quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Hortência afirma que Brasil terá problemas no Pré-Olímpico e diz que prepara Janeth para Rio-16

Fábio Sormani

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Hortência chegou na manhã desta terça-feira da Europa. Gripada e cansada. Mas foi só falar de basquete para ela encontrar energia para sustentar a conversa. Nela, não dourou a pílula: “A gente vai continuar tendo problemas. Vamos ter problemas no Pré-Olímpico e nas Olimpíadas de 2012. Agora pararam a Helen e a Alessandra, depois param mais duas, enfim, a gente não tem peça de reposição. O problema do basquetebol não é simples”.

Problemas para ir a Londres? É isso mesmo, Hortência? Afinal, os EUA não vão participar do Pré-Olímpico por já terem garantido a vaga por conta do título mundial. Quem nos traria problemas?

“Nós teremos quatro seleções brigando por duas vagas: Brasil, Canadá, Cuba e Argentina; Argentina que não é boba, que está trabalhando na base e está investindo há mais de dez anos. Vamos ter problemas. E pra conseguir uma vaga a gente não pode renovar, como estão dizendo por aí. Renovação total? Nós não temos muito material humano. Tanto que tive que pedir para a Alessandra e para a Helen jogarem o Mundial. Essa é a realidade do basquete brasileiro”.

Realidade que não precisa ser uma Hortência das quadras para perceber que não é nem um pouco alvissareira.

“Bem antes de eu entrar na CBB a gente vinha reclamando por um trabalho sério, de preparação na base, descobrir novos talentos”, disse Hortência, uma das gestoras do basquete feminino brasileiro. “A gente estava vendo que a minha geração, da Paula e da Janeth parou. E a coisa vinha meio que capengando. É óbvio que (a campanha) decepcionou aquelas pessoas que veem o basquete na televisão, de imediato. Mas se você for analisar o trabalho que estamos fazendo desde o ano passado, ele está sendo bem feito, pois temos um projeto. Não vamos mudar tudo por causa de uma derrota”.

Hortência nem tinha ainda desarrumado as malas quando conversou comigo. Antes, assim que desembarcou no Brasil, trocou algumas palavras ao telefone com o presidente da CBB, Carlos Nunes, às 6h30 pra ser mais preciso. Nada de importante, segundo ela. O importante será tratado mais pra frente.

Quando?, perguntei pra ela. “Não sei”. Daqui a uma semana, um mês, até o final do ano?, insisti, claro que me referindo ao futuro do treinador Carlos Colinas. “Não sei”, voltou a responder, embora tenho dito o seguinte sobre o treinador espanhol: “Eu não vou dizer pra você que o Colinas foi bem no Mundial. Ele não foi bem. Mas eu não vou crucificar ninguém, porque a gente ganha junto e perde junto”.

Sobre o futuro de Colinas, Hortência disse que nada foi decidido ainda. “Até porque eu não decido nada sozinha”, disse ela. “Tem o presidente (Carlos Nunes), tem o (José Carlos) Brunoro (diretor de marketing da CBB), o André (Alves, diretor técnico da CBB). Mais pra frente a gente vai ver tudo isso”.

Hortência faz questão de frisar que tudo o que está sendo feito na CBB obedece um critério. Quando eu perguntei se a armadora Tássia não deveria ter participado do Mundial para ganhar experiência, como aconteceu com Raulzinho no masculino, Hortência, disse que a ala-pivô Damiris foi o Raulzinho do feminino e que a Tássia é ainda muito jovem.

E foi aí que Hortência revelou: está preparando Janeth para ser a futura treinadora da seleção brasileira. Pra quando? Jogos do Rio, 2016.

“Nunca foi preparado um técnico antes. Eu não posso chegar pra Janeth, hoje, e dizer: Janeth, não vai ser o Carlos Colinas, vai ser você. Ela não tem essa estrutura ainda”.

E por que não?

“A gente poderia queimá-la”, respondeu Hortência. “Eu estive em alguns simpósios na Fiba antes do Mundial e num deles o técnico dos EUA (Geno Auriemma) lembrou que eles pegavam ex-jogadoras para serem técnicas e não dava certo. E por que não dava? Porque eles achavam que a mesma experiência de dentro da quadra servia para fora. Não serve. Veja os casos da Ane Donovan (EUA) e da Bev Smith (Canadá) que não deram certo porque você tem que preparar a ex-jogadora para ser técnica. E é isso o que a gente está fazendo com a Janeth, que hoje é assistente do Colinas”.

