Alessandra comemora título francês e pensa na vida pós-basquete

Com uma carreira recheada de conquistas, incluindo o título mundial da Austrália (1994) e duas medalhas olímpicas (prata em Atlanta/1996 e bronze em Sydney/2000), a brasileira Alessandra Santos ganhou mais um troféu para sua coleção. Na terça-feira, a pivô foi campeã da temporada 2008/2009 da Liga Francesa pelo Bourges Basket após meses de muito trabalho. O caminho vitorioso começou em setembro do ano passado, quando a equipe derrotou o Basket Landes por 83 a 51 logo na primeira rodada.

 

 

— Me emocionei muito com essa conquista, pois foram nove meses de dedicação, muita luta, alegrias e tristezas. Mas o que importa mesmo é que após onze anos e meio na Europa, ser campeã francesa foi algo inesquecível para mim. A temporada foi muito positiva. Depois de um ano, quando me machuquei na semifinal do Campeonato Espanhol, estava muito ansiosa para ganhar esse título. A única coisa que me deixou um pouco triste foi não ter ido para o Final Four da Euroliga. Seria a minha terceira participação — explicou.

 

A campanha do Bourges foi quase impecável. No total foram 29 vitórias e apenas duas derrotas. A equipe se classificou para os playoffs na primeira colocação com 51 pontos (25 vitórias e uma derrota). Na semifinal, derrotou o Lattes Montpellier nos jogos de ida e volta (53 a 50 e 66 a 57). Na disputa pelo título, o Bourges começou perdendo por 55 a 47, em Tarbes, mas deu a volta por cima, ganhando as duas partidas seguintes em casa (78 a 37 e 72 a 52).

 

— Nossa campanha foi incrível. Só perdemos um jogo na fase regular e um na final, as duas para o Tarbes, no ginásio delas. Mas ganhamos as duas partidas da final com 20 pontos de diferença. Foi emocionante conquistar mais esse título. Toda a equipe está de parabéns pelo desempenho que teve durante toda a competição — analisou.

 

Agora, já com o dever cumprido, Alessandra só quer saber das merecidas férias.

 

— Aos 36 anos, depois de nove meses de campeonato, só penso em férias. Com certeza, vou visitar o meu lindo Brasil, estou morrendo de saudades de casa. Não ficarei em Bourges. Eles queriam que eu permanecesse, foi muito triste dizer não, porque me sinto em casa aqui. Foi uma decisão minha. Necessito de tempo para mim, pois já tenho que começar a preparar minha vida para o pós-basquete — comentou.