Faltando um mês para a Copa América/Pré-Mundial de Cuiabá, a seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás, entra na reta final de treinamento para a competição, que classifica as três melhores equipes para o Campeonato Mundial da República Tcheca, em 2010. Com um grupo de 14 atletas em Barueri, o técnico Paulo Bassul afirma que o time está evoluindo e explica que agora começa a reta final de treinos, que sofrem mudanças de prioridades.
— Estamos entrando na reta final de treinos. O trabalho começa a ter mais as características que vamos enfrentar na competição. Um exemplo dessa mudança é a maneira de encarar os amistosos. Até o momento, contra as equipes masculinas de base, dosamos o tempo para todas as jogadoras entrarem com o objetivo de ter uma avaliação mais criteriosa. Agora a gente começa a testar formações específicas para fazer avaliações, sem se preocupar com tempo. A meta é preparar o grupo efetivamente para a competição.
Nos próximos trinta dias, ou seja, até a Copa América, o técnico acrescenta que a defesa será o carro-chefe do treinamento.
— Todos os elementos que compõem o sistema defensivo serão trabalhados insistentemente. É um trabalho feito com muita atenção, onde o grupo deve saber todas as regras defensivas. Individualmente, desenvolvemos bem as posturas de marcação, bloqueio e rebote. Esses dois últimos fundamentos serão essenciais para jogarmos contra seleções altas como Canadá e fortes fisicamente como Cuba. Gradativamente, a ênfase na preparação física diminui e entramos nos trabalhos defensivos, que desgastam muito fisicamente.
Outra mudança apontada por Paulinho é o aumento da cobrança em relação ao sistema tático.
— O grupo já aprendeu todas as jogadas, as movimentações já foram dadas. Agora começa a mudar o grau de cobrança, não mais no sentido de apenas executar o movimento e sim tirar proveito deles em todas as suas possibilidades, rotações e situações. Em basquete, as situações são muito abertas, o adversário pode criar inúmeras saídas defensivas para os movimentos e temos de estar treinados para cada uma dessas saídas. Assim, a equipe estará preparada para criar variações dentro da jogada, sabendo reagir de acordo com cada atitude do adversário.
Treinando em Barueri desde o início de julho, o treinador avalia o trabalho realizado até agora, com 14 atletas.
— A equipe está evoluindo dentro do planejado. Todas estão focadas no trabalho. O grupo está muito bem condicionado fisicamente e está assimilando bem o treinamento — conclui o técnico, que treina pela primeira vez a seleção para um campeonato no Brasil.
A armadora Helen Luz também está confiante no crescimento de todas as atletas.
— O trabalho está indo muito bem, todas nós estamos evoluindo em cada treino. Ainda não estamos cem por cento e nem é a hora de estarmos. Tudo está caminhando dentro do previsto e, com certeza, chegaremos à Copa América com todas as condições de presentear a maravilhosa torcida brasileira com a vaga para o Mundial e o título da competição.
3 comentários:
Sinceramente tenho medo do confronto de técnicos.O nosso técnico Bassul é estudioso, competente, mas me parece pouco experiente para lidar com um grupo onde existem jogadoras experientes com concepções diferentes de jogo. Espero que elas dêm muito apoio ao Bassul porque os outros tem técnicos "cobra-criada"a começar pelo Argentino Eduardo Pinto e pela canadense Alisson McNeill, ambos tem o time nas mãos.
Mas o nosso time é ótimo, estamos em casa e mais do que nunca ir ao Mundial é preciso, tendo como preocupação fundamental a renovação, já que nas categorias de base já não iremos ao sub-19 e ao sub 16.
Aliás acho excelente a idéia já postada neste blog de formação de uma seleção sub 24 permanente, aproveitando em especial jogadoras que ficam paradas, sem chance nas poucas equipes principais do basquete brasileiro.
Janeth é uma otima no que faz !
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