quarta-feira, 16 de julho de 2014

All-Star pela 3ª vez, Érika pede reconhecimento no Brasil e sonha com título mundial


Muita gente não sabe, mas uma das melhores pivôs do basquete mundial é brasileira. Aos 32 anos, Érika de Souza vive um momento único em sua carreira. Consolidada na WNBA, ela é uma das referências do Atlanta Dream, líder da Conferência Leste. A idolatria dos fãs pela pivô de 1,96m que a franquia protagonizou uma noite "à brasileira" no seu ginásio em uma partida que reuniu além de Érika, Nádia, também do Atlanta, contra o Minnesota Lynx, de Damiris.
Em entrevista ao ESPN.com.br, Érika comentou sua fase atual e falou sobre WNBA, Mundial de basquete feminino e sobre a falta de reconhecimento por aqui. A pivô tem médias de 15,2 pontos, 9,7 rebotes (3ª na WNBA), 1,2 roubos, 1,8 tocos (3ª na WNBA), e aproveitamento de 57% nos arremessos de quadra (4ª na WNBA).
A brasileira foi escolhida pelos técnicos para estar no All-Star Game da WNBA, que acontece neste final de semana com transmissão da ESPN+ e do WatchESPN às 16h30 (Brásilia) de sábado, pela terceira vez na carreira. Na votação dos fãs do time titular Érika ficou de fora.
Veja abaixo a entrevista:
Esse é o auge da sua carreira?
Acho que estou no melhor momento da minha vida. Tenho jogado bem nos últimos dois anos. Eu acho que é um dos melhores momentos da minha vida, minha fase aqui nos Estados Unidos. Eu vim trabalhando bastante pra conseguir um espaço, graças a Deus consegui um espaço, pude estar trazendo outras meninas para cá, no caso a Nádia que está aqui comigo. Estou muito feliz. E ser considerada uma das melhores pivôs do mundo é sinal que eu tenho trabalhado bem e está todo mundo vendo isso.
Passou dificuldades desde sua chegada aos EUA, em 2002, até chegar a este momento?
Bastante, viu. Quando eu cheguei tinha 19 anos, estou com 32 agora. Não sabia nada de inglês. A Iziane me ajudou muito em tradução. Hoje meu inglês não é perfeito, mas já consigo me virar, dar entrevista, já consigo conquistar os fãs já.

Érika sonha com título Mundial
Os torcedores te reconhecem aí na rua?
Érika sonha com título MundialSinto, sim. Na rua, no supermercado. Não sei se é porque veem alguém grande, tatuada, mas todo mundo me reconhece, todo mundo quer tirar foto. Meu Instagram tem muita gente. Twitter, Face...todo mundo me trata super bem no ginásio quando chamam meu nome, gritam. Quando eu vou para o banco pedem para eu entrar. Eu me sinto muito feliz aqui. Você estar fora de seu país, chegar de um jeito que você não sabia nada, não entendia nada, e hoje ter isso e ser uma das peças principais do time, eu fico muito feliz por isso.

E no Brasil?
No Brasil me conhecem, mas não como aqui. Ainda no Brasil falta um pouco de publicidade do mesmo jeito que tem aqui. Daqui um ano, dois ou três o basquete feminino do Brasil vai estar mais conhecido aí.
O que você acha que precisaria fazer para os brasileiros te conhecerem mais?
Eu acho que precisa de um pouco mais de divulgação. Do mesmo jeito que o futebol e os esportes masculinos são divulgados, o basquete feminino precisa de divulgação.
Como foi a 'Brazilian Night'?
Eu sempre me sinto em casa aqui. Jogo aqui há 8 anos. E ter uma noite brasileira é incrível. 'Amazing', como eles dizem. Ano passado teve também, mas conincidir com três brasileiras envolvidas no mesmo jogo. Ouvir música brasileira, ouvir o povo cantar, capoeira, samba. Eu me sinto bem.
Te frustra não ter sido selecionada direto para o All-Star Game?
Não me frustra. Pelo que vi, recebi bastante votos. Fico feliz pelo voto da spessoas na internet. Fico feliz pelas pessoas me reconhecerem. E o mais importante é eu estar lá. É a festa onde estão as melhores jogadoras do mundo. Então eu quero e pretendo estar lá, mesmo não sendo titular.
Já pensa no Mundial, que será em setembro?
Sempre converso com o (Luiz Augusto) Zanon - técnico da seleção -, ele me liga. Se eu tenho algumna dúvida eu mando e-mail para ele. Todo mundo sabe que sou apaixonada pela seleção brasileira, eu faço o que for para estar com a seleção. Não precisa se preocupar que eu estarei com a seleção na Turquia.
Qual o objetvo da seleção lá?
Nosso primeiro objetivo é sair em primeiro. Mas todo mundo sabe que vai ser difícil, uma seleção nova, que está sendo preparada para 2016. Espero que como a meninada é jovem tenha mais força de vontade que as outras seleções. Elas não têm muita experiência, mas vou estar ajudando no que for necessário, no possível e impossível. Se não conseguirmos um primeiro lugar, tenho certeza que vamos conseguir um segundo ou terceiro.
Por ser pivô, querida pelos fãs e carismática, você diria que é parecida com Varejão de certa forma?
Eu tenho um carinho muito especial pelo Varejão. Ser comparada com o Varejão eu me sinto feliz, privilegiada. Admiro muito o trabalho dele. Eu acho legal. Ele é meio doidão em quadra, tem aquele estilo doido brasileiro dele. E eu também tenho umas coisas aqui. É bom sentir que a torcida tem um carinho especial por você.
Fonte: http://espn.uol.com.br/


3 comentários:

Anônimo disse...

será que o povo tem noção....ÚNICA NÃO AMERICANA NO JOGO DAS ESTRELAS DA WNBA........

Anônimo disse...

Parabéns Erika, fico sonhando 20 anos atrás Paula, Hortência, Janeth, Alessandra, Erika, Marta, Leila, Helen, Nádia,Tuiú, (caso Karina Rodrigues e a norte americana Adrianne Goodson se naturalizassem) imagine que timaço, além de campeãs mundias de 1994 seriam campeãs Olímpicas 1996, quem sabe ate bi-mundiais em 1998 na Alemanha e outro ouro ou prata em 2000 em Sidney.
Sonhar sempre é válido.]

Parabéns Erika !!!!!

Anônimo disse...

temos sim o problema e que aqui no Brasil ela NÃO JOGA NADA, ESTÁ DE FRED