No mês de dezembro, a CBB realizou as divisões especiais de seus Brasileiros de Base.
Primeiro, o Sub-17 em Matinhos (PR). Depois, o Sub-15, em Caxias (RS).
São Paulo, como de costume, dominou as duas edições, e venceu ambas de forma invicta.
Os números, no entanto, parecem indicar a presença de talentos espalhados também em outras partes do nosso território.
No Sub-17, a cestinha foi a maranhense Maria Cláudia Teixeira (15 anos e 19,3 ppj). A carioca Nathália Lobato (16 anos) foi a mais eficiente, com 20,4 pontos. Outra carioca foi a maior reboteira: Isabela Costa (17 anos e 12,5 rebotes por jogo). Outra maranhense dominou as assistências: Renata Lima, com 8,4 por jogo; além de ser a segunda cestinha da competição, com 17,2 ppj.
No Sub-15, a cestinha foi a mesma: Maria Cláudia alcançou a média de 21 ppj. Uma paulista, Vanessa Gonçalves, dominou os rebotes (11,6) e a eficiência (24,4). E a pernambucana Sarah liderou as assistências (6,4).
Uma análise assim superficial talvez até tranquilize. Há talentos – poderíamos pensar – apesar do abandono das categorias de base.
Mas o que está sendo feito por essas meninas?
Há alguma supervisão? Alguém se importa se nos estados em que elas moram e treinam há apenas dois clubes em atividade? Ou se os torneios locais duram dez dias?
Será que em alguns anos quando elas por ventura chegarem à seleção adulta, repetiremos os comentários: “Fulana não tem fundamentos … Ciclana não tem arremesso… Beltrana não sabe ler o jogo… e ainda é fominha…”?
E quem acredita no oba-oba para 2016 imagina que as jogadoras para essa Olimpíada sairão de onde? Começarão a ser “frabricadas” quando?
Se a realidade incomoda, se terminamos o ano de 2009 angustiados com o envelhecimento de uma geração talentosa e com a indisponibilidade de estrelas pitizentas, a solução passa pela formação de novas jogadoras.
Que nesse novo ano alguém possa olhar por elas.
Feliz 2010!
12 comentários:
Belo texto Bert
No entanto não tem como deixar de fazer uma observação: Se temos talentos com bons numeros, sinal que também temos alguns nomes trabalhando nas categorias de base em outros estados. Se queremos atletas bem fundamentadas, temos que ter bons técnicos trabalhando nas categorias menores. Quem são esses nomes. Acho que seria interessante voce começar a "levantar" quem são as pessoas que ainda estão tentando fazer alguma coisa pela base do basquete feminino Nacional. Não em São Paulo, onde existe um verdadeiro "pensionato" constituido por essas jogadoras de talento descobertas em outros Estados. No entanto ninguem sabe quem são os "pais" dessas meninas que hoje são o futuro da nossa modalidade.
LG
Painel do basquete qdo escreve se alguem se importa que nos estados em que elas moram, só tenham 2 equipes em atividade...acaba generalizando e não condizendo com verdade...não posso responder pelo Maranhão mas aqui no RJ a Isabela jogou na categoria infanto com 5 equipes e na juvenil com 4 equipes em atividade
A atleta Thamara revelação nas seleções brasileiras de base sub16 e sub15 , joga no infantil onde tivemos 8 equipes jogando o estadual
A ressalva que faço aqui é para mostrar que não temos um estadual com o mesmo nivel de participação mas aqui no RJ não estamos no abandono que foi sugerido pelo blog
Precisamos sim, de mais estrutura e concordo em muitos aspectos com o texto aqui arremessado por vcs, qdo a preocupação é o desenvolvimento completo das ateltas, pensando no futuro da seleção adulta.
Gostei do seu texto Bert, considero edificante sua preocupação com o futuro dessas meninas talentosas que estão espalhadas pelo pais e que de uma forma ou outra conseguem superar tantas adversidades e se destacam em meio a tantas outras atletas. Mas também gostei do texto do anônimo das 17:59, claro, precisamos conhecer quem está por trás dessas meninas, quem são esses técnicos, esses profissionais, com certeza eles não devem estar menos preocupados que vc. ou qualquer outra pessoa que tenham alguma responsabilidade com o futuro delas. De qualquer forma parabenizo essas atletas em especial, pela grande força de vontade e pela luta de cada dia.
Talvez não tenha conseguido escrever o que pretendia nesse texto pelo teor dos comentários.
A intenção não era dizer que todas essas meninas tem que ir pra São Paulo ou que nos Estados em que elas estão o cenário seja de abandono total.
Foi apenas um convite para atenção à base nesse ano. E um alerta para que essas meninas que são destaque hoje sejam incentivadas. Caso contrário, fatalmente pararão de jogar seja em São Paulo ou no Maranhão.
PORQUE SÃO PAULO NÃO LIDEROU TODOS OS ÍTENS ? PORQUE O EXCELENTE PROFESSOR ALEXANDRE ESCAME FAZ UM RODÍZIO E COLOCA TODAS AS JOGADORAS EM QUADRA ( LOUVÁVEL) , DIFERENTEMENTE DE OUTROS TÉCNICOS , POR ESSA RAZÃO SÃO PAULO NÃO GANHOU EM TODOS OS ÍTENS ! DÁ-LHE SÃO PAULO ! OS OUTROS MORRAM DE INVENJA COM AS SUAS INJUSTIFICAVÉIS FORMAS DE DESAGREGAR O TRABALHO PAULISTA.
