O povo brasileiro, que ainda lamentava a perda do grande ídolo do esporte nacional, o piloto Ayrton Senna, teve motivos para sorrir novamente. No ano Internacional do Esporte e do Espírito Olímpico, o basquete feminino brasileiro alcançou uma de suas maiores conquistas. Comandadas pelo técnico Miguel Angelo da Luz, o Brasil chegou ao lugar mais alto do pódio no Campeonato Mundial da Austrália, em 1994. A grande potência mundial da modalidade, os Estados Unidos, caíram diante do talento verde-amarelo na semifinal. Na disputa do título, nem os 2,04m da chinesa Haixia foram suficientes para parar Hortência, Paula, Janeth e companhia.
Dia 12 de junho de 1994. Fim de jogo no State Sport Centre, em Sydney. A seleção brasileira vence a China por 96 a 87 e o Brasil inteiro já podia comemorar a conquista inédita do basquete feminino. Na quadra, comemorando muito, um emocionado Miguel Angelo da Luz comenta a vitória.
— Estou muito contente. Esse é o fruto que muitos técnicos e muitas jogadoras plantaram no passado e estamos colhendo agora. Trabalho sério que começamos no dia 4 de abril. Nós falamos que poderíamos ter chance. Pouca gente acreditou. Mas os dias foram passando e falamos que elas teriam chance de disputar esse Mundial de igual para igual com outros países e que íamos merecer esse título, essa medalha, esse pódio.
Sem poder conter as lágrimas, a rainha Hortência tem dificuldades em expressar o que sente no momento.
— Nossa, eu ainda não acredito que tenha acontecido isso. Tudo graças a minha superação, da Paula e de toda equipe. A gente merecia essa medalha. Vamos ficar na história da seleção brasileira com a medalha de ouro.
Muito emocionada e ainda sem acreditar que era campeã mundial, a armadora Magic Paula explica como foi chegar ao título.
— O Brasil todo sempre teve muito carinho com o basquete feminino. Isso é um trabalho de muitos anos. Acho que é uma vitória para todo o Brasil. Uma vitória dessa geração, que buscou tanto essa medalha de ouro. E para todos aqueles que acompanharam, confiaram e acreditaram no trabalho brilhante que essa equipe fez. Um trabalho consciente e tranqüilo. O título é a retribuição de tudo isso e de todo sacrifício.
Chorando muito, Janeth mal consegue achar palavras para descrever a emoção de ganhar o Mundial.
— Agora a gente sabe qual é a emoção de ser campeão do mundo. Nós somos as melhores. Tantos anos buscando isso e agora nós conseguimos. Não dá nem para falar direito, que a emoção é muito grande.
Medalha de bronze no Mundial da Austrália, a ex-jogadora Dawn Staley foi a quinta cestinha da equipe americana com 81 pontos em sete jogos. Staley, que é dona de três medalhas olímpicas de ouro (1996, 2000 e 2004) e de dois títulos mundiais (1998 e 2002), conheceu o talento das atletas brasileiras e mesmo após 15 anos, se lembra perfeitamente do que Paula e Hortência eram capazes.
— Achei a equipe brasileira muito, mas muito experiente. Elas sabiam como jogar com eficácia contra nós. Souberam tirar vantagem dos nossos pontos fracos e quebraram a nossa defesa. Foi ótimo jogar contra uma seleção com suas melhores atletas e era isso que Hortência e Magic Paula representavam para o Brasil. Eu era fanática por basquete há muitos anos e acreditava que os Estados Unidos era o país que produzia os melhores talentos. Mas quando joguei contra as duas, eu soube que o basquete estava sendo jogado em alto nível em todo o mundo. Para mim, elas significam que quando eu estava jogando internacionalmente, eu jogava contra as melhores atletas do mundo — comentou com exclusividade Staley, que atualmente é assistente técnica da seleção americana adulta feminina.
5 comentários:
Vivendo do passado! agora temos que renovar o basquete brasileiro com boas atletas,sem panela e bassul é um paneleiro.
pq não bial, ou miguel Angelo da luz?
isso ai
vamos colocar miguel angelo da luz,muito bom!!
acordaaaaaaa!!hortencia !!
BRUNO
Miguel da Luz.rsrsrsrsr.Hortencia,vamos ver o que ela ira fazer,deve se dar bem com o Bassul,os dois são arrogantes,se bem que ela tem ainda porque,o outro é arrogante sem ter resultados e nada até agora para o basquete feminino.
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