domingo, 2 de junho de 2013

Magic Paula acha que Seleção precisa “apanhar” para voltar ao topo (Gazeta Esportiva)

t_87690_paula-e-a-jogadora-com-maior-numero-de-jogos-disputados-com-a-camisa-da-selecao-brasileiraBruno Bataglin e Lucas Mariano

Mais novo nome no Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (FIBA), Paula Gonçalves, a Magic Paula, se junta a importantes personalidades do basquete brasileiro como Hortência, Amaury Passos, Ubiratan Pereira e Oscar Schmidt. Com a experiência de ter participado de uma das gerações vencedoras do País, ela enxerga o futuro do esporte no Brasil com otimismo, mas cita que é preciso “apanhar” o quanto antes para chegar forte nos próximos anos.

“Eu torço pelo basquete feminino. Estou fora desse meio, mas de fora eu fico torcendo e acho que tem que ter gente que acredite, confie e faça um bom trabalho. E acho que o Zanon já entrou com coragem, levando uma seleção de jogadoras novas para ir ‘apanhar’ mesmo. É isso, vai apanhar bastante agora. Nós apanhamos durante 15 anos e só depois que nós começamos a conquistar títulos”, analisou a ex-jogadora em entrevista à Gazeta Esportiva. Net.

Magic Paula abandonou as quadras em 2000, depois de 28 anos de carreira. Entre suas principais conquistas estão o título do Campeonato Mundial, em 1994, e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Para ela, até mesmo os últimos confrontos da Seleção não devem ser levados em conta e a verdadeira preocupação deve ser o planejamento para o futuro. Na última atuação da equipe brasileira, a Seleção perdeu por 71 a 56 para o Washington Mystics, tima da Liga de Basquete Norte-americana.

“Eu não avalio pontualmente. Acho que o basquete vem passando por um processo já há muito tempo. Nos últimos quatro anos tiveram muitas mudanças de treinador. A gente tem que pensar um pouco mais a longo prazo. Não dá pra ficar pensando só em agora. Que perca de todo mundo agora, mas daqui a quatro, oito e 12 anos a gente tenha uma geração competitiva como antes. Acho que tá na hora de parar um pouco e rever como está sendo conduzido e ver que o importante talvez não é ganhar agora, mas conseguir formar uma geração competitiva”, comentou Paula.

Jogadora com maior número de jogos com a camisa verde e amarela e segunda maior pontuadora, com 2.537 pontos marcados, atrás somente de Hortência, a ex-atleta, mesmo sem a intenção de assumir cargos administrativos na Seleção, já declarou estar à disposição para ajudar com sua experiência adquirida dentro das quadras e com o que tem visto do lado de fora.

“Eu tive um contato quando o Brunoro e a Hortência entraram, mas, como eu não participei da construção desse desafio deles, eu preferi não participar. Eu tava também engajada no projeto que eu tinha sido convidada para assumir, com a Petrobras, através do meu instituto. Mas, diretamente, talvez eu não consiga ajudar o basquete feminino neste momento, mas eu estou de portas abertas para sentar, conversar e dar meu palpite e minha opinião sobre as coisas que eu vejo de longe”, concluiu.

Fonte: Gazeta Esportiva

13 comentários:

Felipe disse...

Para dar palpite não faltam candidatos, aliás a Paula é a palpiteira oficial da seleção feminina. Queria vê-la dando a cara a tapa e assumindo uma posição de responsabilidade no basquete feminino. O trabalho para reerguer a seleção feminina não se resuma a apanhar e esperar 12 anos. Cada vez que a Paula diz isso eu fico pensando se os patrocinadores dos projetos que ela comanda esperariam 12 anos para ter retorno e continuariam a investir numa equipe que só apanha.
Todos são muito ufanistas ao falar da Paula como gestora, inclusive eu, mas começo a desconfiar que ela seria outra grande decepção se assumisse um cargo equivalente ao da Hortência teve na CBB.

Anônimo disse...

Como sempre, a Paula mostra-se bastante sensata. A equação é bastante simples = se não se investe na base, não se tem como gerar uma seleção competitiva. Daí a necessidade de 4,8 ou 12 anos pra se ter uma equipe forte.
Beto.

Ainnem Agon disse...

Isso eh verdade. E, na minha opiniao, acho que a seleçao ja apanhou demais na gestao da Hortencia. Agora eh hora de evoluir.

Anônimo disse...

Não precisa ser gênio ou inventar a roda, basta ver o trabalho que o Ruben Magnano está fazendo com a seleção masculina e fazer o mesmo com a feminina. Trabalho sério, a médio prazo. Ele trabalha com os melhores atletas nas principais competições, mas acabou de montar uma seleção de novos para correr a Europa. Trouxe os técnicos das seleções de base (Neto e Demetrius) para auxiliar a seleção adulta, com isso o trabalho é padronizado e tudo é coordenado por ele.
No feminino nós vamos para China, naquele fuso terrível jogar contra Porto Rico e Canadá, ao invés de rodar a Europa, aproveitando que TODAS as seleções estão fazendo amistosos por conta do Campeonato Europeu. Na base, a Janeth que começou ontem como técnica faz o que bem entende corta meninas sem qualquer critério, acompanha muito pouco os jogos dos Campeonatos de base, perde de Mali e Colômbia e ninguém interfere em nada.