Fazer rodízio com um elenco superior é fácil, não estou dizendo que a conduta tenha sido errada, só estou dizendo que foi uma conduta óbvia uma vez que o "excelente" prof Escame tinha no banco titulares de seleção brasileira. Sendo assim anonimo das 8:10 (que imagino ser o próprio), parabens pelo título, mas embase sua justificativa em bases mais convincentes. Boa sorte!
Anônimo das 8:10hs, o senhor deve estar nadando a braçada, não é?, chutando cachorro morto ou coisa parecida.
Na realidade seu cometário é de muito mal gosto e bairrista.
Sou mãe de atleta, durante algum tempo aqui em nosso estado não era raro os pais em determinada época se cotizarem para pagar arbitragem e também para comprar um simples tênis para uma atleta. Mas eu,assim como outras pessoas fazíamos isso com grande prazer, sabe porque? Era visível o amor e o despreendimento material de alguns técnicos. Eles estavam alí para desenvolver e aprimorar talentos como também para ensinar, educar e ajudar um ser humano a ter uma perpectiva de vida melhor.
É muito fácil ganhar um campeonato com 12 meninas niveladas técnicamente, prova disso é que a maioria jogam na seleção brasileira.
Um conselho: conheça mais o trabalho dos técnicos de outras regiões. Veja em quais siuações eles trabalham. Apreenda um pouco com a humildade da maioria deles e seja menos arrogante e mais humano.
Parabens a carioca de coração comentando o anonimo 8:10.
São cabeças como essa (anonimo 8:10)que deixam o basquete brasileiro na situação em que se encontram. Ainda bem que nem todos pensam como voce. Tenho certeza que aqui no Paraná como em qualquer outro estado fora de SP, o basquete e feito com muito mais amor a camisa e dedicação do que em SP. Sem desmerecer é claro os bons profissionais e o planejamento que é feito por SP. Mas nem por isso voce deve desmerecer os que lutam com as migalhas que algumas prefeituras ou algum pai (quando pode) doam pra tentar dar alguma dignidade para meninas que muitas vezes deixam a vida no submundo da sociedade para terem prazer no pouco que lhes é oferecido.
Mais uma vez meu orgulho e parabens para aqueles (inclue-se os tecnicos) que fazem parte desse lado do Brasil.
É de arrepiar o comentário da carioca de coração e lamentável o do anônimo das 8:10, talvez tenha sido por isso que ele não se identificou...covardia, eu penso, e por isso nem comento a atitude...
Estou em Minas, sou coordenador/professor/idealizador/contador/responsável pelo departamento de marketing/psicólogo/conselheiro/advogado (se é que é possível exercer tantas funções) de um projeto social/esportivo chamado Assistência Basquetebol Cataguases ( nosso blog nosso site ) admiro demais o trabalho de São Paulo e digo sempre aos meus alunos/atletas que lá está o berço do basquete brasileiro, e onde estão os melhores. Acredito que muitos trabalham pra chegar no nível de São Paulo.
Alguém aqui ja ouviu falar em campeonato feminino de base em Minas?! Quantos jogos por ano faz uma atleta do feminino em Minas que é maior que Rio e São Paulo juntos em território, o que até dificulta o deslocamento?! A luta pelo crescimento e valorização é grande e demorada... fazem 7 anos que luto pela estruturação do basquete em minha cidade. Qual a solução? mandar todas as meninas para o Rio e São Paulo? E quando teremos nível aqui se sempre mandamos nossa atletas pra fora?!!!! Muitas perguntas, poucas respostas!!! Estou aberto a sugestões...
Qual o melhor time feminino da capital? tem time feminino em Belo horizonte? Uma coisa é certa, estamos trabalhando sim, mas quantos anos ainda ficaremos na fila? Entendi a proposta do Bert e achei de extremo valor porque estamos sentindo na pele o que ele esta dizendo!!
Parabéns Bert e continue sua luta fantástica pelo crescimento e valorização do basquete Feminino!
Ah e lembrando a todos que Minas tem atletas fantásticas que estão escondidas pelo interior do estado. Todos os leitores daqui sabem que Nayara, que perdeu a vaga pra Damiris na seleção brasileira é de Juíz de Fora MG e que teve um tabalho heróico do Professor Sergio que é técnico do projeto PBF (homônimo do blog. Projeto Basquetebol do Futuro). E que o mesmo PBF foi o começo do Fabrício de Melo que hoje é uma das maiores promessas nos EUA?
Como Minas acredito no trabalho de muito espalhados pelo território continental do Brasil. Estamos aí trabalhando, querendo ter a mesma estrutura, que ainda não é a ideal, de São Paulo. Basta sermos vistos e apoiados!!
desculpem o tamanho do texto, mas...
abraços a todos.
Olá, Jalber!
Muito legal o seu comentário.
É muito bom tomar conhecimento de iniciativas como essa.
Um abraço!
O anonimo das 08:10 tem as iniciais M.M. Jr. - Puxa Saco
nossa se sao paulo nao ganhar os campeonatos brasileiro é vexame total...é só levar o time q esta liderando a competiçao q gasnha com as maos nas costas....
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