quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Baiana disputa torneio com a Seleção Brasileira de basquete

Leandro Aragão e Ricardo Palmeira

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Uma dos maiores destaques da nova geração do basquete feminino brasileiro é soteropolitana e tem 1,80 m. No último Mundial Sub-19 disputado na Lituânia, no fim do mês de julho, Isabela Ramona foi cestinha do torneio com uma média de 18,2 pontos por jogo.

Na volta pra casa, ao invés de se apresentar ao seu novo clube São José, a garota, de apenas 19 anos, foi direto integrar o grupo da seleção adulta. Com isso, tornou-se a segunda baiana na história a alcançar o feito.

Sob o comando do técnico Luis Augusto Zanon, a ala disputou os jogos do Torneio Internacional de São Carlos no último fim de semana em São Carlos, interior de São Paulo.

O Brasil venceu as seleções de Porto Rico e da Argentina, mas ficou com a segunda colocação, perdendo a final para o Canadá. "Aproveitei ao máximo a oportunidade e dei o meu melhor", disse Isabela.

Na última segunda-feira, Zanon convocou as jogadoras que vão disputar a Copa América. Mas na lista não constou o nome de Isabela.

"Dessa vez só convocaram as mais velhas", explicou. Mas ela avisa que seu objetivo agora é continuar treinando para se firmar na seleção e disputar as Olimpíadas do Rio em 2016.

Passos iniciais - Os primeiros arremessos de Isabela aconteceram na quadra do clube ASBAC, na Pituba, aos 11 anos, por pura diversão. Mas a grande virada para se tornar jogadora profissional aconteceu em 2006, quando ela e a mãe se mudaram para o Rio de Janeiro. Lá, a baiana entrou para o time do Fluminense e se tornou federada para disputar os campeonatos.

A rotina de treinos e jogos empolgou a garota. Em 2009, o Fluminense extinguiu o time e as jogadoras foram transferidas para a equipe da Mangueira. O novo time sacramentou de vez o desejo de Isabela de se tornar profissional. Aos 16 anos, começou a treinar entre as adultas e disputou a Liga de Basquete Feminina. Em 2011, ela trocou o Rio por São Paulo, e a Mangueira pelo Jundiaí.

A baiana chega no time do São José, do técnico Carlos Lima, como  um dos reforços para disputar o Campeonato Paulista Sub-19, que ainda não teve a data de início divulgada pela Federação Paulista.

Sair da Bahia foi fundamental para o sucesso de Isabela - Treinador de Isabela em Salvador, Gildásio Campos, quando soube da mudança da menina para o Rio de Janeiro, aprovou. Para ele, aquela era a única chance de o Brasil revelar outro grande talento no esporte.

"Falei para a mãe dela do potencial de Isabela e que, se ela quisesse futuro no esporte, teria mesmo que mudar. Na Bahia, faltava estrutura para revelar atletas de basquete", lembra.

Da declaração, veio a constatação:  não é a toa ser tão raro haver baianos na seleção. E o pior: é inviável que alguém  chegue lá morando no Estado. Os últimos baianos convocados, Israel (anos 80), Mingão (anos 90) e Rato (anos 90), deixaram a Bahia ainda na infância.

"É todo um contexto no qual a Bahia  está atrasada, até se comparada a outros estados do Nordeste. O Ceará tem  equipe na NBB. Na Bahia, não há interesse. Jogamos com ginásios sem pisos apropriados  e até sem demarcação. Sequer temos calendário de jogos. Assim como Isabela, temos perdido outras revelações. Hoje, no Rio, estão o Leonardo (na seleção carioca sub-17) e o Matheus, de 15 anos, um grande atleta em formação", disse.

Fonte: A Tarde

5 comentários:

Anônimo disse...

Algumas imagens de Brasil X Porto Rico:

http://www.youtube.com/watch?v=W9RgELSbUHs

Anônimo disse...

Belas do Esporte (Band) com a Cris:

http://www.youtube.com/watch?v=MFGEmQMWvRA

Anônimo disse...

Vídeos da FIBA do Mundial sub-19:

Vanessa Gonçalves - melhores jogadas:

http://www.youtube.com/watch?v=lUXZy7F8We0

Sandra disse...

E uma grande perda de tempo a Bahia nao te acordado em pensar valorizar o esporte.
Pois na terra temos muito Potencial humano, tanto masculino e como feminino,
E temos nosso profesor Gildasio que pode formar bem esses profissionais.
Acorda Bahia ainda ha tempo


Henrique Baptista Silva disse...

É uma ótima notícia saber sobre um talento vindo fora do sudeste. Mas,acho uma pena precisar sair de onde veio para ganhar notoriedade. Mas que pelo menos,esses exemplos sirvam de referência para todo o Brasil e orgulho para seu lugar de origem,em prol de um basquete melhor difundido no nosso país. Ter opções semelhantes fora de um mesmo polo sempre,melhora qualidade,descentralizando esses talentos para o bem da nossa seleção.