domingo, 29 de setembro de 2013

Brasil conquista vaga para Mundial, mas falha em confirmar evolução na Copa América

Campeonato FIBA Américas 2013 Femenino
Xalapa, México
Brasil vs. Puerto Rico
Partido medalla de bronze
Foto: Samuel Vélez

No mês passado, escrevi um texto analisando os primeiros movimentos de Zanon no comando da seleção feminina (Os tortuosos caminhos de Zanon no início de mais um ciclo olímpico para o basquete feminino). Encerrada a Copa América, vi que a análise do resultado seria uma sequencia natural desse primeiro.

A seleção começou a competição muito bem. Contra adversários fracos, é verdade: Porto Rico e República Dominicana, mas chamava a atenção. A defesa estava sufocante e o ataque bem mais organizado. Chuca e Karla estavam no banco e eram chamadas alternadas, como apoio às novatas, mesma função de Adrianinha. O time cambaleante do Sul-Americano parecia ter encontrado um caminho e os otimistas achavam que Zanon havia resgatado o auto-estima daquelas meninas.

O jogo contra a Argentina seria evidentemente o momento de a seleção confirmar essa evolução. Por dois ou três minutos, o time esteve bem. Até que se viu refém das técnicas de intimidação das argentinas, se assustou com tudo e não sabia o que fazer com a bola. Igualmente assustado estava Zanon, que pediu socorro à Karla e Chuca de uma vez só.

Na minha opinião, esse terceiro jogo foi muito frustrante e revelava ali todas as nossas fraquezas. Era como se Zanon tivesse coberto a seleção com uma peruca, que caiu frente à primeira adversidade do caminho: a cara feia das argentinas. Estava ali a careca exposta: Gisela Vega dançando no garrafão, os erros de fundamentos, a festa dos 3 pontos,  o descontrole psicológico, a falta de inteligência emocional e a dificuldade de incluir as pivôs nos movimentos de ataque.

Depois de um refresco contra o México, era evidente que a semifinal contra Cuba seria dura. Se a Argentina já havia assustado, o que esperar do jogo físico das cubanas? Ainda mais contra muitas daquelas meninas nunca haviam enfrentado Cuba na vida! Não deu outra. O Brasil foi a presa perfeita das cubanas no segundo quarto. Nada funcionou.

No sábado a vitória contra o mesmo Porto Rico foi mais difícil e encerrou a competição com aquela sensação de dever cumprido (classificação para o Mundial), mas de preocupação e incerteza quanto ao futuro.

A pergunta que fiz há pouco mais de um mês, repito agora: “Quais os limites naturais desse grupo?”. Mesmo num momento em que o nível técnico do basquete feminino mundial anda sofrível, nossa situação é (bem) delicada. Acho que para o Mundial nossas ambições devem ser modestas: jogar bem dentro das possibilidades das jogadoras que temos, o suficiente para ganhar Campeonato FIBA Américas 2013 Femenino
Xalapa, México
Brasil vs. Puerto Rico
Partido medalla de bronze
Foto: Samuel Vélez de uma Cuba ou Canadá, de um Japão ou Angola e tentar endurecerer um jogo contra as européias e voltar às quartas-de-final.

Vou encerrar meu texto com um comentário sobre as atuações individuais nessa Copa.

Adrianinha deu mostras de que ainda é útil à seleção nesse momento. Está vários degraus acima de qualquer armadora em ação no país, apesar de às vezes sofrer as mesmas panes das demais (29 assistências para 19 erros). Foi peça fundamental na conquista da vaga.

A reserva Débora segue a trajetória para se firmar como armadora titular no futuro. É inteligente, tem personalidade e evoluiu muito nesses meses aprendendo a conter sua afobação juvenil. Chutou pouco da linhas dos três (9x), mas teve o melhor aproveitamento do grupo (55%).

Em situação menos favorável vem a garota Tainá, que ainda tem problemas sérios de fundamentos e compreensão do jogo. A impressão é que ela está fazendo um intensivão na seleção de resultados incertos.

Nas laterais, a boa notícia é Tatiane. Boa defensora, ela esteve bem na Copa América e mostrou evolução na concentração. Precisa jogar e ganhar mais confiança. Devemos lembrar que até a últimCampeonato FIBA Américas 2013 Femenino
Xalapa, México
Brasil vs. Puerto Rico
Partido medalla de bronze
Foto: Samuel Vélez a temporada, Tati era reserva no seu clube e apareceu um pouco mais só na fase final da LBF em função de uma lesão da titular (a cubana Ariadna). Agora é jogadora do Sport, que não tem compromissos oficiais no momento.

