pela frente em Ancara, pela segunda rodada da Copa do Mundo. Após a estreia com derrota por 68 a 55 para a República Tcheca, o Brasil enfrenta a tradicional seleção da Espanha, às 15h15 (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV 2 e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Os assinantes do Canal Campeão ainda podem acompanhar tudo pelo SporTV Play.
Campeã da WNBA pelo Los Angeles Sparks, em 2002, a carioca de origem humilde superou um passado difícil antes de conquistar o mundo. Certa vez, sem dinheiro para comer - apenas para pagar o ônibus da escola até o treino na Mangueira - , desmaiou. Quando perdeu a mãe e estava na Espanha, há sete anos, precisou voltar às pressas ao Brasil para se despedir no enterro e pensou: "Ai meu Deus, não vou conseguir. Isso não é para mim". Mas logo mudou de ideia. Melhor jogadora do país, cestinha das últimas Olimpíadas (16,8 pontos) e a mais respeitada brasileira no exterior, ela conta que todas as dificuldades serviram de motivação em sua carreira. E que faria tudo de novo. Emocionada, a pivô fica com os olhos marejados ao lembrar seu início.
- O meu começo foi muito difícil. Comecei a jogar na Mangueira e tenho um carinho muito especial , fico emocionada só de lembrar do Samuel, meu técnico na época (neste momento, ela não segurou as lágrimas). Tinham dias que eu não tinha dinheiro para a passagem e para me alimentar, estudava, tinha bolsa de 100% e ainda treinava, eram dois ônibus para chegar no treino. Teve um dia que minha mãe não conseguiu deixar a merenda e eu acabei desmaiando de fome. Mas passei tudo isso para ganhar mais força. Não tenho vergonha de falar sobre isso, isso só me incentivou a trilhar meu caminho. Acho que outras pessoas no meu lugar não conseguiriam - revelou a pivô, que também coleciona títulos no Brasil, na Euroliga e no Campeonato Espanhol, entre outros. 
Além de ajudar a desenvolver e promover o basquete no Brasil, a pivô do Atlanta Dream tem um plano que promete trazer um futuro melhor para muitas crianças. 
- Quero fazer um projeto para ajudar crianças carentes e ajudar pessoas como eu era. Assim que eu parar, vou começar a tocar isso. Projetos como o da Mangueira são muito importantes, deveria haver mais iniciativas como essa no Brasil.
Fonte: Globoesporte.com

4 comentários:

Erika disse...

Caralho chega eu marejei meus olhos agora!

Como alguem pode ser tão ídolo assim?

Agora sei de onde vêm todo esse otimismo da Erika com a seleção brasileira. Lutar para ganhar da Espanha, Thecas não é nada perto do que ela passou.

Ela é muito vitoriosa! Uma campeã!

Anônimo disse...

Como campeã ??? Se ela nunca fez nada pela seleção. Esta d de passagem nesse mundial , quando tínhamos alessandra Tui kelly ega mamá zaine coloca essas pivôs atuais no bolso

Anônimo disse...

Sera que teve mesmo?

Ricardo disse...

E você fez o que pela seleção, foi campeão de alguma coisa anonimo das 06:06, vai lá e faz melhor, ao invés de ficar criticando uma pessoa que luta com vontade de representar o seu país, que diga se de passagem não valoriza e nem investe nessas meninas.