segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Má gestão de confederações acende alerta do governo rumo à Rio-2016


Basquete, ginástica, boxe e canoagem. O governo federal considera que o Brasil tem chance de obter medalhas nessas quatro modalidades durante a Olimpíada de 2016. Problemas administrativos nas confederações brasileiras desses esportes, entretanto, podem comprometer os resultados. Por isso, um sinal de alerta já foi ligado no Ministério do Esporte.

O órgão, encarregado de tocar o plano estatal de apoio a atletas visando à Olimpíada do Rio de Janeiro, identificou falhas na gestão das quatro confederações. Por isso, faltando menos de três anos para os Jogos de 2016, intensificou o contato com as entidades para tentar viabilizar soluções e reduzir qualquer repercussão dos problemas no desempenho dos atletas.

Quem lidera esse trabalho é o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser. Foi ele quem revelou ao UOL Esporte a preocupação do ministério com a gestão das confederações e com os possíveis impactos no resultado dos esportistas. E não é por menos: tanto o ministério quanto o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) esperam que o Brasil termine a Olimpíada entre os dez países mais medalhas.

"Nossa meta é ambiciosa e estamos no caminho certo, mas há alertas", afirmou. "Em algumas confederações, a gestão nos preocupa. Não temos qualquer crítica contra um ou outro presidente, mas há problemas que precisam ser resolvidos."

Os problemas de gestão variam de acordo com confederação (veja detalhes abaixo). Na CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e da CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem), a questão é financeira. Ambas as confederações têm dívidas pendentes, o que acaba dificultando até o repasse de recursos públicos para as entidades.

Já no caso da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), o problema é a falta de pessoal. O ministério considera que a entidade não tem uma equipe administrativa suficiente para lidar com toda a burocracia que envolve a gestão esportiva. Por isso, investimentos acabam não saindo, o que tende a prejudicar os atletas.

Por fim, vem a dificuldade na "gestão de talentos" da CBBoxe (Confederação Brasileira de Boxe). Atletas da entidade garantiram três medalhas para o Brasil em Londres-2012. Os três medalhistas, porém, estão hoje fora da seleção nacional de boxe: dois de profissionalizaram e uma foi cortada. Sem eles, a esperança por conquistas em 2016 diminui.

Leyser disse que todos os problemas identificados estão próximos de uma solução. Ratificou, porém, que todas as confederações esportivas continuarão sendo monitoradas pelo governo rumo à Olimpíada de 2016.

REDUÇÃO DE PATROCÍNIO REDUZ RECURSOS E CRIA DÍVIDA NA CBB


A Eletrobras reduziu de R$ 13 milhões para R$ 4 milhões anuais o patrocínio que dava à CBB. Com menos recursos, a entidade não conseguiu arcar com seus compromissos e acabou sendo processada por um banco por falta de pagamento de um empréstimo. Também por falta de recursos, a entidade não pôde pagar os seguros para contar com os atletas que jogam na NBA no Sul-Americano masculino. Resultado: perdeu a vaga para o Mundial. Tudo isso, preocupou o governo, que intensificou contato com a confederação para auxiliá-la a preparar suas equipes para a Rio-2016. A CBB informou que está a procura de novos parceiros. Entretanto, ratificou que o calendário para preparação das seleções está garantido, já adequado à nova realidade financeira da entidade.

Fonte: UOL Esporte

6 comentários:

Ainnem Agon disse...

O cara vem me falar que o problema da CBB é A DÍVIDA? A DÍVIDA?? INCRÍVEL! Ela veio sozinha, surgiu sozinha para assolar essa confederação. Coitadinhos dos seus dirigentes que foram atacados por esse mal súbito chamado DÍVIDA! Não têm culpa nenhuma...

Anônimo disse...

Pode até ser má gestão da CBB, mas 4 milhões por ano para o basquete é brincadeira de muito mau gosto, enquanto isso a CAIXA patrocina uma infinidade de clubes de futebol - pelo que li só pro palmeiras o contrato é de 30 milhões ano - soma-se os outros clubes e imaginem quanto dinheiro público está sendo investido em clubes que na maioria estão em divida com o próprio governo - resultado é aquilo que vimos no jogo do vasco x atlético - bando de marginais financiados pelos próprios clubes com o dinheiro da CAIXA

Anônimo disse...

Vergonha, vergonha, vergonha....
Onde estão os recursos para massificação do basquete, que triste!!!!!!!!!!
Onde foi investido os recursos, onde está a prestação de contas.

Anônimo disse...

Anônimo da 00:25,

A Caixa Econômica Federal (que patrocinava a seleção de basquete em 1994 quando fomos campeões do mundo) está próxima de fechar patrocínio ao Palmeiras no valor de 30 milhões de reais, mesmo valor que patrocina atualmente o Corinthians, Flamengo leva 25 milhões e Vasco 15 milhões. Total = R$ 100 milhões. Isso só patrocínio master, pois a Caixa patrocina também Vitória, Coritiba, Atlético-PR, Atlético-GO, Avaí, Figueirense, Chapecoense e ASA com valores menores.

http://www.espn.com.br/noticia/368200_jornal-braco-direito-de-lula-e-dilma-ajuda-e-caixa-fica-perto-de-patrocinar-palmeiras

Anônimo disse...

Engraçado, não tem dinheiro e convoca uma seleção masculina sub 19 no final do ano para treinar para uma competição que ninguém sabe qual é pois no calendário da CBB não tem nenhuma competição sub 19 em 2014.
Para o masculino que nem se classificou para o mundial sempre tem dinheiro.

Anônimo disse...

A Caixa Econômica não prioriza resultados mas sim gestão financeira. Como patrocinar um esporte que nunca fecha o balanço e nem presta contas??? o basquete tem que ser melhor administrado para depois exigir verbas.Ainda bem que o Ministério dos Esportes não pune os atletas e tenta minimizar o problema de seus dirigentes. Sempre quem perde são os atletas.