terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Com derrota na Justiça, Alessandra deve descartar recurso contra CBB

A pivô Alessandra voltou a defender a seleção no ano passado, mas manteve um processo contra a Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Na última segunda-feira, a ação que corria na 38ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro foi julgada improcedente. Segundo João Guilherme Maffia, advogado da jogadora, sua cliente não deve recorrer.

"Eu conversei com a Alessandra e ela ficou muito triste e chateada com essa resposta do judiciário. Em um primeiro momento, ela demonstrou um completo desinteresse em recorrer por toda a tristeza e indignação que tal decisão causou. Ela ficou abismada e decepcionada", disse Maffia à GE.Net.

Alessandra resolveu processar a CBB depois de sofrer uma lesão no ombro durante a derrota por 88 a 76 diante da Austrália, na semifinal do Mundial de 2006, realizado no Brasil. A pivô acusa a entidade de não pagar o seguro previsto em caso de contusão durante o campeonato.

Atualmente, a jogadora de 36 anos defende o Sepsi, da Romênia. Sem sucesso, a reportagem tentou entrar em contato com Alessandra através de sua assessoria de imprensa. O advogado João Guilherme Maffia, por sua vez, espera por uma decisão final da pivô sobre o possível recurso.

Em 2009, Alessandra voltou à seleção após três anos de afastamento e participou da conquista da Copa América, torneio que garantiu o Brasil no Mundial da República Tcheca-2010. De acordo com Maffia, no entanto, a possível decisão de não recorrer nada tem a ver com o retorno ao time nacional.

"Ela voltou por respeito à Hortência (diretora do basquete feminino) e à nova gestão (comanda pelo presidente Carlos Nunes). A possibilidade de não recorrer seria para não continuar se desgastando. Ela tem mais a perder do que qualquer outro envolvido. Tudo é ainda mais desgastante ainda por ela estar no exterior e ficar com essa preocupação", afirmou o advogado.


Campeã mundial em 1994, medalha de prata em Atlanta-1996 e bronze em Sidney-2000, Alessandra reivindicava receber R$ 660 mil. De acordo com Maffia, o juiz sugeriu o valor de R$ 135 mil, mas a CBB, ainda segundo o advogado, alegou não ter condições de arcar com o valor e recusou a oferta prontamente.

O representante da atleta recebeu a decisão do juiz com surpresa. "É difícil assimilar esse absurdo que estamos vivendo, é uma coisa inconcebível. A Justiça foi injusta. Eu, como advogado dela, posso reafirmar que não foi feita justiça. O que foi feito foi outra coisa que não sabemos o nome", declarou.

Segundo Maffia, a contusão sofrida por Alessandra foi provada por um perito indicado pelo juiz responsável pelo caso. "A CBB sustentou a todo momento que ela não tinha sofrido lesão, mas o processo caminhava diante de uma prova com laudo médico confirmando que realmente houve lesão", argumentou.

A GE.Net entrou em contato com a assessoria de imprensa da CBB para procurar alguém em condições de comentar o assunto. Em contato telefônico, a reportagem foi informada que Paulo Schmitt, responsável pelo departamento jurídico da entidade, está no exterior.

Fonte: Gazeta Esportiva

4 comentários:

MeninoBionico disse...

Ingerencia da CBB. Uma jogadora deste nivel sem seguro. Fazem a coisa errada... deveriam pagar pra servir de exemplo.
Espero que esta nova gestão se prepare melhor para dar respaldo aos jogadores, afinal, ja temos Mundial este ano.

Anônimo disse...

Não existe Nova Gestão, afinal de contas nosso novo presidente exerce a mesma função da gestão passada ou seja, VIAJAR E VIVER ÀS CUSTAS DA CBB, nosso novo diretor técnico, o tal do André Alves é o que era auxiliar do antigo, e tem auxiliado muito bem nosso presidente durante as viagens,"tudo isso é uma vergonha" e essas pessoas que estão aí são uma PIADA, TOTALMENTE DESQUALIFICADAS PARA O CARGO, coitado de nosso Basquete.

Anônimo disse...

Bem feito! Um absurdo o valor que a Alessandra está reinvidicando (R$ 660 mil). Quanto ela teria recebido de salários nos três meses que ficou parada? Trinta mil no máximo. Esse é o valor que ela deveria reinvidicar e receber se essa história do seguro for correta.

Anônimo disse...

então se a cbb fizesse o seguro correto nada disso teria acontecido, acho justo pagar sim pois a hortencia e cia só viajam com o dindin da cbb pra la e prá ca absurdo