Embora Patrícia também tenha evoluído nesses meses, ela tem mais problemas a resolver que Tati. Ainda é uma defensora muito frágil e fisicamente não suporta o contato que o jogo exige atualmente.

Na reserva, Karla acabou me decepcionando. Acreditava que sob o comando de Zanon, suas intervenções poderiam ser mais serenas e benéficas para o grupo. Tão experiente como é, a ala deveria ter percebido que rende mais quando faz o grupo jogar (23 assistências) do que quando se entrega à tentação da chuva de três pontos (8 em 28 tentativas).

Não vou tecer comentários sobre Chuca, pois já os fiz à convocação. Agora só lamento que sua vaga não tenha sido ocupada por alguém cuja experiência de disputar uma Copa América pudesse fazer alguma diferença para o seu futuro.

A menina Joice jogou muito pouco e é no momento apenas um potencial em cima do qual precisa ser construída uma jogadora física e tecnicamente. Pelo menos por essa temporada, a vantagem é que terá a supervisão do assistente técnico da seleção (assim como Tainá e Paty).

Nas pivôs, a situação é um pouco mais delicada já que o grupo teve muita dificuldade de acionar essas jogadoras nos jogos que exigiram um mínimo de dificuldade.

Campeonato FIBA Américas 2013 Femenino
Xalapa, México
Brasil vs. Puerto Rico
Partido medalla de bronze
Foto: Samuel Vélez De qualquer maneira, Clarissa, que ganhou lugar na seleção do campeonato, saiu um pouco à frente. A pivô precisa, no entanto, aprender que nem tudo no basquete se resolve na força. Talvez por ter uma biografia incomum no basquete, Clarissa é muito confiante em quadra e às vezes parte para a cesta em situações absolutamente desfavoráveis. Às vezes seu talento prevalece. Mas na maior parte das vezes, dá a lógica. Nos últimos anos pelas mãos de Zanon, a moça ganhou mais mobilidade e às vezes aí também ela se perde, querendo comandar contra-ataques e realizar infiltrações que resultam em perda de bola.

Do seu lado Damiris fez uma boa Copa América, mas principalmente no ataque trabalhou em condições terríveis. Seu arremesso de média distância, que fez sucesso no Sul-Americano, aqui não pode aparecer no meio do sistema de ataque parado e sonolento da seleção.

Na reserva, Nádia teve alguns bons momentos na competição (graças a boa estatura), mas é uma jogadora que ainda está em busca da afirmação. Daqui de longe, a impressão que me passa é que Nádia ainda não digeriu suas mudanças corporais na transição para o adulto. No juvenil, a pivô era extremamente leve e ágil. O projeto concebido para ela foi de que ganhasse força, mas me parece que a pivô ainda não se acostumou com isso e lida mal com o dueto agilidade x força. Além disso, já acumula três contusões recentes: uma em 2009, que abortou sua ida para a Europa, outra em 2010 (que a tirou do Mundial) e a última no final da temporada passada. Acho que um trabalho mais específico poderia reabilitá-la, mas temo como será seu aproveitamento no Sport com a chegada de Érika.

Os problemas de agilidade também rondam a pouco utilizada Fabiana Caetano, que  terá uma temporada decisiva em São José, que (aqui vale o registro) foi o clube que conseguiu colocar Patrícia e Tatiane onde elas estão hoje. Esperamos que faça o mesmo nessa temporada com Fabiana e Ramona.

Por fim, acho que Zanon é um bom treinador, mas que precisa sentar e assistir o que seu time (nã0) produziu nos jogos contra Argentina, Cuba e Porto Rico e avaliar seu trabalho. Acho que ele cometeu algumas opções equivocadas. Talvez o maior exemplo tenha sido insistir em Tainá como sua opção número 2 no torneio e mudado de ideia  na partida decisiva. O que ele queria com Chuca? Apenas três pivôs disponíveis não é muito pouco?  Acho que ele (a exemplo de suas atletas) precisa se aprimorar, conhecer mais o basquete feminino fora daqui, porque caiu nas armadilhas de Santander e Zabala na Copa América, mas agora se credenciou a enfrentar nomes como Maher e Auriemma no Mundial da Turquia.