Para o basquete feminino melhorar não precisa ir longe, basta se espelhar no que ocorre ali mesmo, dentro da CBB, na sala ao lado.





Anônimo disse...

Nós devemos apanhar em amistosos, colocando essas meninas que o Zanon convocou agora para jogar de 15 à 20 jogos internacionais por ano. Jogando contra as melhores seleções do mundo e sem medo de apanhar mesmo.
Já em competições como Mundial e Olimpíadas devemos levar sempre as melhores atletas em atividade, independente da idade pois são resultados que geram impacto em toda a modalidade.
A grande dificuldade em se conseguir patrocínio para o basquete feminino atualmente se deve principalmente ao fato dos péssimos resultados e de todas as polêmicas desnecessárias dos últimos cinco anos.
Se apanharmos por 12 anos seguidos, como a Paula sugere, teremos cada vez menos patrocinadores, mais clubes fechando as portas e menos atletas seguindo na modalidade e menos ainda interessadas em iniciar no basquete.




Maria disse...

Acho que o Zanon está fazendo certo, colocando meninas novas e quase todas sem experiência internacional para jogar os amistosos e o Sul-Americano que é uma competição fraquíssima.
Depois dessa fase, acredito que já teremos uns 15 jogos com esse grupo renovado e aí já vai dar para avaliar individualmente o desempenho de cada atleta.
Sou contra manter no grupo, atletas que não renderam nada ou muito pouco, só porque são novas.
Não podemos também ficar acreditando em eternas promessas, isso chama-se ilusão e não renovação.
Para estar na seleção é preciso provar que tem talento sempre que tiver oportunidade e jogar melhor que as outras nas competições internas.
Temos meninas de 20, 21 anos que já jogam de igual para igual com as mais experientes na LBF, como a Damiris, a Tatiane, a Joice Coelho, a Patrícia e outras que tem mais de 25 anos e ainda não conseguiram se firmar nem em clubes e nem na seleção. Talento não tem idade!
Seleção não pode ser privilégio de algumas, mas mérito de quem consegue ter o melhor desempenho e se destacar nos campeonatos para se manter entre as melhores!


















Anônimo disse...

Apanhar de quem? Fazendo amistosos com o Chile, Cuba, Azerbajao? Nem competencia pra apasnhar direito e na hora certa a CBB tem!

Anônimo disse...

Afinal, quando sai a outra convocação ? Quero só vê se ele vai conseguir mesclar as novas e as experientes...rsss

Anônimo disse...

Melhores jogadoras do Brasil:

Adrianinha,
joice Rodrigues,
Bethania,

Iziane,
Karla,
Chuca,
Karen,

Clarissa*,
Erika,
Bibiano,
Damiris,
Thais Pinto...

Não tem muito pra onde correr, essa eh a verdade!

Anônimo disse...

A única forma de sairmos dessa situação é investir muito mas muito mesmo na base.O Ministerio do Esporte tem que avaliar,quem são os clubes formadores e repassar o dinheiro para quem quer trabalhar e não tem verba.A Cbb recebe as verbas e não acontece nada.No feminino a realidade é outra.Quem precisa de ajuda financeira são os clubes formadores de FATO Somente assim vamos conseguir sair do buraco.Não é a cbb que forma.Quem forma são os clubes.Por favor Vanderlei.Voce que esta fazendo um trabalho com competência,olhe um pouco para o feminino,pesquise quem realmente tem dado jogadoras para a seleção e pense em algum projeto que possa repassar verba para os clubes trabalharem a base.

Anônimo disse...

Anônimo, concordo com você, mas os clubes formadores do basquete feminino precisam se organizar melhor. Dinheiro o Ministério do Esporte disponibiliza e não apenas para a CBB, mas também para clubes também, mas para isso é preciso apresentar projeto.
Leia essa matéria no site da CBB:
http://www.cbb.com.br/PortalCBB/Noticias/Show/11307

Henrique Baptista Silva disse...

Discordo,que a Paula pudesse fazer uma administração ruim. Respeito a opinião de quem pense assim,porque afinal de contas,JAMAIS tentarei impor a minha. Numa comunicação saudável,se troca impressões sem impingir a própria como verdade absoluta. A Paula se mostrou COMPETENTE em todos os projetos que assumiu,desde que parou de jogar. Mostrando amor pelo basquete e comprometimento. Quanto a "sua queridinha Hortência",Felipe meu caro. Esteve afastada por durante todo este tempo antes de ser chamada a participar. Uma postura BEM diferente,não é? O que por lógica dá para deduzir diversos motivos pelos quais uma não deu certo,e a outra realizaria.

Anônimo disse...

A Paula deveria saber por experiência própria que não existe patrocinador que continua investindo em esporte que só apanha. Se até a Petrobrás (estatal) em pleno ciclo olímpico do Rio 2016 está cortando investimentos no Projeto gerido pelo Instituto Passe de Mágica, imagine quem investiria no basquete durante esses 12 anos de surra que ela sugere.

Leiam e caiam na real:
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/06/1289971-programa-olimpico-da-petrobras-sofre-cortes.shtml