terça-feira, 12 de agosto de 2014

Seleção brasileira perde para Argentina e fica em quarto lugar na Copa América sub-18


O Brasil foi derrotado pela seleção argentina por 69 x 67 na disputa pela medalha de bronze e ficou de fora do pódio na Copa América sub-18, encerrada domingo em Colorado Springs. Os Estados Unidos conquistou a medalha de ouro, vencendo o Canadá por 104 x 74. As quatro seleções estão classificadas para o Mundial sub-19 de 2015.

O Brasil realizou uma campanha melancólica, com duas vitórias e três derrotas. A derrota na disputa pela medalha de bronze mostra o quanto a classificação para o mundial esteve ameaçada. Isso porque o Brasil sofreu uma derrota para Porto Rico na estreia e na segunda rodada enfrentou justamente a seleção argentina em partida decisiva, em que a seleção brasileira começou o último quarto  perdendo por 10 pontos, mas conseguiu virar nos minutos finais.

Difícil criticar a comissão técnica e menos ainda as jogadoras, quando a Confederação Brasileira de Basquete acha suficiente disponibilizar dez dias de treinamento antes de uma uma competição tão importante como essa ( de 22 a 31 de julho).

É tão vergonhoso, que a própria CBB optou por omitir essa última derrota da seleção brasileira para a seleção argentina em seu site, mas estamos aqui para divulgar o que é bom e principalmente o que precisa melhorar e não para varrer a sujeira debaixo do tapete.

O técnico Guilherme Vos, um grande descobridor de talentos, precisa ter condições de trabalho para poder ser cobrado, mas talvez, ou melhor, provavelmente ele não terá tais condições e precisa estar preparado para isso, pois não tenho dúvidas de que ele é o maior interessado em fazer um bom trabalho e alcançar os melhores resultados possíveis no Mundial sub-19.

Li em alguns comentários aqui no blog nomes de algumas atletas que poderiam estar neste grupo, como a pivô de 1,92m Marcella Lamark, bem como a armadora Larissa, a ala Wytalla  a ala/pivô Aline, principais destaques do Brasil no Mundial sub-17. Li também algumas críticas em relação ao fato de algumas atletas que estão nesta seleção não jogam em alto nível em seus estados e talvez por isso não conseguiram contribuir quando o técnico precisou delas. A culpa não é delas, mas a comissão técnica poderia rever esses critérios, pois com pouco tempo de treinamento disponível na seleção,  experiência em jogos de alto nível é ainda mais fundamental. 

Li também um post no blog balanacesta com sugestões interessantes, como a presença de uma coordenadora técnica do nível de Maria Helena Cardoso para acompanhar os trabalhos da comissão técnica durante o ano e a participação da seleção sub-19 em competições adultas, como LBF e Campeonato Paulista  (não seria melhor do que um campeonato de quatro equipes?).

Ideias não faltam, mas sinceramente pelo andar da carruagem acreditado que tudo vai depender da análise, auto crítica e principalmente iniciativa do próprio treinador carioca, pois a CBB não parece muito interessa no basquete feminino ultimamente, muito menos no basquete feminino de base.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o texto, os argumentos e as colocações. Mas o que deveriam se preocupar em primeiro lugar é onde o basquete feminino chegará. Hoje as categorias de base não são geridas por pessoas sérias. Qualquer um sabe que é preciso estudar. Isso deveria ser premissa básica no esporte. Essas meninas ficam vagando, muitas vezes, de clube em clube e não lhes é exigido uma formação escolar. Algumas não vingarão como atletas, mas com isso ninguém se preocupa. Muitas são arrogantes e se acham acima do bem e do mal só porque estão na seleção.

Paz e Amor disse...

Nao tenho procuração para defender o Guilherme mas a Marcela não se apresentou a sub 17 para ir ao mundial pq não quis e por isso seu nome não foi levado a pauta.
Thayna Silva, que era da Mangueira e atualmente joga em Jundiai, não tev e o visto liberado para entrada nos EUA por conta da pane mundial no sistema de vistos nos consulados americanos, teve que ser substituida por Gabriela do Paraná.
É de fato, duro, ver a atleta Bianca ser obrigada a ficar numa equipe adulta, quando na verdade ela deveria estar fazendo as duas coisas, jogando a base e treinando no adulto, como fez no ano passado e foi substituta a altura da pivo Monique, que na reta final de preparação, por motivos ja conhecidos, teve que se afastar da seleção.
Guilherme, sei que agora vai ser fácil pra muita gente jogar pedra em vc mas levanta a cabeça e continua seu trabalho, o masculino esta fora do mundial, será que nem assim, em 2015 vc tera chance de trabalhar com calma e com todas as atletas como fez no sulamericano?
Espero que a coisas melhorem em todos os sentidos pro basquete brasileiro...feminino e masculino...abraço a todos.

Anônimo disse...

É! levar Bianca de pivô é brincadeira (de mau gosto), Vitória jogando de sei lá que posição (outra péssima brincadeira). Sempre os mesmos nomes, as mesmas panelas. É o fim do começo da seleção mesmo. Pouca gente séria preocupada e muita gente canalha pra tomar conta e decidir. Aguardemos!