A pivô brasileira Ilisaine Karen David, a Zaine, adicionou mais um título ao currículo. Após ficar com o vice-campeonato da Eurocup, o Taranto conquistou o título da Liga Italiana no último domingo. O time não começou bem a competição, sofrendo três derrotas consecutivas nas primeiras rodadas do turno. A primeira foi para o Club Atlético Faenza (58 a 53). Depois para o Lavezzini Parma (76 a 67) e para o Bracco Geas S.S. Giovanni (73 a 60). Mas o time não se abateu e deu a volta por cima. O clube perdeu apenas mais duas partidas: para o Umana Venezia (64 a 61) na última rodada do turno, e para o Família Wüber Schio (78 a 66) na décima rodada do returno. O Taranto fechou a fase regular em primeiro lugar com 42 pontos (21 vitórias e cinco derrotas).— O Taranto começou o campeonato pouco entrosado. Tínhamos seis jogadoras recém integradas ao time, além do técnico. Perdemos as primeiras partidas até encontrar a maneira adequada de jogar para as características individuais das jogadoras. Fomos melhorando progressivamente e terminamos a fase regular em primeiro na classificação. Nos playoffs, sabíamos das dificuldades, devido ao cansaço de atuar por todo o ano em duas competições (a Liga Italiana e a Eurocup). Mas também tínhamos confiança no nosso potencial — comentou a pivô Zaine.
Nos playoffs, o Taranto confirmou sua força. Nas quartas-de-final derrotou o Pool Comense por dois a zero (81 a 46 e 68 a 57). Na semifinal enfrentou o Club Atlético Faenza, da armadora Adrianinha. Perdeu a primeira partida (67 a 65) e venceu as outras duas (64 a 59 e 79 a 59), fechando a série em dois a um. Na final, contra o Umana Venezia, o time da brasileira perdeu o primeiro jogo (74 a 62). Recuperadas do susto, as jogadoras da “rossoblù” ganharam as três partidas seguintes (56 a 52, 57 a 50 e 56 a 52), voltando para Taranto com a taça nas mãos.
— Os jogos do playoff final foram duros, muito equilibrados. Perdemos o primeiro fora de casa, depois de abrir uma vantagem de dez pontos. Nas duas partidas seguintes, vencemos em casa com uma pequena diferença no placar. No quarto confronto, em Veneza, sabíamos que a pressão estava toda sobre o time adversário, já que precisavam ganhar para levar a decisão para o quinto jogo. Felizmente, conseguimos impor nosso ritmo, tivemos a paciência e lucidez necessárias para vencer e conquistar o título — analisou.
Sob o comando do técnico Roberto Ricchini, o Taranto contava com grandes atletas como a armadora americana Megan Marie Mahoney, oitava cestinha da competição, a pivô australiana Suzy Batkovic, 13ª cestinha e nona reboteira, a ala/pivô francesa Elodie Godin, quinta reboteira e oitava em recuperação de bola, a ala/pivô americana Michelle Greco, terceira na recuperação de bola e sexta nas assistências, e a ala/armadora francesa Audrey Sauret Gillespie, oitava nas assistências.
— Nossa equipe é composta por diversos talentos individuais, mas foi o fator grupo que fez a diferença. Não tinha apenas uma atleta indispensável para o time, todas tinham participação importante. Quando os adversários tentavam neutralizar uma jogadora, as outras respondiam à altura. A cada jogo, alguém diferente se destacava. Essa era a nossa arma — explicou Zaine, que foi a terceira cestinha da equipe com média de 9.4 (337 pontos no total) e a quarta reboteira com 4.4 (159).
A festa de comemoração pela conquista do título ainda não acabou. A cidade inteira está mobilizada para celebrar o segundo troféu do Campeonato Italiano da história do clube (o primeiro foi na temporada 2002/03, sobre o Pool Comense). Com direito a transmissão televisiva, o Cras Basket Taranto organizou uma grande festa, que foi realizada nesta quarta-feira (dia 13). Jogadoras, comissão técnica e todos os envolvidos na conquista foram homenageados.
A volta para o Brasil já está marcada. Serão dois meses curtindo a família e amigos e matando as saudades da terra natal.
— Ainda ficarei na Itália até o final de maio, pois tenho compromissos pessoais. Depois volto ao Brasil para passar minhas férias. Durante dois meses, farei meu programa físico de recuperação e preparação para a próxima temporada. Depois volto para Itália, já que tenho mais um ano de contrato com o Taranto.
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