quinta-feira, 18 de junho de 2009

Seleção Sub-19: Conhecendo o Mundo com o Basquete

20090617_121529_1706_viagem_gde Quando uma menina começa a quicar a bola de basquete no quintal de casa ou no ginásio da escola, não imagina para onde aqueles movimentos irão levá-las. Ao chegar na seleção brasileira, além de realizar o sonho de defender o país, a atleta ganha ainda a oportunidade de conhecer vários lugares no mundo inteiro. É o caso de Patrícia Ribeiro e Fabiana de Souza, da seleção brasileira sub-19 feminina, patrocinada pela Eletrobrás, que está na reta final de treinamento para o Campeonato Mundial da categoria. A competição será disputada de 23 de julho a 2 de agosto, em Bangkok, capital da Tailândia. Paty e Fabi, como são chamadas, falam com alegria e orgulho sobre os lugares onde puderam, juntas, representar o Brasil: Equador, Estados Unidos, Argentina, Espanha e Eslováquia. É o basquete enchendo os passaportes de vistos e as malas de boas lembranças e conquistas.
 
Segundo a pivô Fabiana, a Eslováquia foi o país mais exótico que conheceu. Lá ela disputou o Mundial Sub-19 em 2007. Episódios engraçados e língua estranha fizeram parte do diário de bordo da pivô, de 18 anos, que marcou 201 pontos em 30 jogos oficiais pelas seleções de base.
 
— A nossa mala foi extraviada na Áustria. Ficamos um dia com apenas as roupas do corpo e quando chegamos no hotel as colocamos para secar na varanda. Bateu um vendaval, saiu tudo voando e um bando de meninas grandonas correndo atrás das roupas. Uma subiu na árvore para resgatar uma blusa. Tem gente procurando as meias até agora. Foi muito engraçado. A língua eslovaca é muito estranha, com um monte de consoantes juntas. No hotel, eles tentaram fazer uma comida internacional, mas não conseguiram, coitados. Comemos um macarrão branquelo e arroz frio — diverte-se Faby, que joga em Americana.
 
Já a ala Patrícia, de 18 anos, agradece ao esporte que a levou a realizar o grande sonho de conhecer os Estados Unidos.
 
— Sempre tive vontade de ir aos Estados Unidos e só com o basquete consegui alcançar meu objetivo. Ficamos em Colorado Springs, em 2007, e foi uma experiência sensacional. Conhecemos um centro de treinamento maravilhoso, participamos de clínicas bem legais e fizemos jogos bastante fortes. Foi um intercâmbio muito útil para a nossa equipe — explica Paty, que atua no São Caetano, time que defendeu no Campeonato Nacional 2008.
 
Fabiana faz coro com a companheira de seleção e diz que se não fosse atleta, não viajaria tanto. O basquete é responsável por maravilhosas lembranças e fotos lindíssimas que guarda com carinho.
 
— O mais divertido para fazer no pouco tempo de folga que temos é tirar fotos. Quando não é muito caro, compramos lembrancinhas para a família e os amigos, mas o legal mesmo é registrar os momentos e lugares incríveis que o basquete nos dá a chance de conhecer — diz a pivô, que estreou na seleção cadete, em 2006, quando foi campeã sul-americana no Equador.
 
Patrícia destaca que cada país tem seu jeito, e conhecer vários lugares do mundo enriqueceu muito a vida da atleta, que já defendeu o Brasil em 24 partidas oficiais, anotando 309 pontos.
 
— Cada lugar tem sua característica e é super interessante conhecer diferentes culturas, comidas, idiomas e costumes, além de treinar o nosso “portunhol” na Espanha e na América do Sul. Vou trabalhar ainda mais para me manter no grupo e conhecer outros lugares bacanas — promete a ala, que começou a carreira no Círculo Militar (SP).
 
Depois de tantas aventuras nas Américas e Europa, Fabiana e Patrícia lutam para ficar entre as doze que vão aos Jogos da Lusofonia e ao Mundial, carimbando mais dois vistos em seus passaportes: Portugal e Tailândia. É esperar e conferir.
 
— Espero estar no meu segundo mundial. Não conheço nada sobre a Tailândia. Só sei que quero ganhar delas, já que é o nosso adversário de estreia. É para isso que estamos treinando em ritmo forte. Para fazer bonito e vencer — garante Fabiana.
 
— Estou doida para ganhar o visto rumo à Tailândia. Dizem que é um país lindo e muito diferente. Quem for, vai curtir pouco o lugar, já que é um Mundial e o foco é a competição. Mas uma fotinho aqui, outra ali, dá para fazer — promete Patrícia.
 
A seleção brasileira treina em Jundiaí até o dia 8 de julho, quando embarca para Lisboa, em Portugal, para os Jogos da Lusofonia. Na competição, o Brasil vai enfrentar Cabo Verde (dia 12 de julho), Moçambique (15), Angola (18) e Portugal (19). Depois, a equipe segue para Tailândia, onde estreia contra as donas da casa no dia 23 de julho pelo grupo “B”. Ainda pela fase de classificação jogam contra a República Tcheca (24) e a Lituânia (25).
 
SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-19
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
 
Taina Mayara da Paixão – Armadora – 18 anos – 1,70m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – SP
Débora da Costa – Armadora – 18 anos – 1,65m – Unimed/Americana (SP) – SP
Leila Zabani – Ala – 18 anos – 1,80m – Unimed/Americana (SP) – SP
Tatiane Nascimento – Ala – 18 anos – 1,78m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – SP
Joseane Maria Bazilio – Ala – 18 anos – 1,77m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – RJ
Patricia Ribeiro – Ala – 18 anos – 1,75m – São Caetano (SP) – SP
Amanda Karine Lazaro – Ala – 18 anos – 1,70m – São Caetano (SP) – SP
Cristiane de Lima – Pivô – 18 anos – 1,95m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – MG
Nayara Cristina Araújo – Pivô – 18 anos – 1,93m – GRESEP/Mangueira (RJ) – MG
Fabiana de Souza – Pivô – 18 anos – 1,92m – Unimed/Americana (SP) – SP
Monica Fernanda Nascimento – Pivô – 18 anos – 1,89m – Finasa/Osasco (SP) – SP
Damiris do Amaral – Pivô – 16 anos – 1,88m – CFE Janeth (SP) – SP
Leidilânia Ferreira – Pivô – 18 anos – 1,87m – Finasa/Osasco (SP) – GO

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