terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O que esperar de Ênio Vecchi no comando da seleção feminina?

36b Queria ter registrado minhas impressões sobre a nomeação de Ênio Vecchi para a seleção feminina, mas a CBB me ‘quebrou as pernas’ com um anúncio inesperado em um preguiçoso domingo logo após o dia de Natal. De quem foi a brilhante ideia?

O atraso já me permitiu ler a primeira entrevista do novo técnico (ao Rodrigo, no Rebote) e três comentários bastante pertinentes: dois do Fábio, no Bala na Cesta: “Alguém entende?” e “Esqueceram dos campeões” mais o de Marcelo Laguna, em seu blog: “Incrível: CBB e Hortência fecham temporada de 2010 em grande estilo”, de forma que eu tenho pouco a acrescentar.

Na primeira entrevista, o tom de Ênio é extremamente político, sendo impossível descortinar-se o que vem por aí.

Chama a atenção a revelação de que o contato com o novo treinador foi feito por Brunoro, porque “Hortência estava viajando”. Oficialmente responsável pelo marketing da confederação, parece que Brunoro ocupa espaços cada vez maiores na estrutura da entidade. Por outro lado, o presidente Carlos Nunes segue caminho inverso, com uma crescente e pálida omissão.

Em relação propriamente a Ênio, conheço pouco seu trabalho. Minha principal referência é ruim (o décimo primeiro lugar no Mundial de 1994 com a seleção masculina). Incomoda ainda o fato de ser um técnico que nunca trabalhou com o feminino. Apesar de sempre ser lembrada a situação de Miguel Ângelo da Luz, em 1993, acho que o técnico campeão mundial deve ser visto mais como exceção do que como regra. Para piorar, Ênio está ligado a um clube até o fim da temporada do NBB, estreia na seleção em uma competição que vale a vaga olímpica e possilvemente com desfalques.

Se realmente Hortência e Brunoro acreditam nessa escolha e se houve critério técnico, poderiam ao menos cercá-lo de um assistente (fora Janeth) com tempo no femino. Não há nenhum treinador no Brasil que mereça esse chamado?

A verdade é que foi uma opção de improviso, sem brilho algum, extremamente desestimulante para os (poucos) técnicos do basquete feminino e que deixa a impressão que tudo vai continuar o mesmo, com Hortência decidindo tudo, incluindo aí o excelente preparo psicológico do time.

5 comentários:

Anônimo disse...

Acho que é justamente essa a intenção: passar a impressão, ou melhor, a certeza de que é Hortência quem decide tudo no basquete feminino.
Daí a opção por técnicos de pouca experiência e currículo inexpressivo, isso para não ter com quem dividir o espaço na mídia ou o mérito das conquistas.
Será que ela não imagina que essa postura pode custar nossa classificação para as Olimpíadas?
Ou será que ela vai sentir orgulho de uma possível desclassificação do Brasil no Pré-Olímpico?
Vaidade, arrogância, prepotência e insegurança são algumas características que conseguimos observar por trás das decisões da ex-rainha.

Anônimo disse...

A administração da Hortencia frente ao basquete feminino passou de catástrófica para cômica, tudo virou um grande teatro de mau humor, onde a grande estrela decadente é ela mesma, nem que para conseguir a audiência necessária, custe nossa desclassificação na olimpíada.

Anônimo disse...

Tudo isso é uma grande vergonha, a Hortencia "socialite falida" não tem conpetência nem interesse em melhorar o basquete, para que melhorar se ela já está conquistando seus interresses particulares, seus projetos e a sociedade com o Brunoro vao bem obrigado, o presidente alienado Carlos Nunes não sabe o que se passa no feminino, então vamos deixando do jeito que está, porque no final as culpadas pelo fracassso vão ser as atletas, o técnico, e a gestão passada. Fora Hortencia.

Anônimo disse...

Bert,


Vai rolar um retrospectiva do ano de 2010 para o basquete feminino?

Fernando Pratti disse...

Sou totalmente a favor das principais jogadoras e técnicos do Brasil boicotarem a administração atual da CBB, como já foi feito na década de 80. Inclusive, a própria Hortência foi uma das incentivadoras!