25 comentários:

Felipe disse...

Perfeita análise. O time parece trocar passes burocraticamente e o pior, com uma certa dificuldade. O ataque não passa a impressão de ter um objetivo em mente, parece que a intenção é apenas fazer passar os 24 segundos de posse de bola. A defesa em geral é boa, mas sofre apagões que, se preocupam contra Argentina, Porto Rico e Cuba serão mortais contra as seleções europeias (sem falar de Austrália e Estados Unidos). A questão é: quanto tempo vai demorar para o Zanon aprender o que é e como joga-se basquete internacionalmente? O basquete feminino insiste em investir em treinadores que não estão prontos para o nível mundial. A seleção feminina vive de esperar que seu treinador atinja esse nível. Será que nunca vamos contratar um profissional já qualificado para o cargo?

Anônimo disse...

O Zanon caiu nas armadilhas do Roberto Dornellas na LBF, só isso já demonstra o quanto ele precisa se aprimorar.

Bruna disse...

Sinceramente eu gostaria que fosse diferente. Gostaria que Karla e Patrícia assumissem a posição (o que não aconteceu) e não fosse necessária fazer tal pergunta: Fale a pena Zanon convocar Iziane para o Mundial de 2014? O que você acha, Bert?

Anônimo disse...

Tenho acompanhado o desempenho da Ramona em São José. Ela entra joga 10 minutos e consegue ser mais efetiva que as veteranas que jogam 30 minutos. Deveria ter mais tempo de quadra, pelo menos 20 minutos por jogo. Assim fica difícil uma atleta jovem evoluir no Brasil. Acorda treinador!!!!

Ainnem Agon disse...

Belo post, bela análise, 5 estralas...

Anônimo disse...


OBSERVADOR
Perfeita analise Bert,iniciou corretamente quando diz que o nível do basquete feminino em nível mundial esta sofrível,a partir da Olimpiada de 2008,que o nosso tão badalado Bassul,se perdeu na direção e condução do grupo,e que poderíamos ter chegado até em uma semifinal,vimos o basquete feminino entrar em declínio total,com exceção da USA,que continua imbatível.Em relação ao nosso Brasil,teve dificuldades sérias para ganhar ou perdeu para adversários razoáveis e só.Analise das jogadoras,quase que perfeita,Tatiane é o grande nome desta geração,acho que a Joyce Coelho poderia ser outra aposta,mas,o Zanon não utilizou.A Débora não me convence ainda,pouca assistência(contra os ruins não vale),Nadia,nunca fez a diferença nem na base,mas ainda é uma aposta.Damires mais oba-oba,e marketing do que jogo mesmo.Não joga de 5 e de 4 ainda não tem um arremesso consistente como também deficiência de passe.Mas,são estas as que temos,portanto vamos prestigiar,valorizar,e ter criticas com critérios.

Anônimo disse...

Ótima análise, agora Bert, e a Ramona,não mereceria estar nessa seleção?

Anônimo disse...

http://www.lanceactivo.com.br/SC/2013/09/29/tecnico-comemora-evolucao-do-basquete-feminino-e-meta-alcancada-com-mundial/

Fabio Martins disse...

Otimo comentario, como sempre Bert! Concordo com voce e tambem com alguns comentarios, principalmente em relacao a Isabela Ramona....o Brasil tera que pagar com muita derrota este periodo de renovacao, e nao sei se vale a pena ter 2 jogadoras experientes em cada posicao. Tambem, gostaria de ver o Zanon e a CBB fazerem, como faz o voleibol...convocar mais atletas e muitas jovens- pode ser que nao tenham condicoes de atuar ja na selecao, mas daqui a 2-4 anos quem sabe; convocar uma selecao B; e por ultimo, padronizar os treinamentos de todas as categorias, fazendo que desde a sub-15 ate a selecao adulta treinem no mesmo local.
E pelo que eu li, ha alguem pedindo IZIANE- por favor, cometer erro uma vez e humano mas mais que 2 vezes e bobagem.Deixa ela feliz na WNBA e no Maranhao....! E obrigado por apagar "aquele post" de Sabado.

Anônimo disse...

Clarissa entrou para o time do torneio ao lado da Vega.
Tatiane foi grande revelação e o nome destaque dessa seleção, tomara que se basquete evolua cada vez mais.

