O Taranto conseguiu um resultado fantástico hoje, ao bater o Galatsarray, na primeira partida da decisão da EuroCopa.
Jogando em casa, o time fez 67-55 e leva essa vantagem de doze pontos para a partida final, na Turquia.
A cestinha do Taranto foi a australiana Suzy Batkovic, com 15 pontos e 9 rebotes, em 31’.
Saída do banco, Zaine foi simplesmente fundamental para o resultado. Marcou 14 pontos (2pts 5/8 e ll 4/4). Teve ainda 3 rebotes, 1 assistência, 1 recuperação, 1 erro e 4 faltas, em 22’.
Dos seus 14 pontos, Zaine marcou 8 nos últimos 11 minutos de jogo, quando o Taranto perdia por 8 pontos (38-46).
A brasileira teve 4 pontos consecutivos no minuto final do terceiro quarto, que encerrou em 40-46. O Taranto voltou com tudo e empatou a partida (46-46). Quando Seimone Augustus devolveu a liderança ao time turco (46-48), Zaine respondeu com mais 4 consecutivos (50-48).
Batkovic e a experiente francesa Audrey Sauret (33 anos, 6 pontos) seguraram o jogo nos momentos finais, e contaram com a colaboração das americanas Michele Grecco (9 pontos) e Megan Mahoney (8), da veterana italiana Anna Zimerle (7) e da francesinha Elodie Godin (7 assistências).
No time turco, Seimone Augustus foi a cestinha, com 19 pontos.
Foi uma atuação de gala de Zaine, talvez uma das mais importantes de sua carreira. Nos comentários, me perguntaram o motivo da ausência da pivô na seleção.
Bem, o que tenho a dizer é que Zaine construiu, na Itália, uma das carreiras mais sólidas das que tenho conhecimento. Chegou como uma desconhecida e terminou cada temporada sempre mais valorizada. A cada ano, era cortejada por um clube melhor, enquanto muitas de suas colegas brasileiras (que frequentaram muito mais a seleção que ela) permaneciam empacadas naqueles clubinhos cuja meta desde o início da temporada é fugir do rebaixamento.
Colabora, é claro, o fato de Zaine ter cidadania italiana.
Mas realmente, é estranho constatar que (se não me falta a memória) a última convocação dela para a seleção tenha ocorrido em 2004, quando acabou cortada do grupo que foi a Atenas.
Do ponto de vista estatístico, ela sempre esteve muito próxima (ou às vezes até acima) de suas concorrentes diretas, como Mamá e Cíntia Tuiú, por exemplo, para citar duas com passagens na Itália.
Ainda assim, Barbosa deixou de chamá-la nos últimos três anos de seu comando e Bassul ainda não a incluiu em seu grupo.
Tenho registrado essas minhas impressões aqui no blog há algum tempo, inclusive em uma entrevista com a atleta em 2004, que é das minhas preferidas (reveja aqui).
Há algum tempo não a vejo jogar, mas guardo ótimas impressões da última oportunidade, justamente nos amistosos contra Cuba, em 2004.
[Esqueci da passagem de Zaine na seleção em 2005, como me avisaram os leitores na caixinha.]
2 comentários:
Basqueteiro
A Zaine jogou em 2005,no Sul Americano na Colombia e alguns jogos amistosos no Brasil.
A Zaine jogou a Copa America em 2005, sendo reserva da Ega (afe!) e foi muito queimada com a loucura do Barbosa em querer transformá-la em ala.
Acho que ela ainda poderia ser útil na seleção, já que ela é uma típica pivo 4 e alta.
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