quarta-feira, 3 de março de 2010

Paulista vira única 'vitrine' para atletas do país impressionar Colinas

Daniel Neves

Principal competição do basquete feminino do país no primeiro semestre, o Campeonato Paulista terá início no dia 20 de março, com a participação de oito equipes. Com a perspectiva do espanhol Carlos Colinas ser confirmado como o novo técnico da seleção brasileira, a competição será a única oportunidade para o comandante estrangeiro observar as jogadoras que atuam em território nacional antes da convocação para o Mundial da República Tcheca.

Das 12 atletas que defenderam o Brasil na conquista da Copa América feminina, em 2009, sete disputarão o torneio estadual. Os quatro primeiros colocados nas últimas duas edições do Campeonato Nacional (Catanduva, Ourinhos, Americana e Santo André) também participarão da competição.

“O Campeonato Paulista é tão difícil quanto o Nacional, pois as principais equipes são as mesmas. É como se fosse o Campeonato Brasileiro do primeiro semestre”, disse o técnico Luiz Augusto Zanon, do Americana. “Será um campeonato muito bom para o técnico [da seleção] observar. Estou fazendo um trabalho muito forte para entregar as jogadoras em condições para o Mundial”.

Contrário à contratação de um técnico estrangeiro para a seleção brasileira, o técnico Edson Ferreto, do Catanduva, acredita que o Paulista feminino será uma boa vitrine para as jogadoras que atuam no país. Para o treinador, o mais importante é que as atletas estejam em boas condições para o Mundial.

“Não conheço quem vem e também não vou me importar. O que me interessa é fazer um grande Campeonato Paulista e dar espaço para que as jogadoras mostrem que tem condições de serem aproveitadas na seleção”, disse Ferreto. “Apesar da Hortência e da CBB terem desmerecido quem trabalha sério aqui no Brasil, temos que torcer para que dê tudo certo [no Mundial]”.

O atraso na definição do novo técnico da seleção feminina não é visto como um problema para a observação das atletas que devem disputar o Mundial. Com o Paulista sendo disputado entre março e junho, os treinadores do país acreditam que o período será suficiente para que o novo comandante da equipe verde-amarela obtenha maior conhecimento sobre as atletas.

“Temos um bom período para o estrangeiro analisar as jogadoras. Claro que, quanto antes iniciar o trabalho, melhor as condições de brigar por uma medalha. Quem vai prepará-las para o Mundial somos nós. O que precisa ser bem pensado é o planejamento”, comentou Zanon.

O formato de disputa garante que todos os participantes do Paulista avancem para os playoffs. A primeira fase servirá apenas para definir o emparceiramento para as quartas de final, que serão disputadas em séries melhor de três jogos – assim como as semifinais. A decisão, programada para ocorrer em junho, será em um confronto melhor de cinco partidas.

Apesar de todas as equipes se classificarem para a etapa seguinte, os treinadores acreditam que as atletas não entrarão desmotivadas na primeira fase da competição. “Sair em primeiro é uma vantagem muito grande, por causa do mando de quadra. O jogador não pode querer jogar apenas na hora do playoff, tem que querer todo dia”, disse Zanon.

SANTO ANDRÉ CHEGA COMO FAVORITO

A intertemporada do basquete feminino brasileiro foi marcada por profundas mudanças nos elencos das principais equipes. Catanduva, Ourinhos e Americana passaram por importantes alterações no plantel e devem precisar de tempo para adquirir o melhor entrosamento, o que fez com que os treinadores apontem o Santo André como o favorito para a primeira fase do Paulista.
“A equipe que ficou mais forte foi o Santo André. Manteve o mesmo elenco e se reforçou com duas boas jogadoras [Êga e Tayara]. Eles saem na frente de todo mundo”, comentou Zanon.
Atual campeão brasileiro com o Catanduva, Ferreto foi outro a apontar o favoritismo do Santo André. O treinador também comemorou uma maior divisão das jogadoras da seleção brasileira, antes concentradas no Ourinhos, entre as demais equipes.
“Até que enfim o Ourinhos tirou o pé do acelerador. Eles estavam sempre à frente e tínhamos que nos matar para correr atrás. Aquilo desequilibrava. Esta movimentação do mercado deu maior equilíbrio entre as equipes. Mas Catanduva, Ourinhos e Americana seguem com a obrigação de fazer um grande campeonato”, disse Ferreto.

Fonte: UOL

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que o Edson Ferreto será penalizado, e terá somente uma jogadora convocada para a seleção por que ele foi contra a contratação de técnico estrangeiro, é uma pena, por que já tem gente sedo penalizado por que é contra as decisões da Hortência.

Anônimo disse...

Para mim o time favorito é Americana.

Anônimo disse...

No time do ferreto atualmente so a Gilmara merece seleção. Vamos ver como a Kae se sae pra ver se ela tbm merece...a Sil so mesmo se for pra jogar de 3 pq ala ivo daquele tamanho so ne Sul amarecinamo.