Érika vai para a WNBA, mas afirma estar “morrendo de vontade” de voltar à seleção

Depois de ajudar o Ros Casares a conquistar o sexto título da Liga Espanhola (2000/01, 2001/02, 2003/04, 2006/07, 2007/08 e 2008/09), a pivô Érika de Souza aproveita os poucos dias de folga para matar as saudades da família e dos amigos. E o tempo é curto. Nesta segunda-feira (dia 18), a brasileira viaja para os Estados Unidos, onde irá se apresentar ao Atlanta Dream para a temporada da WNBA.

 

— Estava com muita saudade do meu país. A primeira coisa que fiz foi abraçar minha família e meus verdadeiros amigos. O Atlanta me deu uns dias de folga antes da apresentação e aproveitei para rever o pessoal, além de resolver umas questões burocráticas como renovação do visto para os Estados Unidos. Tenho mais um ano de contrato.

 

Érika não será a única brasileira no Atlanta Dream. A ala Iziane Marques também vai defender a equipe nesta temporada.

 

— É ótimo ter companhia brasileira no time. Eu tenho uma relação muito boa com a Iziane. Apesar de tudo que falam dela, nós sempre nos entendemos. Fomos companheiras de equipe no BCN e já defendemos a seleção brasileira na mesma época. Começamos juntas no basquete, somos amigas e, além disso, ela me ajuda bastante com o inglês, já que o meu não é lá essas coisas.

 

O título do Ros Casares veio após uma excelente campanha. O time terminou a fase de classificação em primeiro lugar com 51 pontos (25 vitórias e uma derrota). Na fase semifinal, derrotou o Feve San Jose por dois a zero (81 a 59 e 96 a 77) e, na final, venceu o Perfumerías Avenida também por dois a zero (96 a 56 e 70 a 66).

 

— Foi um ótimo campeonato. Passei por momentos ruins, como a minha lesão. Mas tive outros muito bons. Me recuperei, voltei às quadras bem física e tecnicamente. Fiz uma boa temporada e, felizmente, consegui ajudar minha equipe a conquistar o título.

 

De 23 a 27 de setembro, a seleção brasileira feminina adulta, patrocinada pela Eletrobrás, disputa a Copa América – Pré-Mundial. Além do título em casa, o Brasil também vai brigar por uma vaga no Mundial da República Tcheca em 2010. Érika não quer ficar de fora. A pivô pretende vestir a camisa verde e amarela na competição.

 

— Estou morrendo de vontade de voltar a vestir o uniforme da seleção. Além da saudade que estou das meninas, que são grandes companheiras. Quero defender o Brasil sempre. Meu objetivo é ajudar o basquete brasileiro a ficar no topo. Só vou esperar para ver como as coisas vão ficar com a chegada da Hortência como diretora feminina.