Por tudo isso, Hortência pede para que não a cobrem neste momento. O trabalho é a longo prazo, pois este é o projeto traçado. Destino final: Rio, 2016. Com Janeth no comando do time brasileiro e na quadra meninas que hoje a gente nem sequer ouviu falar, capitaneadas seguramente por Tássia e Damiris, que hoje muitos nem sabem de quem se tratam.

 

"Espero estar preparada", diz Janeth sobre a possibilidade de comandar o Brasil em 2016

Bruno Pongas

A ex-jogadora Hortência Marcari, que atualmente exerce o cargo de diretora da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), afirmou na terça-feira (dia 5) que Janeth Arcain, assistente técnica do espanhol Carlos Colinas no comando do selecionado brasileiro, está sendo preparada para assumir a equipe nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Nesta quarta (dia 6), Janeth foi procurada pela reportagem do iG e explicou que esse projeto já vem sendo falado há algum tempo. “A gente vem comentando isso já faz tempo”, contou. “Eu vejo que há muito caminho pela frente, muito campeonato, muita coisa para acontecer. Eu espero estar preparada quando esse momento chegar”, completou.
Apesar da imensa vontade de capitanear o elenco principal, a ex-atleta sabe das dificuldades impostas ao cargo de treinador. “O panorama que você tem do jogo é outro, completamente diferente. É impossível comparar a experiência de um jogador com a experiência de um técnico”, explicou.

A respeito disso, Janeth afirma que aprendeu muito como assistente no Mundial da República Tcheca. “Da mesma maneira que o atleta vai pegando experiência dentro de quadra a gente vai se aprimorando fora dela, visualizando não só o nosso time, mas também as outras equipes”, avaliou. “Eu aprendi toda uma análise sobre o jogo, dos fundamentos individuais; vários detalhes que acrescentaram na experiência do dia-a-dia”.

Quem pensa que a ex-jogadora é aventureira no ramo, contudo, se engana. Ela conquistou recentemente seu primeiro troféu nas categorias de base do Brasil e espera galgar novos caminhos daqui por diante.

“No ano passado conquistei meu primeiro título (Sul-Americano sub-15) vencendo uma escola que vinha numa crescente, que é a Argentina. Acho que foi um bom começo. Temos que continuar esse trabalho e visar coisas a curto, médio e longo prazo”, avaliou.

O sonho de seguir no basquete mesmo após o término da carreira é antigo, remete ao ano de 2000. Para isso, Janeth sempre que pode realiza cursos administrativos. “Eu sempre faço todo curso que tem quanto à parte administrativa. Gosto dessas coisas, principalmente o que está envolvido com esporte”, revelou.

Como não poderia deixar de ser, a entrevista prosseguiu com a análise da Janeth assistente técnica sobre a decepcionante campanha brasileira no Mundial da República Tcheca (9º lugar).

“Achei que não foi o que a gente almejava. Dentro do que desempenhamos foi razoável, mas queríamos pelo menos manter a equipe entre as quatro melhores”, admitiu. “Mas se formos analisar, a Rússia ficou em sétimo e a Austrália acabou em quinto.

No Mundial não se pode relaxar em nenhum momento; tem que estar em 100% sempre. Eu acho que a gente não conseguiu chegar nesses 100% em todos os jogos.

Sobre Érika e Iziane, que se juntaram ao restante do elenco às vésperas do Mundial por conta da final da WNBA, a ex-atleta explicou que ambas se encaixaram muito bem no esquema de Carlos Colinas e que esse atraso não atrapalhou os planos para o campeonato.

“Isso não tem nada a ver, tanto que depois elas se encaixaram perfeitamente no esquema tático. Foi bom que elas (as jogadoras) já se conheciam. Sem dúvidas facilitou bastante”, disse.

Por fim, Janeth se arriscou a falar sobre o futuro da modalidade no país, afirmando que renovar é inevitável.

