sábado, 23 de junho de 2012

Entrevista – Ariadna Felipe (LBF)

Após três anos defendendo a equipe do Santo André/Semasa, a cubana Ariadna Capiró Felipe (foto) acertou sua transferência para o São José/Shopping Colinas.  Aos 29 anos (04 de fevereiro de 1983), a lateral que tem como inspiração o astro da NBA (Liga Profissional Norte-americana), Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), fala nesta entrevista sobre sua passagem pela equipe do Grande ABC, sua chegada ao São José e do crescimento do basquetebol feminino.

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Você teve uma passagem vitoriosa pelo Santo André/Semasa, qual foi à importância em sua carreira?
Sem dúvida os três anos que fiquei no time de Santo André foram de uma contribuição muito grande para meu crescimento profissional e pessoal. Tenho as melhores lembranças de uma fase muito boa, sou muito grata a Laís Elena (técnica), Arilza Couraça (assistente técnica) e a toda diretoria da equipe pela oportunidade de fazer parte do grupo.

Após a segunda edição da Liga de Basquete Feminino (LBF), você assinou com São José/Shopping Colinas, como foi à chegada e a recepção no novo clube?
A receptividade por parte da comissão técnica foi muito boa, o que tem facilitado minha adaptação na cidade de São José dos Campos (SP). Já começamos os primeiros treinos e o clima do time tem sido bem agradável.

O que espera desta temporada no novo clube?
Sempre penso em melhorar meu desempenho em relação à anterior. Então minha expectativa é grande, quero continuar crescendo como jogadora, aprendendo coisas novas e aumentando minha experiência. O meu desejo é de poder contribuir na conquista de títulos para o clube. Acredito que, uma boa atuação individual é consequência de um bom trabalho coletivo, e o meu foco é sempre dar o meu melhor para o time.

Pensando na sequência da temporada, os clubes estão se reforçando. Com isso podemos esperar um Campeonato Paulista muito competitivo e uma LBF ainda mais forte?
É muito bom ver os novos clubes surgindo, e os mais tradicionais se fortalecendo, também jogadoras brasileiras continuam sendo “repatriadas”. Tudo isso vai ajudar a melhorar o nível dos torneios e aumentar a visibilidade do basquete feminino. Acho que uma nova fase pode estar por vir. Quanto mais competitivos fiquem os torneios, mais atrativo ficará o nosso basquete.

Como analisa sua participação na Liga de Basquete Feminino 2011/2012?
Como qualquer profissional existe fases boas e ruins, sei que minha participação não foi das melhores, mas estou tendo bastante tempo para me preparar novamente. Minha meta é continuar trabalhando forte nos treinos, voltar a jogar meu melhor basquete, ainda mais com as equipes se fortalecendo, com certeza teremos que nos esforçar ainda mais em cada jogo, inclusive aumenta a motivação porque estarão em quadra jogadoras que estão retornando para o Brasil.

Para finalizar vamos fazer um “lance livre”!

Qual atleta se inspira? Kobe Bryant
Jogar basquete é..? Meu maior prazer
O que mudaria de regra no basquete? Gostaria que o aro fosse mais baixo para as mulheres
Um jogo inesquecível? Jogo da final que nos deu o titulo do Paulista 2011 (Santo André/Semasa)
Uma partida que não gosta de lembrar? Jogo em Santo André contra Americana, final do Paulista 2010, perdemos a final
Uma alegria? Meu sobrinho recém nascido
Uma tristeza? Saudade da minha família
Um sonho? Voltar a jogar pela seleção
Escale o time dos sonhos (Aquele time que julga se imbatível – Não importa a época, pode mesclar jogadoras do passado com as de hoje): Sue Bird, Diana Taurassi, Penny Taylor, Lisa Leslie e Lauren Jackson

Uma mensagem final?
“Há muitos times em todos os esportes que têm grandes jogadores e nunca ganham títulos. Na maioria das vezes, esses jogadores não estão dispostos a se sacrificar pelo bem maior do time. O que é engraçado é que, no final, a falta de vontade deles de se sacrificar somente torna glórias individuais mais difíceis de alcançar. Uma coisa que eu acredito piamente é que se você conquista algo como um time, as glórias individuais vão vir por conta própria” (Michael Jordan).

Um comentário:

Ricardo disse...

A Ariadna joga muito, além de ser muito humilde. Boa entrevista.