terça-feira, 19 de agosto de 2014

Clarissa, MVP do Sul-Americano e estrela da nova geração


Ambato, Equador – Apontada como uma das novas estrelas da renovada Seleção Brasileira Adulta, a pivô Clarissa dos Santos, de 26 anos, ganhou nesta segunda-feira (dia 18) o troféu de MVP (jogadora mais valiosa) do 34º Campeonato Sul-Americano disputado em Ambato, no Equador. A pivô ajudou o Brasil na conquista do título invicto da competição e foi um dos principais destaques da equipe nacional nas cinco partidas anotando 79 pontos e média de 15.8 pontos por jogo, além de ter pego 69 rebotes e média de 13.8 por jogo.

"Estou muito feliz por esse reconhecimento. Sempre agradeço muito a Deus, pois ele que me permite alcançar os lugares que almejo e que venho buscando. Venho trabalhando diariamente e me dedicando bastante. Quando um prêmio como esse chega é gratificante. Sei que preciso melhorar muito ainda, e venho me dedicando todos os dias para alcançar o meu máximo. Penso que já que escolhi ser jogadora de basquete, então tenho que tentar ser a melhor. É preciso estar pronto todos os dias, pois quando a dificuldade chegar você saberá como encarar", disse a jogadora.

A brasileira falou ainda sobre sua trajetória na modalidade e do amor pela bola laranja.

"A minha caminhada foi grande desde que comecei a jogar no Rio de Janeiro. Chegou um momento que tive que optar pelo basquete ou atletismo. E desde que decidi pelo basquete, sempre tive muitas pessoas ao meu lado me ajudando. Hoje chamo todos de tios e posso dizer que são muitos de todos os lados. O que me trouxe até aqui são essas pessoas que sempre me dão força, como amigos, familiares, técnicos e colegas de equipe. Só aparecem no meu caminho pessoas dispostas a me ajudar. No dia a dia vou me aprimorando sempre com muito trabalho, dedicação e amor pelo meu trabalho", pontuou Clarissa.

Mas a pivô tem seu diferencial. Ela acorda mais cedo do que suas companheiras. Aquece, faz as ativações e exercícios de fortalecimento fisioterápicos. E quando chega na quadra é a primeira a iniciar o trabalho com bola. Todas essas qualidades fazem da pivô um exemplo dentro do grupo.

"Eu acordo cedo naturalmente, então já inicio todos esses trabalhos que faria na quadra. Mesmo que pouco, ganho um tempo de quadra a mais para ir trabalhando a bola e fazendo antes as atividades. Para mim é muito importante os exercícios de fortalecimento por causa das lesões que já tive, para manter uma qualidade física um pouco melhor e não ter dificuldade de me manter no peso. Na parte médica as fisioterapeutas me ajudam muito nesse processo de entendimento do meu corpo. Elas sempre passam exercícios novos que vou agregando à minha rotina. Como durante a competição, os treinos são mais curtos com duração entre uma hora e uma hora e meia, para mim vale a pena levantar um pouco mais cedo para fazer esses exercícios de ativação e chegar na quadra pronta para aproveitar ao máximo. Me sinto melhor e mais animada com esse meu processo", analisou.

Clarissa destacou a evolução da equipe no Torneio. "Temos evoluído muito não só na seleção, mas no trabalho dos clubes. Voltamos para o Brasil sempre com a cabeça de um trabalho forte, um sistema mais aberto e uma visão maior. Ele vem através desse processo conseguindo colocar essa metodologia na cabeça das jogadoras para que melhorem algumas qualidades técnicas e táticas. E se o individual está bom, o coletivo será ainda melhor. O trabalho dele tem sido muito positivo".

A carioca, nascida no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio, falou sobre os jogos na cidade equatoriana de Ambato, que fica a 2.600 metros acima do nível do mar.

"Foi bastante pesado e cansativo jogar com altitude. É impressionante como sentimos a diferença no nosso corpo. Mas viemos bastante preparadas para enfrentar essa adversidade. A nossa nutricionista fez todo um trabalho de suplementação e alimentação, além da preparação física e a fisiologia que da mesma forma nos preparou para alcançarmos o limite máximo do nosso físico. A comissão técnica trabalhou muito para nos ajudar a alcançar esse resultado. Deu certo e conquistamos o título".

A jogadora que defende o Unimed Americana (SP) enalteceu o trabalho de renovação iniciado com a equipe feminina.

"O técnico Zanon (Luiz Augusto) tem uma cabeça muito diferente e uma visão mais aberta do que outros treinadores. Acredito que por comandar equipes masculinas em paralelo, o grau de exigência dele seja muito mais alto. Mas isso é uma coisa muito boa, pois nos possibilita crescermos como atletas. Talvez não consigamos alcançar o grau de exigência máxima dele, mas se aproximando já sabemos que é algo muito bom. Ele assumiu o comando da seleção no ano passado e vem implementando seu sistema e filosofia de trabalho. E vem dando muitos frutos e resultados. O Zanon é um técnico muito inteligente e bem assessorado com a presença do Cris [Cristiano Cedra, assistente técnico]. Eles formam uma ótima dupla na parte tática, passando o entendimento e os melhores caminhos para alcançarmos os objetivos traçados", analisou Clarissa.

