terça-feira, 29 de abril de 2014

Hortência fala sobre a LBF, Seleção Feminina, MMA e Luciano do Valle


Um dos maiores ícones do esporte brasileiro, Hortência Marcari até hoje é fonte de inspiração para jovens jogadoras de basquete e atletas de outras modalidades. Dona de um currículo recheado de conquistas tais como a medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta-96 e medalhas em Jogos Pan-Americanos (bronze em 1983, prata em 1987 e ouro em 1991), entre outros, ela agora é uma das dirigentes da Liga de Basquete Feminino (LBF).

Em entrevista ao Jovem Pan Online, Hortência falou sobre a LBF, sobre Seleção Brasileira feminina, sobre MMA e sobre a morte de Luciano do Valle.

Para Hortência, o ilustra narrador teve um valor inestimável para o esporte brasileiro. “O esporte, naquela época, era considerado amador, marrom. Ele foi fantástico, ele se apaixonou pelo esporte em geral e nos deu uma força muito grande. Essas rivalidades entre uma equipe e outro, entre Paula e Hortência, o próprio vôlei, ele colocou na televisão sinuca, ele fez Maguila. Ele tinha uma força muito grande e uma emoção nas transmissões que era fundamental para que o povo brasileiro ficasse preso na TV. Ele fez uma escola de narradores, as pessoas se espelhavam nele. Prestei a minha homenagem no velório e foi uma perda muito triste”, disse.

A ex-jogadora também falou sobre a evolução da Liga de Basquete Feminino e projetou voos maiores para a liga nacional feminina.

“Teve muitas mudanças já, a entrada de novos patrocinadores. A gente atraiu patrocinadores importantes que vão continuar com a gente porque gostaram do que nós entregamos. Você pode ajudar os clubes a participar, com uma melhor estrutura. A ideia é continuar crescendo e, em um futuro a médio e longo prazo, ser uma competição meio parecida com o que tem na WNBA. Essa é a intenção nossa”, frisou.

Em relação à Seleção Brasileira para atuar nas Olimpíadas, Hortência fez questão de deixar claro que não tem como avaliar coletivamente a equipe, mas sim que pode falar sobre o desempenho isolado das atletas.

“Você não forma uma equipe forte, principalmente para disputar uma Olimpíada dentro do seu país, em dois, três, quatro anos. Você tem que começar na base. Eu não estou acompanhando o planejamento deles, não vejo a Seleção Brasileira treinar, não vejo notícias sobre planejamento de treinamento de todas as seleções. Então não posso dizer com muita propriedade” falou. “O que eu posso dizer é como estão as jogadoras individualmente, porque todas participaram da Liga de Basquete Feminino. Temos alguns problemas, em algumas posições, principalmente na armação, porque a gente não sabe se a Adrianinha vai voltar a vestir a camisa da Seleção. E eu não vejo uma substituta a altura dela para as Olimpíadas. Tem a Érika, que está entre as cinco melhores pivôs do mundo, mas a gente não pode depender somente de uma jogadora. Estou um pouco preocupada, mas estou torcendo muito para que as meninas façam uma ótima Olimpíada e possam nos ajudar a fazer o basquete feminino voltar ao que sempre foi”, prosseguiu.

Por fim, Hortência celebrou a chance de participar do The Ultimate Fighter, reality show do UFC, e garantiu que começou a ver o MMA com outros olhos após sua participação.

“Eu não entendo nada de MMA e agora passei a entender um pouco depois que eu participei e tive essa experiência sensacional. Aprendi gostar de um esporte que eu desconhecia. Mas eu entendo de atleta, entendo do dia-a-dia, eu sei o que sente um atleta antes de uma luta, antes de uma competição, no momento que antecede e também depois de uma luta”, observou. “A minha entrada foi justamente para ajudar nisso, para eles terem um ponto de apoio na parte emocional. Aproveitei também que estava lá e treinei um pouquinho com eles e tentei entender um pouco mais dessa luta e enxergar de uma maneira diferente. Não é um esporte agressivo, apesar de parecer. Eu fiquei muito feliz, foi uma experiência gratificante. Mantenho contato com os meninos até hoje, a gente criou uma amizade muito forte e um respeito legal entre nós”, finalizou Hortência.

Fonte: Jovem Pan online

3 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado, a entrevista, na cabeça, não remete ao maior título do basquete feminino, o título mundial de 1994. Ficou como outros prêmios, lamentável! A falta de memória é dose.

Anônimo disse...

uma pena a hortência ter saído da cbb, ela ama o basquete de verdade, pode até ter errado, mas mesmo assim não deveria ter saído...

Anônimo disse...

Na CBB,quem é competente não fica,