“Isso a gente sabe que aconteceria um dia ou outro. Nós temos jogadoras novas que estão surgindo. Tem também meninas de 17 a 19 anos que querem ocupar seu espaço, o que já aconteceu com a Damiris no Mundial. Temos outras atletas que devem progredir, principalmente depois do Mundial sub-19 do ano que vem. Tem a Damiris, a Nádia, a Tássia. Talvez venham outras mais novas, mas eu não gostaria de citar nomes porque é preciso vê-las em campeonatos de alto nível”, finalizou.

Fonte: iG

15 comentários:

Oscar S. disse...

Faltou respossabilidade nesta convocação, não teve preparo algum...a menina sai dos usa , china etc..em um dia, e no outro dia está jogando com o time o Mundial....
.INACREDITÁVEL, DEPOIS FALAM DO ENTROSAMENTO ..HE HE HE.
A intenção da rainha é louvável, mas é urgente olhar a base ,das meninas nos campeonatos Estaduais .

Tá confirmado, o preparo PSICO NÃO EXISTIU ,,,QI então ..é melhor nem falar...
Só digo uma coisa, se levarem a maioria das meninas desta seleção , vamos morrer na praia ...meninas muito limitadas em todos os aspectos de atletas, posso estar muito rigoroso ,na verdade não,,,mas é só ver jogar as meninas dos times de base em SP, a diferença é gritante !! até o qi

Ramona, a Glam disse...

Eu não aceito essa comparação com a Austrália e Rússia. Elas foram tombadas, mas não jogaram no mesmo nível que nós. Mesmo assim, elas são superiores a Espanha e Bielorrússia e Tchecas.

Não sou contra esse investimento na Janeth, mas acho que não é só ela que merece essa atenção!! Precisamos de mais técnicos junto com o feminino.

Anônimo disse...

Tava na cara que isso ia acontecer,colinas veio so de figurante!!a desculpa para despensa-lo será:"ele fracassou no mundial..."
Não temos outra opção a nao ser rezar...rsrs

Anônimo disse...

sem carisma , sem estudo e sem ter dirigido nunca uma equipe .

Anônimo disse...

nao gostei da entrevista da Hortencia.Muitas frases de efeito como nao pode mudar projeto por uma derrota,ganha-se e perde juntas,etc.Com humildade o projeto pode ser reformulado e o tecnico tem sim que ser trocado porque e pior que os nossos.Outro aspecto sobre a Janete: precisamos saber se tem aptidao para ser tecnica, pois nem toda atleta consegue ser tecnica.Essa arrogancia nao leva a nada.Falar mal do Greco e facil mas a sua posicao atual e identica,como ser mandona e nao ouvir tecnicos e dirigentes dos clubes que sao os responsaveis pelo basquete feminino atuamente."E muita prepotencia apos uma pequena derrota como ela diz.

marcos sp disse...

isso nao é novidade pois nao iremos ter adrianinha helen alessandra kelly erika iziane quem vai conseguir a vaga para o pre olimpico [[nadia damiris tassia karen silvinha

Anônimo disse...

A Branca poderia ser vista com bons olhos pela Hortência.

Mas, isso NUNCA vai acontecer......

Anônimo disse...

A Branca poderia ser vista com bons olhos pela Hortência.

Mas, isso NUNCA vai acontecer......

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

OBSERVADOR

Ela acha que chega até 2016,rsrsrsrs!!!Acorda Hortencia!!!

Anônimo disse...
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Helena disse...
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Anônimo disse...

Ela disse , espero estar preparada, quer dizer , se não estiver...O BRAZIL TÁ FERRADO!
Ela teria que responder assim,

Vamos com tudo , se preparando a cada dia !
Quem estiver jogando muito vai comigo.
Quero tecnicos eassistentes comingo NOS AJUDANDO......e uma equipe observando as meninas a cada dia em seus clubes !!

QUE BONITO !

Anônimo disse...

Janeth chama seu tecnico, do infanto -juvenil do ano passado que foi vice-campeao estadual, parece ser um grande estrategista e pessoa de sua confiança.

osasco city

Anônimo disse...

o Duro é o Osasco que já está lá tendo que engolir tudo quietinho. Mui amigo,Quem diria hein!!