Bert disse...

OLÁ, Bruna!

Acho que não vale mais a pena insistir de Iziane. O que não faltaram a ela foram oportunidades. Acho que não tem mais sentido.

Anônimo disse...

Pessoal,parem de falar na Ramona.Ela nunca vai chegar
a ser essa jogadora que falam tanto.É pura mídia.O seu
potencial é limitado.Temos outras meninas que terão
evolução muito maior que a Ramona.Leticia de Ourinhos,
Sassa e Bianca de Santo André,Vitória de São José.etc.
Algumas são mais novas mas com mais potencial.
Vamos ter que pagar o preço da renovação mas quando
Juntarmos o grupo com mais a Clarissa,Tatiane que sera
sem duvida o grande destaque dessa nova geração,
teremos uma seleleção a altura das nossas tradições.
Pasciencia é a palavra chave.Nesse momento não
podemos cobrar o que não temos.

Anônimo disse...

Pela primeira vez na história ficamos de fora de uma decisão. Fomos campeões pela primeira vez em 1997, terceira edição, quando Paula, a Magic, teve uma das atuações mais extraordinárias que uma atleta pôde ter pela seleção. Em 1989, na primeira edição, fizemos partidas memoráveis, apesar da derrota na final para poderosíssima Cuba de Borrel, Regla, Milayda e Dália. Na preliminar o Brasil ganhou de Cuba fazendo mais de 120 pontos, e Marta fez sua melhor partida da vida pela seleção brasileira, marcando mais de 40 pts. Neste torneio, Vendramine usou uma formação das titulares que tinha Branca, na armação e Paula e Hortência nas laterais (um colírio para os nossos olhos). Branca teve atuações fantásticas e foi um grande pilar dessa seleção. Em 93, destaque para a vitória, também na preliminar, sobre os EUA. Paula e Hortência fizeram um jogo que só elas sabiam fazer. Uma reação no segundo tempo, com direito a prorrogação, onde Hortência teve que armar o time porque Paula foi eliminada com faltas. Em 2001, um show de Helen, quando ganhamos de Cuba na final, com 36 pontos da Filha do Sr. Nelson Luz.
Essa é um pouco da história....
Quem quiser que nos façam outras!!

Renato

Anônimo disse...

A Tatiane se firmando como titular da seleção aos 22 anos, nós dá esperanças para as próximas Olímpiadas, pois em 2016 Isabela Ramona, Sassá, Maria Carolina, Alana Arias, Maria Claudia, Carolina Ribeiro e Estela terão essa idade. Izabela Sangalli, Raphaella e a Carla terão apenas um ano a menos.

E mais: as meninas de 1996 (Tainá, Caroline, Thayná, Vitória, Monique, Gabriela, Kananda e Bianca) terão a idade da Damiris (20 anos) que já está na seleção adulta a três anos.

Se essas meninas jogarem pela seleção adulta e por seus clubes mais e antes do que a Tatiane jogou por exemplo, as chances de termos uma nova geração dominante nas próximas Olimpíadas é real.

Material humano não falta, basta acreditar, trabalhar, testar, treinar, dar oportunidade, bagagem e experiência internacional.

Anônimo disse...

A geração que participou do Mundial Juvenil de 2009 ficou num decepcionante nono lugar, sem nenhum grande destaque individual (e nem coletivo). Com certeza muitos diziam que não valia a pena investir nessa geração, que não sairia dali boas atletas, etc. Sempre aparecem pessoas para fazer críticas destrutivas e previsões do futuro tão fundamentadas quanto as da Mãe Dinah . Enfim, hoje temos seis meninas daquele time na seleção adulta (Tatiane, Patrícia, Tainá, Débora, Fabiana e Damiris). No Mundial de 2011 ficamos em terceiro lugar, com destaques para Damiris (MVP), Tássia, Joice, Cacá, Mariana, Sassá e Ramona. Agora em 2013 ficamos num bom sexto lugar com destaques para Ramona (cestinha da competição), Sassá, Maria Carolina, Iza Sangalli, Maria Claudia e Alana. Claro que não faltarão pessoas para criticar negativamente e falar a mesma coisa que diziam em 2009, mas se de uma geração desacreditada e sem um bom resultado saíram seis atletas para uma seleção adulta, com certeza temos que acreditar e dar oportunidades para as meninas de 2011 e 2013. Renovação é o única caminho para o basquete feminino ressurgir das cinzas.

