quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Marta Sobral na American Basketball League (ABL)

marta 01 Em 1996, o basquete feminino dos Estados Unidos vivia um excelente momento de exposição, após a vitória em casa sobre o Brasil na final dos Jogos Olímpicos de Atlanta.

A conquista abria o espaço para que a NBA investisse em uma versão feminina da liga, a WNBA, que nasceria no ano seguinte.

Aproveitando essa brecha, foi criada uma liga independente, que deu início a sua temporada já em 1996: a ABL (American Basketball League).

Com oito equipes, a liga ganhou poder de fogo ao contratar a maior parte das atletas da seleção campeã olímpica.

Entre as estrelas americanas, uma brasileira garantiu espaço: a pivô Marta Sobral.

Marta foi contratada pela equipe do Philadelphia Rage, vice-campeã da primeira edição, após perder o play-off para o Columbus Quest, por 3 a 2.

marta 03

No Rage, Marta jogou ao lado de nomes como Dawn Stanley, Adrienne Goodson (de fantásticas passagens nomarta 02 Brasil e sentada ao lado de Marta na foto), Taj McWilliams-Franklin e – o mais inusitado - Jackie Joyner-Kersee, a lenda do atletismo que havia jogado basquete no seu remoto passado universitário.

Na temporada seguinte, com a WNBA já em ação, o time de Marta se mudou para Richmond e teve menor sucesso, na estreia da técnica Anne Donnovan em uma equipe profissional.

A pivô acabou retornando ao Brasil, em excelente forma, e colaborou com a grande conquista do Fluminense, no I Campeonato Nacional.

O então Richmond Rage iniciou as disputas da terceira temporada da liga, que – falida - foi dissolvida em meio à disputa.

Essas memórias me foram ativadas pelas fotos acima, que o Renato me enviou.

Quem quiser saber mais sobre a ABL, sugiro uma visita à Wikipedia e ainda a uma série de artigos que o Pet, do Pleasant Dreams, publicou sobre o tema.

9 comentários:

Anônimo disse...

A Marta jogou muito nessa liga!!!

Anônimo disse...

Desde 1994 que os americanos planejavam a criação de uma liga profissional americana. Já tiveram uma, a WBL (http://www.wblmemories.com/) na década de 80 (1978-81), que onde, inclusive a Paula foi chamada para jogar. Mas a criação da primeira liga profissional foi concretizada em 1995. A ABL foi criada como uma exigência das jogadoras americanas que não tinham uma liga para jogar em seu país. Elas terminavam o campeonato universitário e tinham que se espalhar pelo mundo, inclusive aqui no Brasil. Como em 1996 a WNBA ainda era um projeto e a ABL já era mais concreta, as grandes estrelas americanas optaram por jogar a esta última. O grande problema da liga era que era considerada pirata pela FIBA e muitas de suas jogadoras foram ameaçadas a não disputar nenhum campeonato da Federação.
Lembro-me que na época, Americana havia montado um super time com o patrocínio da Seara (Marta, Hortência, Karina, Helen, Sílvia, Alessandra, Cathy Boswell, Adrianne Goodson, Érika Rante, Sandra Matias etc). Mas tanto Marta e Adrianne abandonaram literalmente a equipe sem dar satisfações aos dirigentes em virtude da proposta oferecida pelos americanos.
A primeira temporada de Marta em quadras americanas foi simplesmente sensacional, talvez o melhor desempenho de uma brasileira em quadras americanas até o dia de hoje. Ela se destacou em pontos e rebotes em um time que tinha além de sua companheira Adrianne a campeã olímpica Dawn Staley. Depois dessa primeira temporada de sucesso da pivô Marta, acho que os americanos não admitiam que nenhuma latino-americana se destacasse em jogos da liga. A brasileira, na temporada seguinte, foi subaproveitada, mesmo atravessando a melhor fase de sua carreira. E assim também foi com outras jogadoras brasileiras na WNBA, liga concorrente. Marta foi a primeira brasileira a disputar uma liga profissional nos EUA, chegando ao vice-campeonato na primeira temporada pelo Richmond Rage. Depois voltou para o Brasil para jogar o primeiro campeonato nacional, em 1998 pelo Fluminense, onde jogou um basquete maravilhoso e formou a chamada torres gêmeas com a também fantástica Vicky Bullet.
Outras jogadoras estiveram nos EUA com passagem pelo EUA.
Alessandra: passou por várias equipes, mas era colocada para esquentar o banco.
Adrianinha: boas passagens por pelo Mercury
Helen: também se destacou pelo Mystics com seus tiros de 3 pontos
Janeth: foi tetracampeã pelo extinto Comets
Leila: uma rápida passagem pelo Mystics
Cíntia Tuiú: passou com destaque pelo Orlando Miracle, tendo o nome lembrado para o All Star Game
Kelly: com passagens pelo Shock e Storm
Claudinha: boas performaces pelo Mercury
Érika e Iziane: as mais jovens da história a entrar na WNBA, onde jogam até hoje.
Karina: uma passagem relâmpago pelo extinto Miami Sol na pré-temporada.
Marta: também, rápida passagem em pré-temporada.
OBS: A Adriana Santos participou de um camping mas não conseguiu, na época, se efetivar no elenco do Storm

Abc,

Renato

Bert disse...

Grande memória, Renato!

Anônimo disse...

Renato, a Adriana vai te matar por ter tamanha memória kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

A Marta inclusive fez uma grande falta a seleção brasileira no Mundial de 98. Após voltar da ABL, jogar a 1ª liga Nacional sendo campeã pelo Fluminense, a pivô precisou se submeter a uma cirurgia de mioma onde teve seu utero retirado... mas realmente a Marta foi a primeira brasileira a jogar uma liga norte-americana, onde teve até uma nota no Jornal Nacional que mostrava a primeira partida de seu time onde a brasileira foi a cestinha.

Anônimo disse...

eu lembro dessa nota no jornal nacional...

Anônimo disse...

Por que será apenas a dupla fantástica 'Hortência e Paula" são mencionadas quando se fala da era de Ouro do basquete feminino brasileiro?
Marta carregava o piano nos tempos do Pirelli e depois dividia com as americanas o garrafão em Sorocaba. Tudo isso em epoca de excelente performance na seleção. De vez em quando incluem o nome da Janeth como sendo uma das estrelas nacionais. Marta nem é citada.
Justiça seja feita: Marta é um símbolo do basquete brasileiro. Uma figura belíssima de se ver em quadra. Um mulherão de 1,90m que fazia sucesso também fora das quadras.
Tá bom, vão dizer que quero polemizar. Mas o que fazer se até no futebol somente Pelé e Garrincha são endeusados?
Que a Marta seja ao menos a nossa "Tostão ou Rivelino" e que alguém se lembre de mencioná-la como integrante da constelação basqueteira dos anos 80 e 90.
marbez@uol.com.br

Amália - Recife disse...

A Marta merece essa lembrança, não só por ter sido a primeira brasileira a jogar na liga norte americana, mas sim por ser um grande nome no basquete brasileiro de uma geração vencedora. A Marta juntamente com a Vania Hernandez e a Ruth Roberta foram as grandes pivôs que o Brasil teve e merece todo o nosso respeito, consideração e lembrança.

Anônimo disse...

Se vamos falar da Marta,não podemos esquecer da Helen
Da Branca,da Leila pois todas eram do mesmo nível.
Um pouco abaixo de Paula e HOrtencia
As duas Vanias também entram aí,Vânia Hernandes e
Teixeira.
Porém o que não podemos negar é que as duas jogadoras
Mais diferenciadas eram HOrtencia e Paula.