sexta-feira, 13 de novembro de 2009

'Esquecido' pela LNB, Nacional feminino começa assombrado pelo continuísmo

Apesar de ter os principais resultados da modalidade do país nos últimos anos, o basquete feminino ainda sofre dentro do território brasileiro. Diferentemente dos homens – que não vão para as olimpíadas desde 1996 – as mulheres não contam no momento com uma liga independente. Ainda organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), o Nacional feminino começa neste sábado, assombrado pelo continuísmo e os problemas que vem marcando a modalidade nos últimos anos.

“O basquete feminino do Brasil está entre os quatro melhores no ranking da Federação Internacional de Basquete (Fiba). Nessa sua 12ª edição, a CBB em parceria com as federações e os clubes está empenhada em fazer uma excelente competição dentro e fora das quadra”, disse um empolgado presidente da CBB, o gaúcho Carlos Nunes.

Mas o primeiro problema enfrentado pelas meninas do basquete brasileiro é desorganização que provoca uma grande distância entre os campeonatos que acontecem no país. Em 2008, por exemplo, as jogadoras que atuam em clubes do estado de São Paulo e que não estiveram com a seleção brasileira na disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim ficaram até 100 dias paradas entre o final do Estadual paulista e o início do Nacional.

Uma solução apontada pelas pessoas que fazem o basquete feminino do Brasil seria seguir o modelo dos homens. No final de 2008 foi criada a Liga Nacional de Basquete (LNB), que comandada pelos próprios clubes, montou o Novo Basquete Brasil (NBB), torneio que substituiu o Nacional masculino da CBB. Mas as mulheres ficaram de fora.

No início da LNB, foi levantada a possibilidade de envolver também o basquete feminino para criação de uma liga independente, mas a ideia foi esquecida, pelo menos por enquanto. A própria ex-jogadora Hortência, atual diretora de basquete feminino da CBB, defendeu a proposta, mas não conseguiu colocá-la em prática até o momento.

“Está dando certo com os homens. Os times têm de opinar e se posicionar, pressionar. Não podem ficar pagando as jogadoras e não ter retorno”, disse a ex-jogadora Janeth Arcain, atual assistente técnica da seleção feminina e treinadora do time nacional sub-15. “O interessante seria que o Nacional tivesse pelo menos seis meses, é fundamental dar uma importância maior para ele.”

Para melhorar a situação, a CBB também aposta em encontros técnicos entre os times, como o que acontecerá nesta sexta-feira. “Temos de nos unir mais para crescer e fortalecer o basquete feminino do Brasil. Muitos técnicos só se falam momentos antes de um jogo. Isso tem de mudar. Com essas reuniões será possível caminhar pela mesma linha de trabalho. Por isso, queremos que esses encontros passem a ser periódicos”, afirmou a agora cartola Hortência.

MAIS DO MESMO NO NACIONAL FEMININO

Indo para sua 12ª edição no atual molde da CBB, a competição brasileira teve o mesmo campeão nos últimos cinco anos. O pentacampeão Ourinhos vem provando a força do estado de São Paulo no cenário do basquete feminino brasileiro. O estado conta com oito dos 12 títulos nacionais e vem forte novamente para manter a hegemonia.

Das oito equipes que disputam o Nacional feminino nesta temporada, nada menos que seis são paulistas: Catanduva, Americana, São Bernardo, Ourinhos, Santo André e São Caetano. As outras duas equipes são o Vasto Verde, de Santa Catarina, e o Botafogo do Rio de Janeiro, que volta ao basquete feminino nesta temporada.

“Mantivemos a base do time. Além de atletas experientes, temos jogadoras juvenis e recém-chegadas na categoria adulta. Essa mistura será muito útil. A nossa filosofia continua a mesma: brigar muito pela posse de bola, defender forte do começo ao fim do jogo, dando tranquilidade ao ataque”, disse o técnico do Ourinhos, Urubatan Paccini, que já foi campeão com o time em 2008.

Fonte: UOL

2 comentários:

Anônimo disse...

Está tudo na mesma...

Tirando os times de SP os outros são sempre rodízios. Uma temporada tem um time e na outra não tem mais.Quando entra outro para ocupar o lugar é um milagre.

Os próprios times de SP que é o centro da modalidade do país tem dificuldades, pois pelo que eu saiba temos o paulista A1 e o A2.

No nacional só temos 6 paulistas.

Tem gente fazendo basquete nos outros Estados ? certamente sim. Quem vai a algum lugar sem apoio ? Ninguém.Logo, não poderia ser diferente e essas outras equipes estam de fora.

Não conheço a equipe de Santa Catarina.

As 6 paulistas temos sempre Ourinhos e catanduva nos momentos decisivos.

Ano passado: OURINHOS, CATANDUVA, Americana e S.A.

Ano Anterior: OURINHOS, CATANDUVA, SPORT E POR AÍ VAI. SERÁ QUE ESSE ANO SERÁ DIFERENTE ? CREIO QUE NÃO!

O Botafogo aparece no globo esporte contando abobrinha quando se fala de elenco.

Dizendo que a maior parte do time será formado por meninas com menos de 19 anos.

ELENCO DO BOTAFOGO: RENATA, CAMILA, ANA, KELLY, SUELLEN, FERNANDA, ALICE E SEGUNDO O BLOG KELLY COTTA E SUELLEN (VINDAS DE PIRACICABA).

SÃO 9 JOGADORAS DE ADULTO.

FICO COM A ESPERANÇA DE DIAS MELHORES!

Anônimo disse...

Continue tendo esperança.Porem,nunca teremos muitoa times para chegar;isso acontece em todos os esportes.Por exemplo no volei feminino é pior,só existem dois times.Fazem a final da liga a uns 4 anos ou mais:rexona e osasco.No masculino um pouco mais porque o troca troca dos times é maior.Não adianta chorar,enquanto não tivermos mais praticantes e isso é mais responssabilidade dos governos que deveriam valorizar muito mais a educação fisica nas escolas em vez de colocar aulas dentro do periodo e turmas mistas.Isso sim é ridiculo.