Fernando Arruda disse...

Parabens pelo comentário para o Anônimo da 14.35. O unico mal e que rapidamente voce colocou tudo que eu também colocaria.
Confio muito em seu comentário.

Fernando Arruda disse...

Parabens pelo comentário para o Anônimo da 14.35. O unico mal e que rapidamente voce colocou tudo que eu também colocaria.
Confio muito em seu comentário.

Anônimo disse...

A discussão fica mto em cima das atletas como se o grande problema tivesse sido elas. Não foi.

desde o sul-americano que é a mesma coisa, abuso de bolas de três. Isso não tem tanto a ver com as atletas, mas com a postura do Zanon que incentiva aquelas meninas a chutar loucamente de longe.

Ele que não trabalha o time pras bolas chegarem nas pivôs. Ele que nao trabalha para o time agredir a defesa e buscar arremesso de mais perto.

Basta ver o corta luz que ele arma com as pivos na cabeça do garrafão com a Patty cruzando a quadra lateralmente e chutar de três.

Fora a Tatiane esquecida na zona morta esperando alguem lembrar dela pra arremessar de longe.

Tenham paciência. Pra chutar loucamente de tres, que ele leve a Karla mesmo, que faz isso mto bem, é especialista nesse arremesso. Infelizmente só isso.

Bert, erro insistir em Iziane? Faça-me rir. Erika vai voltar e nao vai chutar.

Anônimo disse...

ótimo texto, só em relação à patrícia eu achei que ela foi bem sim, é solidária e não comete tantos erros, mas a tatiane arrasou né...

Ricardo disse...

Acho que as pessoas são muito duras com a Clarissa. Ninguém comentou que ela fez pela primeira vez a função de ala/pivô, nos momentos que a Nádia substituia a Damiris. Embora o time não estivesse bem organizado para jogar nem com pivôs e nem com alas/pivôs, ela tentou o posicionamento correto quando jogou de cinco. Tentou arremessos de meia distância e infiltrações quando jogou de quatro. Ela fez o que tinha que fazer, mas a bola não caiu, como de costume. Paciência. Na verdade não restou outra alternativa que não fosse forçar. Taticamente o time estava mal armado. Todos viram, por isso seria demais pedir que ela fosse perfeita de primeira fazendo uma nova função, em condições desfavoráveis. Aliás as bolas da Damiris, que faz essa função a mais tempo, também não caíram. Que seja realizado um trabalho específico para ajudar a Clarissa nessa mudança, tanto em Americana como na seleção, pois mesmo com ela não fazendo uma grande Copa América a menina teve 14 pontos e 8 rebotes e entrou no quinteto da competição. Tenho certeza que no Mundial ela e a Erika formarão uma das melhores duplas de garrafão do mundo.

Bert disse...

Boas lembranças, Renato!

Acho que uma coisa que fez a Copa perder o charme foi a ausência das americanas que não vieram mais após 1997.

Anônimo disse...

Acho que não é só o Zanon que precisa conhecer mais o basquete feminino. Voces também do blog precisam se atuallizar e conhecer as dificuldades que todas as equipes que aindam teimam em fazer esse basquete passam. Voces assistem treinos,sabem qto ganha um técnico na base, se essas equipes possuem uniformes decentes,se tem atendimento de fisioterapia,etc .Parem de viajar...e coloquem os pés no chão.

Anônimo disse...

Assiti todos os jogos e acredito que se não fosse as várias intervenções das chamadas atletas veterenas O BRASIL, não teria conseguido conquistar essa vaga para o mundial. O que vi também foi a insegurança do técnico ZANAN, pois quando colocava um time quadra que estava dando certo sem mais nem menos já mudava tudo novamente

Anônimo disse...

È até a Janete parou com suas equipes de competição. Deve ter percebido que fazer o social é mais fácil e ganha mais dinheiro né? Ela parou porque com a formaçaÕ?

Anônimo disse...

Iziane é uma jogadora habilidosa e veloz. Faria uma bela dupla de alas com a Tatiane. Mas, infelizmente, não tem equilíbrio emocional. E como já disseram aqui, teve chances até demais na seleção. Não aproveitou, portanto, convocá-la seria burrice.