quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Após se firmar na seleção, Damiris se prepara para jogar na WNBA

Damiris basquete Brasil x Austrália (Foto: AFP)
Quem acompanha a seleção brasileira de basquete nem imagina que a pivô Damiris Dantas possui apenas três anos de quadras profissionais em seu currículo. Ela tem 21 anos, que caminham juntos com seus 1,92m de altura e prêmios de prestígio na modalidade, como o de melhor atleta do Mundial sub-19 de 2011 e do Sul-Americano de 2013. Feitos como esses contribuem para que a jogadora permaneça apaixonada pelos garrafões e pela bola laranja.
Nascida em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, Damiris já acumula conquistas pela seleção, entre elas o vice-campeonato da Copa América sub-18, nos Estados Unidos, o terceiro lugar no Mundial sub-19, no Chile, o título da Copa América (adulto) e outro terceiro lugar no Pan-Americano de Guadalajara, também jogando pelo time adulto.
O começo
A relação da pivô com o basquete começou na escola pública em que estudava, sob incentivo da professora Telma, que foi a responsável por incluí-la no esporte. A atleta conta que o fato de ser bastante alta chamava a atenção, principalmente na sala de aula, e que, antes disso, não praticava esporte algum. Nessa época tinha 13 anos e cursava a sexta série do ensino fundamental.
- Eu não imaginava que fosse ir tão longe, chegar à seleção brasileira. Eu sempre falo que as coisas foram acontecendo muito rápido pra mim. Não sabia nada de basquete na escola, comecei a treinar bastante e a me dedicar. Com isso os resultados foram surgindo. Fui ganhando prêmios, me destacando e as coisas vieram naturalmente – contou.
Damiris começou a jogar profissionalmente aos 18 anos, quando saiu de casa e foi defender o clube de Janeth Arcain, em Santo André. Mas ela não sabia que esse seria o salto principal para seu desenvolvimento no esporte.
Depois disso, ela fez boas temporadas no Jundiaí, antes de seguir para a Espanha, para o Celta de Vigo Baloncesto, Ourinhos e Maranhão, até chegar ao Americana, equipe que defende atualmente e conquistou o título Paulista no mês de novembro.
Draft
A ferrazense foi draftada em abril do ano passado pelo Minnesota Lynx, atual campeão da WNBA (liga norte-americana feminina). O objetivo da pivô é se transferir para o novo time após disputar a Liga de Basquete (campeonato nacional) pelo o Americana, até abril de 2014.
- Vou jogar a Liga aqui e quando terminar vou para WNBA, mas depende dos jogos, porque ainda não saiu a tabela. Meu contrato lá fora vai terminar no começo de 2016, dando certinho para as Olimpíadas. Vamos ver o que vai dar até lá. Eu tive uma experiência no exterior quando joguei na Espanha. Embora tenha sido por uma temporada, eu evoluí muito e foi fantástico para o meu basquete. Mas a WNBA é a melhor liga do mundo. Bate o frio na barriga, claro. Mas o legal é que tenho o apoio da minha familia - contou ela.
Atualmente, o Brasil conta com duas representantes na WNBA: Érika de Souza, do Atlanta Dream, e Iziane Marques, do Connecticut Sun. Damiris foi selecionada pelo Lynx na última escolha da primeira rodada do draft de 2012. A equipe foi fundada em 1999 e manda jogos no Target Center, que é mesma casa do Minnesota Timberwolves, da NBA.
- O Linx é um time bom, que eu vou ter que ralar muito para poder ter meu espaço. Mas isso vai ser bom porque vou evoluir mais ainda, principalmente nos treinamentos. Treinar com a galera e com os técnicos de lá vai fazer com que eu cresça muito - ressaltou.
Em casa
Quando não está viajando com suas parceiras de treino, seja pela seleção brasileira ou pelo Americana, Damiris vai ao encontro dos familiares em Ferraz de Vasconcelos. É lá que ela reencontra seus entes queridos, como as irmãs inseparáveis, a avó, os tios e os primos.
- Ferraz é o meu cantinho de quando estou de folga. É lá que eu nasci e que a grande maioria da minha família, de pai e mãe, mora. Minhas irmãs também - disse.
A atleta relembra da época que começou a praticar esportes. Ela conta que não bastava as crianças da escola quererem ser esportistas, ou do estímulo do professor, mas que a estrutura oferecida pela cidade não era completa.
- O esporte lá (em Ferraz) é bem pobre. Falta investimento e muita coisa. Eu lembro que dentro do ginásio tinha treino de tênis e de basquete, só que o tênis era três vezes por semana e, todas as vezes que eu ia jogar, não tinha aula. Acho que, de todas as vezes que fui, consegui fazer um único treino. Na escola, os professores incentivavam muito, mas faltava incentivo também da prefeitura. Não adianta a criança querer treinar e não ter bola, por exemplo - frizou.
Futuro
Não é por sorte que Damiris se firmou na seleção brasileira. Olhando para trás, a jogadora reconhece que tudo o que conquistou no basquete se deu através de muito esforço, dedicação e apoio.
- É tudo gratificante e fruto de muito treino e trabalho. Principalmente porque tive técnicos que pegaram muito no meu pé e me ajudavam (Vitor e Luizão). Falavam para eu fazer 50 vezes tal exercício e eu fazia 100. O técnico da seleção me dá muita liberdade, me passa confiança. Gosto muito dele. Evoluí mesmo. Para 2014, espero continuar defendendo meu país, que é o que eu mais adoro, e ser bem sucedida no basquete, que eu amo - concluiu a pivô.
Fonte: Globoesporte.com

6 comentários:

Anônimo disse...

Não sou pessimista.Sou muito realista.Duvido que a
Damiris consiga jogar na WNBA.Se ela conseguir,para
mim serauma surpresa.Torço para que consiga e quero
queimar a língua mas,continuo duvidando.

Anônimo disse...

torço muito pela damiris....tem um bom jogo mas lhe falta força....as vezes parece meio molengona....mas tem futuro sim no atual nível do basquete feminino inclusive wnba

Anônimo disse...

Foco em Americana primeiro

primeiro vc vira TITULAR em Americana, capacidade você tem, depois pense em ir pra WNBA

Anônimo disse...

Realmente se a Damiris tem dificuldades de ganhar espaço em Americana para se firmar como titular e se destacar na fraca LBF, não adianta achar que ela vai conseguir espaço no campeão da WNBA, porque não vai.

Aos 21 anos, ela é jovem ainda. Se fizer um bom Campeonato Mundial em 2014 chegaria com mais moral e mais confiança em 2015 na WNBA.

Anônimo disse...

Damiris na WNBA? Pode ficar por aqui mesmo para
não correr risco de ser dispensada.

Anônimo disse...

Nova e tem muito que aprender, encheram muito a bola dessa garota.
Tomara que ela entenda o basquete e treino americano, para deixar de dormir em quadra.
Se entender, com certeza será bom para a seleção brasileira.