sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Basquete feminino divide "poluídos" e endividados

RODRIGO CAPELO

O duelo entre as duas líderes da Liga de Basquete Feminino (LBF), na próxima sexta (14), deve lotar o ginásio da cidade de Catanduva. Contra o Americana, atual primeiro colocado, porém, os torcedores do Poty/Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva Basket Clube terão a improvável missão de criar gritos de incentivo às atletas com o longo nome da equipe.

Os naming rights ocupados por três empresas distintas são apenas um indício da quantidade de parceiros que o clube detém. A camisa amarela do Catanduva é composta por nada menos que nove marcas, enquanto o ginásio, por fim, é preenchido com placas de publicidade de outras dez companhias. Não há muitos motivos, contudo, para queixas.

O alto número de patrocinadores é o principal responsável pela sobrevivência da equipe de basquete. Apesar de reconhecer a poluição visual, o clube teve de fechar múltiplos acordos para garantir fontes de receita suficientes. "A menos que apareça uma proposta diferenciada, preferimos manter essas marcas", afirma Jonny Leite, supervisor.

Em situação similar está o Basquete Clube. O atual sétimo colocado da liga feminina, apenas no uniforme, mantém oito marcas diferentes. Novamente, a quantidade de parcerias garante a existência da equipe. A alguns quilômetros de distância, rivais mantêm aspecto visual agradável, mas enfrentam graves problemas financeiros.

No Sul do país, com apenas duas marcas estampadas no uniforme, o ABF Joinville acumula prejuízos todos os meses. Para que o clube não vá à falência, diretores, tesoureiros e presidente, Altair Nasário, têm injetado recursos pessoais. "A nossa vantagem é que todos são voluntários", conta o mandatário, que espera captar aportes em 2011.

O São Caetano/Unip, gerido pela secretaria de Esportes e Turismo da cidade, aguarda por patrocinadores para evitar cobranças políticas, motivadas pelos gastos com o basquete feminino. A universidade, apesar de ocupar os naming rights, cede apenas materiais esportivos. A camisa das atletas, pelo menos, continua impecável.

Basquete feminino aposta em liga para atrair aportes

Com a primeira temporada agendada para terminar no fim de fevereiro, a Liga de Basquete Feminino (LBF) gera discurso uniforme entre dirigentes dos clubes participantes. Caso a competição seja bem organizada até o fim e tenha uma segunda edição, de maneira que se consolide no cenário nacional, a busca por patrocínios será facilitada.

"Por enquanto, o próprio basquete feminino não ajuda, porque a liga ainda é nova, não há atletas renomadas, entre outros problemas", justifica Mauro Chekin, secretário de Esporte e Turismo da cidade de São Caetano, responsável por gerir o São Caetano/Unip. A equipe conta apenas com o apoio da universidade, que cede somente uniformes.

Apesar de outros clubes viverem situações díspares, como o Catanduva, que carrega três empresas nos naming rights e nove marcas na camisa, a confiança na consolidação da liga para atrair novos patrocínios está presente em todas as equipes. Nesses casos, a LBF poderia valorizar acordos e até "limpar" camisas.

Entre outros clubes que contam com número reduzido de patrocinadores e ainda aguardam dias melhores nas finanças, estão Mangueira/Petrobras e ABF Joinville. A partir do momento em que a liga se fortalecer, ganhar prestígio e visibilidade, ambos acreditam que terão melhores argumentos para convencer empresas.

Fonte: Máquina do Esporte

3 comentários:

Anônimo disse...

ainda bem que existem os poluidores, senão, estaríamos perdidos (mais).

Anônimo disse...

Essa matéria é ridicula.No volei
italiano todos os times têm de 8
a 10 patrocinadores e tudo é mara-
vilhoso.As vezes não é possivel
visualizar nenhum.Esse texto é de
muito mal gosto e fica até evidente
que é pura dor de cotovelo.Os co-
mentarios tem que ser feitos,porem
com um pouco mais de critério e bom
censo.Tomara tivessemos 15 times
na Liga com 10 patrocinadores cada
um e uma poluição total nas camisas

Anônimo disse...

Se os individados fossem poluidos
acho que estariam felizes.