terça-feira, 21 de setembro de 2010

Brasil aposta em pivô de 17 anos ao lado de 'quase quarentonas' no Mundial

Daniel Neves

068b O técnico Carlos Colinas optou pela experiência ao definir a lista das 12 atletas que defenderão o Brasil no Mundial feminino de basquete, disputado na República Tcheca. Em um elenco cuja média etária é acima de 28 anos e que conta atletas ‘quase quarentonas’, a jovem pivô Damiris surge como a novidades do treinador espanhol para a competição.

Aos 17 anos, Damiris era a atleta mais nova dentre as 18 convocadas inicialmente por Colinas para o período de quase três meses de preparação para o Mundial. Seu desempenho surpreendente no período fez com que o espanhol optasse por levar uma pivô a mais para a competição e ficasse com apenas uma armadora de ofício, a experiente Adrianinha.

No ‘vestibular’ da fase preparatória, a jovem atleta deixou para trás a experiente pivô Mamá, de 32 anos, e a jovem promessa Nádia, cortada por lesão. Além das duas, jogadoras importantes de outras posições, como a ala Micaela e a armadora Natália, acabaram preteridas por Colinas para abrir espaço para Damiris.

“É realmente uma experiência incrível fazer parte deste grupo”, disse Damiris. “Sinto que evoluo a cada dia e esta convivência com as atletas mais velhas será importante para os próximos anos de minha carreira”.

O primeiro contato de Damiris com o basquete ocorreu aos 13 anos, quando foi convidada por um professor a se arriscar na modalidade. Formada nas categorias de base da escolinha da ex-jogadora (e auxiliar técnica de Colinas) Janeth, disputou sua única competição oficial com a seleção adulta na conquista do Campeonato Sul-Americano, em agosto.

O bom desempenho da jovem atleta fez com que Colinas escalasse Damiris como titular em quase todos os últimos jogos do Brasil na fase preparatória, deixando a veterana Alessandra, de 37 anos, no banco de reservas. Apesar das derrotas da seleção feminina para Japão e França, em torneio preparatório na Europa, a pivô foi uma das atletas que apresentaram um bom desempenho.

Com a chegada da consagrada pivô Érika, que demorou para se apresentar por disputar as finais da WNBA, Damiris deve voltar para o banco de reservas. Colinas, porém, afirmou que não pretende levar a jovem apenas para ganhar experiência e acenou com uma boa participação da atleta durante a rotação.

“Damiris, Tássia, Nádia e Franciele não são apenas o futuro, já são o presente da seleção brasileira. Nunca me importou a idade da jogadora para integrar uma equipe. Acho que o atrevimento e a ilusão das jovens enriquecem muito um grupo, trazem um ar fresco. A idade não deve ser o critério principal para selecionar as jogadoras”, afirmou o treinador.

Técnica das divisões de base e auxiliar de Colinas, a ex-jogadora Janeth é apontada por Damiris como sua principal referência no basquete. Já as demais atletas da geração campeã mundial em 1994, como Hortência e Paula, passam batidas dentre as fontes de inspiração da jovem jogadora.

"Lembro da Janeth do Mundial de 2006 e dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Já da Hortência e da Paula eu não me recordo [de vê-las jogando]", comentou Damiris. "Sempre procuro ouvir o que essas ex-jogadoras têm a falar. E procuro assistir aos jogos da WNBA".

Fonte: UOL

9 comentários:

Anônimo disse...

A idade média do time do Brasil ainda está elevada. Acho que o treinador Colinas deu uma cartada de mestre levando a Damiris. Aliás gostaria que tivesse levado também a Tassia ou a Natália. O Brasil precisa formar uma segunda armadora para revezar com Adrianinha. Esta é a maior fragilidade do Brasil! Também temos a lamentar a ausência por contusão da Nadia. Ela estava pronta para explodir!

Anônimo disse...

Talvez fosse mais interessante ter levado a seleção juvenil e no pra disputar esse mundial,,,sei que parece besteira o que estou dizendo,,mas sinceramente acho que não é,,,poderiamos ter usado esse mundial como uma preparação de luxo para os jogos de 2016 , acho que essa deveria ser a prioridade absoluta da CBB, assim no mundial de 2014 ja teriamos um time bem mais forte e maduro, pois esa garotada de Damiris e C&a vão representar o Brasil em 2016, Estamos classificados para uma olimpíada com 5 anos de antecedência, temos tudo pra montar e treinar um time fortíssimo que pode fazer história aqui em 2016!

Maurício disse...

Torço para Damiris, como foi para Alessandra em 1994. Que Iris e Danila se espelhem nela para dedicar e evoluir, porque precisamos de pivos altas.

Anônimo disse...

Sem o exagero do anonimo das 13:54 concordo com seu raciocínio teórico. Deveríamos ter investido nesta olimpíada em mais jovens. Por que? Só estará classificado automáticamente para as Olimpíadas de 2012 a campeã que convenhamos deverá ser os EUA ou a Austrália. Teremos que disputar um pré-Olímpico e serão 2 ou 3 vagas, dependendo da equipe americana ser a campeã( e devemos torcer por ela). Sendo assim concordo que perdemos uma excelente oportunidade de levar 3 ou 4 jovens que estejam com idade para 2016(aí estariam não só Damiris, como Tassia, Nadia, Natalia,Izabela, Renatinha e até forçando um pouco a barra a Iris, mesmo com 29anos).Além disso forçando um pouco a barra gostaria de saber qual a possibilidade e a vontade da Ariadne de buscar a naturalização. Se bem me recordo contam com atletas naturalizadas a Russia, a França, a Espanha, a Grécia e o Canadá.

Anônimo disse...

Me engana que eu gosto.A Damiris
não vai conseguir andar nesse mundial.A sua hora ainda não éagora
Precisa comer muito feijão. A
carroça foi colocada na frente dos
burros, para enganar os jegues.

Anônimo disse...

A ARIADNA DISPUTOU TORNEIOS OFICIAIS PELO TIME DE CUA. NÃO PODE JOGAR POR OUTRO PAÍS.

Anônimo disse...

A Damiris é uma excelente atleta e teve um ótimo desempenho nos jogos preparatórios.

Temos outras atletas tão boas quanto ela, até um pouco mais prontas para seleção, mas que não tem uma qualidade que só a Damiris tem:

Q.I.

O Q.I. da Damiris é tão alto, que eu não duvido nada que na partida contra a Coréia ela seja titular e deixe a Franciele no banco de reservas.


Ricardo.

Anônimo disse...

Até parece que a Ariadna daria jeito na nossa seleção. Vcs ficam impressionados com uma ou outra jogada de efeito dessa menina, mas não vejo nada nela. Confio mais nas nossas, se bem que eu levaria um time totalmente diferente do que foi pro Mundial.

MeninoBionico disse...

Damiris é jovem, alta, tem bom físico, mas, da mesma forma que ela rouba uma bola ou pega um rebote, ela erra a cesta!!!! falta muita coisa ainda, principalmente acertar a pontaria na hora do jogo!