A armadora Helen Luz está novamente prestando seus serviços à seleção brasileira de basquete. Depois de quase três anos ausente, a atleta atendeu à convocação de Paulo Bassul e ao pedido da nova diretora da CBB Hortência, que precisavam de alguém para trazer a experiência que falta à equipe nacional. Inspirada na iniciativa da ex-companheira e amiga pessoal, a armadora também planeja seguir a trajetória de cartola ao final da carreira.
A última vez que Helen vestiu o uniforme verde-amarelo foi no Mundial de 2006, no Brasil, na competição que marcou também a despedida de Janeth, hoje auxiliar técnica de Paulo Bassul na seleção. Na ocasião, o Brasil foi quarto colocado, atrás de Austrália (campeã), Rússia (vice) e Estados Unidos (terceiro lugar). "Foi uma surpresa para mim porque eu já estava decidida a não voltar. Eu acumulava anos de clube e seleção e acabava não tendo férias. Isso é muito desgastante. Já não estava mais sendo prazeroso".
De lá para cá foram quase três anos de ausência, um período em que o basquete feminino viveu um processo radical de renovação. O resultado dessa iniciativa foi uma série jogos em que a seleção atuou bem, mas, nas palavras do próprio técnico Bassul, "não teve a experiência necessária para fechar a partida".
Se neste momento a ideia é liderar a jovem equipe do Brasil rumo à classificação para mais um Mundial, no futuro Helen pensa em colaborar de outra forma na seleção. "Eu queria trabalhar como dirigente, até já conversei com a Hortência sobre isso. Não sei se como técnica porque acho que para ser técnica você também precisa ter o talento, mas gostaria de contribuir de alguma maneira com essa parte administrativa", analisou a armadora.
Helen se espelha nas experiências na Europa e nas ex-companheiras para se motivar nesta próxima empreitada. "A Janeth, por exemplo, tem uma experiência que qualquer técnico estudado formado não tem", argumentou a armadora, pouco antes de elogiar o trabalho de Hortência, recém nomeada diretora de basquete feminino da CBB. "Não tem porque deixar ex-atletas fora de qualquer esporte".
Aos 35 anos de idade, Helen conversa com a reportagem do UOL Esporte após o treino da seleção na cidade de Barueri, Grande São Paulo. Para ela, a força física das atletas é a principal diferença entre seus dois momentos na seleção. "Nós temos muita qualidade hoje, principalmente fisicamente, que é o que o basquete pede hoje. A gente nota isso nos treinamentos aqui todo dia", afirmou a armadora, enquanto coloca gelo no joelho esquerdo, já marcado pela cicatriz de uma cirurgia. "Eu já falei pro preparador físico que quero estar forte, senão eu não agüento".
Iziane é assunto proibido na preparação da equipe brasileira
Após mais uma recusa em aceitar a convocação para a seleção brasileira de basquete feminino, a ala Iziane, do Atlanta Dream, da WNBA, virou assunto proibido nos treinamentos da equipe que se prepara para a Copa América, em Barueri, na Grande São Paulo.
A novela que envolve a jogadora, o técnico Paulo Bassul, a seleção brasileira e, mais recentemente, a diretora do feminino da CBB, Hortência, começou ainda no pré-olímpico Mundial, em Madri, em 2008. Na ocasião, Iziane se recusou a entrar em quadra durante uma partida, o que não agradou o treinador que dispensou a atleta do time, deixando-a fora inclusive dos Jogos de Pequim-2008.
Neste mês de junho, a comissão técnica resolveu dar uma segunda chance à atleta, relacionando Iziane na lista de convocadas para a Copa América, que acontecerá em setembro, em Cuiabá. Na ocasião, a diretora do feminino na CBB, Hortência falou com a atleta pelo telefone para tentar reaproximá-la da equipe. Não funcionou. Iziane segue se recusando à jogar sob a tutela de Paulo Bassul.
"Eu não quero tocar nesse assunto porque ele deixou de ser técnico. Todo mundo viu o que aconteceu no pré-olímpico e que a posição que eu tomei foi pensando na seleção, no grupo", explicou-se, mais uma vez, o técnico da seleção, que confirmou que a decisão de chamá-la novamente veio de uma reunião entre a comissão técnica composta por ele, César Guidetti e Janeth Arcain, assistentes técnicos da equipe. "A partir do momento que existe uma recusa por tais motivos, este deixa de ser um problema técnico e passa a ser um problema administrativo".
Aos 35 anos de idade e cerca de 15 anos dedicados à equipe do Brasil, a armadora Helen reafirma a postura do técnico, evitando comentar a atitude da ex-companheira de seleção brasileira. "Eu acho que o caso já esta encerrado. Ela já falou tudo e a gente respeita. Eu gosto dela, mas acho que para a seleção esse não é mais um assunto para se falar", desconversou a armadora. "Temos que falar de quem esta aqui e do nosso trabalho no dia-a-dia".
Fonte: UOL
Mais seleção: Fábio Balassiano e as declarações de Bassul.
Um comentário:
Essa foto está especialmente bonita e importante...nela estão 4 jogadoras que podem ser consideradas um geração de futuro para assumir uma seleção...tem que ser bem trabalhadas essas 4 pq são dedicadas e tem muito potencial para ser desenvolvido.
Meu presidente, se envolva com o feminino...pare de dizere que tudo de feminino é com a Hortencia...ela pode ate ter carta branca sua mas ao menos o sr precisa se informar e participar dessas tomadas de decisões
Dê condições dessas atletas viverem para o esporte que hoje o Sr se responsabilizou.
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