Por motivos particulares, auxiliar de Ferreto se desliga de Catanduva

Enio Franco

Bename Pliacekos não é mais auxiliar técnico de Édson Ferreto no Poty/Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva. Por motivos particulares, o profissional pediu seu desligamento do clube no início da semana passada, que foi prontamente aceito pela diretoria do clube. Além de deixar a comissão técnica do clube catanduvense, o profissional também se desliga do comando das categorias de base do basquete local.
Apesar da saída, Pliacekos disse ter deixado um grande legado voltado principalmente às categorias de base do time. “Deixo Catanduva, mas com a sensação do dever cumprido”, comentou.
Os números jogam a seu favor. Hoje, aproximadamente 150 crianças praticam o basquete nos diversos núcleos de projetos sociais espalhados pela cidade. “Em 2005, no primeiro treino, apareceram apenas sete crianças. Os núcleos foram se desenvolvendo em vários pontos da cidade. Assim, realizamos festivais e conseguimos formar um time em duas categorias na Libask. O ápice foi a realização de um treino para 90 crianças, de forma simultânea em três quadras do Caic. O objetivo sempre é massificar para podermos selecionar para as equipes e os que não forem selecionados, participam de eventos alternativos”, comentou.
Catanduva participa há cinco anos consecutivos dos torneios da Libask nas categorias Pré-Mini, Mini, Cadete, Juvenil, Sub-21, Infanto, Infantil e Sub-18. “No começo desse trabalho, não houve metodologia. Acredito que colaborei muito com o desenvolvimento do basquete, fui auxiliar técnico, técnico de algumas categorias, coordenador, ajudei a elaborar projetos e realizei-os, deixei muita coisa a ser feita, mas o caminho já esta traçado”, considerou. O comando das categorias de base do clube ficará sob a responsabilidade de Fernanda Hartwig e de Luís Valente.
Pliacekos iniciou sua carreira como auxiliar de Ferreto em Ourinhos, onde esse trabalho gera frutos até hoje. “Em 1998, fui seu assistente, obtivemos o primeiro título paulista de Ourinhos, um fato extremamente emocionante com ginásio cheio. Também desenvolvi o trabalho de assistente da equipe juvenil e infanto feminino, além de ter sido técnico da equipe mini feminina”, falou.
Após um período em Ourinhos, ele transferiu-se para o basquete da Europa. “Fiquei cerca de um mês no Polfa Pabianice, ex-clube da Karla (atualmente em Americana). Vi o quanto os times europeus são organizados e um estilo de jogar diferenciado, jogo bem armado com ótima defesa, enquanto no Brasil prevalecem os contra-ataques”, frisou.
A partir de agora, Pliacekos pretende trabalhar como treinador, sem descartar a possibilidade de atuar como auxiliar novamente. “Prefiro ser técnico agora, mas se houver boa proposta como auxiliar, posso pensar no caso. Nunca pensei em ser mais que o técnico, sempre quis ajudar e isso é uma ótima qualidade”, comentou.

Retorno
Pliacekos pretende voltar ao cenário do basquete nacional o mais breve possível. “Saio de Catanduva com orgulho muito grande, pois conquistei no Brasil todos os títulos que alguém pode ter, com apenas 27 anos. Voltar não vai ser fácil, pois estarei em um lugar pouco conhecido no basquetebol, mas o objetivo é lutar para conseguir um novo espaço”, finalizou.

Fonte: O Regional