sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Campeã de basquete nas OEs, Letícia Soares é convocada para a seleção sub-15

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A maior edição da história das Olimpíadas Escolares não revelou apenas os campeões da etapa de 12 a 14 anos, e sim as promessas que podem até brilhar nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Cerca de dois milhões de alunos-atletas participaram das seletivas estaduais e mais de 3.300 marcaram presença na fase nacional, em João Pessoa, na Paraíba. As cariocas do colégio Santa Mônica, de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, voltaram para casa com muito o que comemorar. Além do bicampeonato da divisão especial, a pivô Letícia Soares foi convocada para a seleção brasileira sub-15, que vai disputar o Sul-Americano, entre 7 e 13 de novembro, no Equador. O técnico do Brasil, Cristiano Cedra, acompanhou de perto o torneio e viu em Letícia um grande potencial para o futuro.

Letícia joga há apenas um ano, mas já intimida as adversárias. Conhecida como “tanque de guerra” entre as amigas, ela parece com Clarissa, pivô da seleção brasileira adulta, que venceu a Copa América e se classificou para Londres-2012. Coincidentemente, Clarissa também estudou no Santa Mônica.

- Eu me inspiro nela. Meu maior sonho é estar na seleção brasileira em 2016. Ter sido convocada uma grande honra – revela a jovem de 14 anos e 1,84m.

Quem também chamou a atenção na capital paraibana foi a ala Rayane San'Tanna, de 14 anos e 1,71m, capitã do time e cestinha da competição. A atleta dedicou o título à mãe, que faleceu quando ela tinha 12 anos. Por pouco, ela não desistiu do esporte, mas, por influência dela, resolveu continuar.

- Gostaria que ela estivesse aqui, dedico todos os meus prêmios a ela. Minha mãe era minha inspiração e uma das pessoas que mais me apoiava, até porque meu pai falava que basquete era jogo de contato, que eu não ia conseguir – lembra, emocionada.

Nascida e criada na Mangueira, Rayane iniciou a vida esportiva na ginástica rítmica, na Vila Olímpica, mas logo descobriu a paixão pelo basquete. A capitã conta que a pressão sobre o time foi maior este ano, já que elas eram mais velhas e lutaram pelo bi.

- Pelo fato de ser a capitã, precisei chamar a atenção do time, porque teve briga, discussão, todo mundo no hotel convivendo durante vários dias, mas deu tudo certo no final. Ser bicampeã foi uma alegria enorme, a gente gritou, dançou, fez muita festa - declarou a jogadora, que foi pré-convocada para o Sul-Americano, mas acabou ficando fora da lista final de 20 jogadoras.

O técnico do time, Guilherme Vos, com passagem por Flamengo e Fluminense, é o responsável por montar o grupo. A maioria das estudantes é da Mangueira: das dez meninas da equipe, oito são bolsistas da comunidade da Zona Norte do Rio.

Segundo ele, o desempenho é cobrado naturalmente, já que as atletas precisam estar com as notas na média para renovar a bolsa escolar.

- Às vezes, as meninas de escolas públicas não estão no ritmo da particular. Existe uma preocupação pedagógica de acompanhar essas meninas e fazer a adaptação. No início, é complicado, mas tenho alunas que estão aqui há três anos e estão bem na escola.

Para Guilherme, a experiência de participar das Olimpíadas Escolares é educacional. As estudantes viajam, ficam longe da família, aprendem a conviver em grupo e criam responsabilidade e compromisso.

- Essa é uma das melhores competições para qualquer aluno de qualquer esporte. Você não conhece apenas o basquete, você conhece atletas de outras modalidades, estados e culturas diferentes.

Fonte: GloboEsporte.Com 

 

Um comentário:

larissa cristina disse...

saudades de vocês meninas!
desejo todo sucesso do mundo para vocês!