MARIANA LAJOLO
Holofotes para os clubes e apelo por união deram a tônica do lançamento do Brasileiro feminino de basquete.
Marcado pela cisão entre os times e a confederação em edições anteriores, o torneio deste ano é a primeira experiência da nova gestão da entidade, que assumiu no início do ano.
O Novo Basquete Brasil, competição nacional masculina, é organizado pela liga de clubes, que não se interessou em gerir uma versão feminina. O campeonato ficou a cargo da confederação brasileira (CBB).
A entidade irá bancar viagem, hospedagem e alimentação das equipes, quando necessárias, além de metade do valor das taxas de arbitragem.
"Nossa preocupação é com os clubes. Se os clubes não forem bem, a seleção também não vai ganhar", afirmou Hortência, no lançamento da competição, ontem, em São Paulo.
"Pela primeira vez, o basquete feminino é tratado na CBB como o masculino. Antes, todos os envolvidos se sentiam descartados, mas hoje estamos unidos", completou ela.
Apesar de afagar os clubes, a diretora do departamento feminino da confederação de basquete cobrou empenho.
“O basquete precisa de atitude. A gente tem de parar de ser egoísta e trocar informações", afirmou ela, que quer fazer reuniões periódicas entre os treinadores envolvidos no torneio.
A iniciativa, porém, ainda encontra resistência de técnicos que não querem contar seus segredos ou que não acham as conversas necessárias.
"Acho que a resistência vem da falta de hábito. Eles nunca foram ouvidos. Mas isso será superado", afirmou Hortência, que ainda não definiu quem comandará a seleção feminina.
O contrato de Paulo Bassul já está vencido, e o nome do novo técnico só deve sair após o fim da temporada das equipes das categorias de base.
"Se nosso projeto visa 2012 [Jogos de Londres] e 2016 [Rio], temos de tomar decisões articuladas", disse Hortência.
Para tentar aprimorar o nível do Nacional, os planos da CBB incluem o repatriamento das principais atletas do país.
"Precisamos conseguir patrocínio, mas os valores não são tão díspares quanto no masculino", afirmou André Alves, diretor técnico da entidade.
A CBB também está criando uma Escola Nacional de Técnicos. A ideia é usar o modelo espanhol de treinamento e adaptá-lo à realidade nacional.
Apesar das mudanças, no entanto, a disputa do Nacional feminino desta temporada deve ser parecida com a vista em anos anteriores, na gestão de Gerasime Grego Bozikis, o Grego, que ficou 12 anos na presidência da confederação e teve atrito com os clubes.
Mais uma vez, os times de São Paulo são maioria, com favoritismo para Ourinhos, que busca o sexto título seguido.
Fonte: Folha de São Paulo
2 comentários:
DEPOIS QUEREM VENDER UM CAMPEONATO BEM ORGAINIZADO.
AS ESTATÍSTICAS NÃO ESTÃO ONLINE, EM NENHUM JOGO!
PELO MENOS NOS 3 JOGOS DA TARDE.
O DA MANHÃ EU NÃO ACOMPANHEI.
RIDÍCULO, JÁ NO PRIMEIRO DIA ESSA FALHA!
SÃO 18:25 E O JOGO DE AMERICANA JÁ DEVE TER ATÉ TERMINADO E NÃO APARECE NADA.
É, só que essa organização é muito mais ligada com a estrutura das equipes.Vamos la minha gente. O clube precisa fazer a sua parte.
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