O Brasil embarca, nesta terça-feira (19), para a Europa onde irá disputar os Torneios Internacionais em Istambul, na Turquia, de 22 a 24 de agosto, e em Limoges, na França, de 26 a 30. Os amistosos servem de preparação para a Copa do Mundo da Turquia, de 27 de setembro a 5 de outubro. 

"Tivemos muitos altos e baixos no Sul-Americano. Cometemos erros que foram importantes na fase que estamos para a avaliação do nível que estamos e a distância desse momento para onde objetivamos chegar. Estamos partindo agora para amistosos importantíssimos que irão nos dar uma base ainda mais forte para o nosso principal objetivo desta temporada que é a Copa do Mundo", finalizou Clarissa. 

Fonte: CBB

16 comentários:

Anônimo disse...

Clarissa estrela da América do Sul. LBF e campeonatos sul-americanos.

Pq a nível mundial... ñ faz nada. Vamos aguardar a MVP no mundial da Turquia.

Anônimo disse...

Impressionante a velocidade das recalcadas para comentar...

Clarissa não precisa provar mais nada a ninguém, lembra de Londres 2012? Então, mesmo começando no banco de reservas, Clarissa teve média de 12 pontos (segunda melhor da seleção) e 9 rebotes (melhor média do torneio). Maior reboteira dentre 143 atletas que disputaram a competição de nível mundial mais importante do mundo. Tá bom pra você? Beijinho no ombro!!!

Anônimo disse...

Sempre tem um "porém" sobre a Clarissa, que coisa mais chata, cada hora os papagaios repetem um mantra diferente. Porque é tão difícil assim aceitar o sucesso da moça? Se existem doze atletas no time, falar mal só da MVP e não comentar nada das outras é passar recibo de dor de cotovelo. Galho de arruda pra Clarissa!

Henrique Baptista Silva disse...

Eu cresci aprendendo que todas as injustiças do mundo estão separadas por 2 simples palavras,SEMPRE e NUNCA. Anônimo 19/08/14 14:05,com todo o respeito;acho que você pegou pesado no seu julgamento que de certa forma chegou até a ser cruel pelo exagero. Injusto. O reconhecimento nem sempre faz jus,porque depende da oportunidade. Para que o reconhecimento a nível mundial ocorra,a seleção precisa chegar lá junto à ela. Não é tão fácil ! Mas pela qualidade,se fôr comparar "o nível" do qual você falou,ela está MUITO À FRENTE de todas as outras. E como torcedor que deseja ver o Brasil no pódio,agora estou torcendo mais ainda para que isso aconteça;só para você não ter mais o que falar mal. Aliás... não só você. Muita gente(para não dizer todo mundo) faz isso aqui nesta página.

Anônimo disse...

Na minha opiniao, Clarissa, Iziane, Adrianinha, Jacqueline, Erika deveriam ser as titulares dessa selecao

Anônimo disse...

Todas precisam melhorar, inclusive a Clarissa. Legal ver ela mesma falando isso na entrevista e saber que ela chega mais cedo em quadra para treinar mais tempo. A raça, posicionamento, tempo de bola no rebote, defesa fortíssima, habilidade no giro são qualidades em que é exímia. O arremesso de média distância tem aparecido, mas pode melhorar. Queria vê-la fazendo pick an roll com a armadora ou as alas e jogando mais de frente para cesta. Às vezes ela fica muito escondida no garrafão e não está em sintonia com quem está com a bola. Não é crítica. Clarissa é excelente e se existisse cinco atletas no nível dela em cada posição, o Brasil estaria brigando por medalha no Mundial.

Anônimo disse...

Após uma semana de jogo treino no Equador, a preparação para o Mundial finalmente vai começar na sexta-feira contra a Turquia e depois no sábado contra a Austrália. Será que Adrianinha e Sassá vão ser reintegradas ao grupo?

Anônimo disse...

Parabéns!!!

Anônimo disse...

Então,a Jaqueline fez um grande sul-americano e o
nosso querido e competente técnico,tem a safadeza
de começar os jogos com ela no banco.
Isso é Brasil minha gente.

Anônimo disse...

Adrianinha vai, a Vanessa (Sassá) não sei.

Anônimo disse...

FOI CAMPEÃ BACANA, TUDO BEM. AGORA VENCEU MAS NÃO CONVECEU.

Anônimo disse...

Em terra de cegos, quem tem um olho é rei!!!!
Acorda, Zé povo...
Parem de criticar, precisamos de gente boa e afins de trabalhar por esse esporte maravilhoso.

Anônimo disse...

A Iziane e a Sassa vai ser convocadas para o mundial?

Anônimo disse...

Parabéns Clarissa!!!

Gente enterrem a Iziane parem de falar nela, nunca fez nada na seleção e nem nunca fará parem de falar nela!

Anônimo disse...

Olha que sorriso bacana tem a Clarissa. É muito gente boa. Tem aura de gente fina. Que sorrisão.

Taí alguém que merece tudo que planta.

Anônimo disse...

Temos mais é que dar o parabéns a me
ninas, elas não tem apoio nenhum , aos trancos e barrancos estão conse
guindo alguma coisa.
E tem mais o esporte coletivo tem q
ter entrosamento e isso não se con-
segue da noite pro dia e sim depois
de muito treino se manter o mesmo ti
me, caso contrário vai ser sempre as
sim.
E outra coisa vamos dar um pouquinho mais de valor as novas a
tletas que com certeza se trabalharem bem elas poderão dar
bons frutos.