quinta-feira, 4 de março de 2010

Seleção de basquete tem técnico de juvenil

Sem experiência em equipes adultas, espanhol comandará seleção feminina

Escolhido por Hortência, desconhecido Carlos Colinas tem contrato de seis meses e vai dirigir a equipe nacional no Mundial de setembro

JOSÉ EDUARDO MARTINS
MARIANA BASTOS

Mesmo sem um currículo de respeito em equipes adultas, o espanhol Carlos Colinas foi confirmado ontem pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete) como o novo técnico da seleção nacional feminina.
Com contrato de seis meses, o treinador, que comandou os times de base da Espanha nos últimos anos, irá dirigir a equipe brasileira a partir de abril.
O principal desafio de Colinas será armar a seleção para o Mundial da República Tcheca, disputado entre os dias 23 de setembro e 3 de outubro.
O contrato curto, que pode ser renovado até a Olimpíada de Londres-2012, comprova a desconfiança da própria CBB com o trabalho do espanhol.
"O contrato é curto porque queremos avaliar o trabalho dele. Além disso, o próprio Colinas quer conhecer o sistema de trabalho da CBB", disse Carlos Nunes, presidente da CBB.
"A aposta é na experiência do Colinas com as categorias de base. Nosso projeto é de médio a longo prazo, e o conhecimento dele será muito importante", declarou Hortência, diretora de seleções femininas.
Colinas, 42, substitui Paulo Bassul, técnico da seleção brasileira campeã da última Copa América da modalidade, em setembro de 2009, em Cuiabá.
Bassul teve problemas de relacionamento com a ala Iziane, considerada uma das principais jogadoras do país e que se recusou a deixar o banco de reservas e voltar a uma partida do Pré-Olímpico de 2008.
Desde o término da Copa América, a intenção da CBB era trocar o comando da seleção e contratar um estrangeiro.
No início do ano, Hortência chegou a declarar que os treinadores brasileiros não estavam preparados para o cargo.
A reportagem apurou que uma das pessoas que indicaram o nome de Colinas para a CBB foi o empresário espanhol Nicolás San José García, agente de Iziane. A CBB, porém, nega qualquer interferência de Iziane na escolha do novo técnico.
"Ele não tem um currículo como o do Ruben Magnano [argentino contratado para dirigir a seleção masculina e medalha de ouro nos Jogos de Atenas- -2004], mas temos como base as informações da Hortência, colhidas com diversos profissionais da Europa. Ela conversou com muita gente do meio e jogadoras brasileiras que atuam por lá", afirmou Nunes.
Iziane também disse não ter tido interferência na escolha.
"Não conheço particularmente o Colinas. Nunca joguei com ele nem contra ele. Mas sei que os treinadores espanhóis estão entre os melhores do mundo", desconversou a ala.

Bassul sai, sem salário há seis meses

O processo de demissão não anunciada do técnico da seleção masculina, Moncho Monsalve, em janeiro, repetiu-se com Paulo Bassul. O treinador do time feminino também saiu da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) pela porta dos fundos.
Sem receber salário da entidade desde setembro de 2009, quando seu contrato se encerrou, Bassul disse que foi aconselhado pela CBB a não procurar novos caminhos profissionais até que sua situação na seleção fosse definida.
Anteontem, cerca de seis meses após o fim de seu vínculo com a CBB, o técnico entregou seu cargo em uma conversa por telefone com Hortência, diretora de seleções.
Mesmo após a ex-jogadora ter tornado público o interesse da confederação por técnicos estrangeiros, Bassul preferiu não fazer críticas à entidade.
"Jamais viraria as costas para a seleção. Prefiro sair sem um sentimento negativo. Gostaria apenas que a situação fosse definida mais rapidamente. Isso me desgastou muito", afirmou ele, que comandava a seleção desde 2007.
Ontem, disse que iria se concentrar na formação de uma equipe em Barueri (SP) para disputar o Nacional feminino. Porém não descartou um retorno no futuro à seleção.
O presidente da confederação, Carlos Nunes, declarou que tem planos para Bassul, 42. "Ainda não pensei em um cargo específico, mas ele pode nos ajudar na capacitação de técnicos."

Fonte: Folha de São Paulo

5 comentários:

Anônimo disse...

Eu nunca vi tanta falta de profissionalismo, a Hortencia pensa que esta acima de tudo e de todos....

Anônimo disse...

Anonimo das 23:46, parabens pelo seu sensato e veridico comentário, Bassul se colocando de vítima e numa posição que as pessoas clamem pra que de alguma forma continue na CBB, afinal o salario é bom e só por isso ele esperou, além do enorme ego que tem e era massageado pela vaidade de ser o "Técnico da Seleção", é claro!!! Calma Bassul, a boa notícia é que tem mais alguns na sua condição, é como não estar sozinho no manicomio rs, agora é a hora de se curar desta doença ou se enfiar nela por inteiro, afinal terá mais tempo pra exercer a humildade...

Anônimo disse...

A Hortencia tinha que trazer um técnico do juvenil, pois vai ter que administrar o chiliques da estrelinha Iziane e essa tarefa é para técnicos BABá.

Anônimo disse...

Gente,como é bom receber um dinheirinho depois de não fazer nada

Anônimo disse...

Vejam só o que acontece com nossas meninas na fase que mais precisam de apoio, são descartadas muitas nem indicações recebem simplismente os times não dão continuidade nas categorias Juvenil como Corinthians, Janeth, Guarulhos, Centro Olimpico, São Caetano e tantos outros pelo Brasil é muito complicado vc ter que trabalhar e na hora H cadê...tá cada vez mais dificil ser atleta no BRASIL...