Negociações se arrastam, e seleção feminina de basquete segue sem técnico

Hortência diz que não há um prazo estabelecido para fechar a contratação do treinador estrangeiro e ressalta que as conversas caminham bem

Danielle Rocha

Se Rubén Magnano já cuida da mudança de Córdoba para São Paulo, marcada para março, a seleção feminina ainda segue sem técnico. A negociação entre a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e o treinador estrangeiro contatado por Hortência continua e parece não haver um prazo para ser concluída. A expectativa da diretora era anunciar a contratação no fim de janeiro, só que o processo acabou se estendendo mais do que o esperado. Na terça-feira, ela e o presidente da entidade, Carlos Nunes, fizeram uma reunião de trabalho, mas nada ficou definido e a entidade segue em compasso de espera.
- Acho que não é uma questão de ter prazo, mas de negociar e acertar. Estamos conversando, as negociações estão bem encaminhadas, mas há pendências com relação ao contrato, salário e também negociando a possibilidade de ele ser exclusivo da seleção - disse Hortência.
Segundo a dirigente, a intenção é seguir o mesmo esquema adotado na contratação do campeão olímpico Rubén Magnano: fazer um período de experiência seguido de renovação por um prazo mais longo, e convencê-lo a morar no Brasil. Mas Hortência também negocia a possibilidade de que o treinador passe um período aqui e outro em seu país.

Embora ela não revele o nome do provável comandante, o espanhol Carlos Colinas confirmou para a imprensa local que vem conversando com a CBB há semanas. Em entrevista ao jornal "Faro de Vigo", o diretor esportivo do Celta Indepo não só admitiu o contato como avaliou como interessante a possibilidade de desenvolver um projeto até os Jogos Olímpicos de Londres-2012. Mas se apressou em dizer que nada estava fechado.

- É um projeto interessante, mas ainda há muitas coisas que conversar. Temos que levar em conta que tenho nove anos trabalhando com a Federação Espanhola e com o Celta, e teríamos que conversar sobre compatibilidades, já que eu gostaria de continuar colaborando com o Celta. Nós estamos conversando e tudo pode acontecer - afirmou Colinas ao jornal.

Segundo a publicação, a vida pessoal tem muita importância para Colinas. Ele acaba de ser pai e ter que se mudar para o Brasil, como deseja a CBB, seria um pequeno contratempo.

Fonte: Globoesporte.Com